terça-feira, 26 de outubro de 2010

Namorada de Casillas é eleita a sexta mulher mais sexy do mundo

Sara Carbonero aparece bem colocada em lista da revista FHM

A jornalista Sara Carbonero, namorada do goleiro Iker Casillas, foi eleita a sexta mulher mais sexy do mundo em lista elaborada pela edição espanhola da revista FHM. A primeira colocada é a atriz Megan Fox, seguida pela cantora Edurne, pela atriz Amaia Salamanca, pela apresentadora Pilar Rubio e pela modelo americana Marisa Miller.

Sara ficou famosa mundialmente por causa do envolvimento com Casillas durante a Copa do Mundo. A bela repórter gerou polêmica por ficar atrás do gol em alguns jogos da Espanha - o que teria tirado a atenção do goleiro - e depois do título da Fúria ganhou um beijo do amado na entrevista logo após a final no Soccer City.

Conhecida como a "namorada da Copa" por exibir um generoso decote na torcida pelo Paraguai, a modelo Larissa Riquelme aparece na 21ª posição da lista da FHM (à frente da cantora colombiana Shakira, em 22ª, e da beldade Angelina Jolie, 24ª). A russa Irina Sheik, atual namorada de Cristiano Ronaldo, é a 31ª colocada.

Cauteloso, Carlos Alberto admite possibilidade de pegar o Vitória

Meia do Vasco já está clinicamente recuperado de lesão, mas ainda faz recondicionamento muscular em São januário

Ausente dos jogos do Vasco desde o início de setembro, Carlos Alberto parece estar mais próximo do retorno ao time. O jogador não sente mais dores e está clinicamente recuperado de um estiramento na coxa, que o afastou dos gramados desde a partida contra o Ceará, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Seguindo o cronograma de recuperação no Vasco, Carlos Alberto vem treinando a forma física e já admite a possibilidade de jogar por alguns minutos na partida contra o Vitória, no próximo sábado, no Barradão.

- É possível. Já estou bem clinicamente e fazendo recondicionamento muscular. Não sinto mais dores. Mas não quero dar prazos para não frustrar ninguém. Só vou voltar quando estiver bem, para não sofrer outra lesão - disse o jogador, presente no jantar beneficente do Instituto Bola Pra Frente, do técnico Jorginho, na noite desta segunda-feira, no Rio de Janeiro.

Sobre a situação do Vasco no Campeonato Brasileiro, Carlos Alberto parece cético quanto à possibilidade de uma vaga na Libertadores.

- Nesse momento difícil, não dá para pensar em Libertadores. É difícil sonhar lá em cima. Muitos times ainda estão na nossa frente. Primeiro temos que reagir na competição. É claro que isso não quer dizer que desistimos. Mas nossa realidade no momento é a classificação para a Copa Sul-Americana - reconheceu.

Renato Gaúcho revela proposta para ser técnico do Grêmio na Arena

Nova diretoria do Grêmio pretende renovar com o treinador até 2012

Em 2012 o Grêmio planeja inaugurar a Arena, estádio que substituirá o Olímpico. E, se tudo correr conforme o roteiro escrito pelo recém-eleito presidente Paulo Odone, Renato Gaúcho estará no banco de reservas, comandando a equipe.

No início da noite de segunda-feira os novos dirigentes reuniram-se com Renato e seu empresário, Gerson Oldenburg. A ideia foi apresentada, e agradou o treinador gremista, cujo contrato se encerra ao final do Brasileirão 2010.

- A ideia deles é fazer um contrato por dois anos. Eles gostariam muito que eu fosse o técnico na inauguração da Arena. Eu ficaria muito feliz, mas o futebol é ingrato. Ninguém pode dizer o que vai acontecer daqui a dois anos, daqui a um ano. A ideia é boa. Mas não importa o tempo de contrato. O importante é que eu acerte o contrato. Foi bom o encontro.

Renato prefere não avançar nas revelações sobre as conversas. Segundo o treinador, é um encontro preliminar. Ele disse o que espera do Grêmio, ouviu dos dirigentes que assumem no final do ano as alternativas disponíveis, e agora deixa as negociações a critério de Gerson. Renato dissocia os assuntos, e prioriza o Brasileirão.

- Trocamos algumas ideias, mas nosso interesse agora é o Campeonato Brasileiro. Queremos colocar o Grêmio na Libertadores. Colocamos o que a gente pensa, e agora a conversa é com o meu empresário, o Gerson (Oldenburg), porque minha atenção maior agora é o Campeonato Brasileiro. Isso não quer dizer que a gente não possa avançar nas conversas, mas isso é com o meu procurador. Isso é sempre estressante, desgastante, e minha cabeça está voltada ao campeonato. Hoje minha permanência depende do presidente, da nova diretoria. Eles sabem o que estou pensando, agora passei a bola para eles.

Após a reunião, entretanto, ele garante: se o presidente Duda Kroeff tivesse permanecido no clube, já haveria acontecido a renovação. Duda não concorreu à reeleição, e Paulo Odone venceu o situacionista Airton Ruschel em votação no Conselho Deliberativo.

- Se a atual diretoria permanecesse eu já teria até renovado o contrato, pelo grau de confiança com eles, por já ter trabalhado com o presidente Duda Kroeff. Como está mudando, eu não conheço eles, só o presidente (Paulo Odone). Foi uma boa conversa. Preciso saber o que eles pensam, conhecer as ideias deles. Só depende da nova diretoria eu ficar. Não sei se vou acertar o contrato com eles, se eu acertar, vamos trabalhar estes planos em conjunto.

Arrancada sem fim: Mariano supera vontade de ir embora e brilha no Flu

‘Filho’ da reta final de 2009, lateral completa 100 jogos no Tricolor com regularidade impressionante e ida para a Seleção: ‘Dei a volta por cima’

Vaias, atuações abaixo da média, problemas extracampo e desconfiança. O caminho de Mariano até o sucesso no Fluminense não foi nada fácil. Hoje unanimidade com a camisa 2 do Tricolor das Laranjeiras, o lateral-direito já sofreu muito até chegar ao ápice da Seleção Brasileira. Pulou de um lado para o outro, errou, assumiu o erro, encarou as dificuldades e pegou carona no vácuo de uma arrancada histórica que evitou o rebaixamento do clube carioca em 2009. Sua arrancada pessoal, no entanto, parece não ter fim e, em alta velocidade, como de costume, terá um capítulo especial nesta quinta-feira, quando, diante do Grêmio, às 21h (de Brasília), no Engenhão, pela 32ª rodada do Brasileirão, ele completa 100 jogos pela equipe que o fez trocar os tropeços pelo status de intocável.


E o intocável não é exagero. O sempre comedido nos elogios Muricy Ramalho já falou por uma, duas, três vezes que não tem substituto a altura de Mariano no elenco tricolor. Thiaguinho e Marquinhos já tentaram a sorte na missão. Não deu muito certo. Não à toa o Flu sem ele ainda não venceu no Brasileirão (duas derrotas e dois empates) e parece ficar órfão em suas ações ofensivas.

- Tiveram jogos em que estive em campo e também não vencemos - disse o jogador em discurso humilde.

Sempre comedido com as palavras, Mariano, por outro lado, não fez questão de esconder a importância da marca que completa diante do Grêmio. Ao lado do painel em homenagem aos 100 maiores jogadores do primeiro centenário do Flu (1902-2002), nas Laranjeiras, um filme passa pela sua cabeça. A inspiração no eterno capitão do tri, Carlos Alberto Torres, e a certeza de que pode também entrar para a história caso conquiste o Nacional se misturam com as lembranças de cobranças e vaias ao ser contratado, no início de 2009. Neste período, pensou até mesmo em chutar o balde, seguir outro rumos, mas permaneceu. E nessa mistura de sentimentos ele fica com uma certeza, a da volta por cima.

- Pelo início, não esperava completar nem o meu contrato, que na época era de um ano. Por tudo que vinha acontecendo, eu sem jogar e quando jogava sem ir bem, pensei realmente em ir embora. Vivi os dois lados da moeda neste período. Graças a Deus estou aqui hoje e bastante feliz.

As recordações ruins em momento algum vêm acompanhadas qualquer tipo de mágoa ou sensação de injustiça. Muito pelo contrário. Aos 24 anos, Mariano encara os problemas frente e admitiu que não desempenhava bom papel em campo neste período. Postura que adotou também ao falar do momento mais delicado da curta carreira, quando foi dispensado pelo Atlético-MG por ir para a balada antes de um jogo contra o Palmeiras pelo Brasileirão de 2008. Ele ignorou as justificativas e ficou com a lição. Lição de que deveria mudar para, enfim, dar certo no futebol.

- Foi um erro na minha vida. Todo mundo erra. Naquele momento, eu errei. Não fiz as coisas no momento certo. Infelizmente aconteceu isso comigo. Mas procuro pensar no futuro. O que passou, é passado. Bola para frente. Reconheço o erro, mas é importante erguer a cabeça e correr para frente.

Pernambucano de nascimento, paulista de criação e mineiro no início no futebol (passou também por Cruzeiro e Ipatinga), Mariano seguiu seu caminho e chegou ao Rio de Janeiro. Mais precisamente às Laranjeiras, onde tem sido feliz e, por contrato, deve ficar até o fim de 2013.

Em bate-papo sem censura, o lateral-direito falou sobre os altos e baixos da carreira, a mudança de postura fora de campo, a Seleção Brasileira e a volta por cima que deu nos quase dois anos com a camisa do Flu.

'Profeta' da Copa, polvo Paul morre na Alemanha e ganhará estátua

Famoso por acertar resultados de oito jogos, molusco será cremado

O polvo Paul, que ficou famoso por acertar os resultados de oito jogos que "analisou" na Copa do Mundo, morreu na noite de segunda-feira, no oceanário Sea Life, na cidade alemã de Oberhausen. O molusco, que nasceu em 2008, teve morte natural e será cremado.

De acordo com Stefan Porwoll, diretor geral do oceanário, Paul deverá ser homenageado com um monumento no Sea Life, que virou atração turística em Oberhausen por causa da fama do "polvo profeta".

- Ele era muito querido por nós e fará muita falta. Como ele virou celebridade em vida, parece apropriado uma estátua para ele - afirmou o Stefan.

A previsão de Paul funcionava com potes de comida em seu aquário: ele era atraído com mexilhões colocados em dois recipientes iguais adornados com as bandeiras dos países que iriam se enfrentar. Nas oito partidas da Copa do Mundo que fez o ritual, Paul escolheu a seleção que acabou vencendo (todos os jogos da Alemanha e a final, entre Espanha e Holanda).

O molusco mais famoso do planeta era um polvo comum, da espécie Octopus vulgaris, encontrada no Mar Mediterrâneo e numa faixa do Oceano Atlântico que vai do Atlântico Norte à costa oeste da África.

- A direção e a equipe do Centro da Vida Marinha de Oberhausen ficaram devastados ao descobrir que o polvo oráculo Paul, que obteve reconhecimento global durante a recente Copa do Mundo, morreu durante a noite - disse o Sea Life em um comunicado nesta terça.

Após a Copa, o polvo recebeu várias propostas para mais previsões (o Sea Life chegou a cobrar R$ 34 mil para o molusco adivinhar o campeão da Fórmula 1), virou garoto-propaganda de um supermercado e teve seu nome registrado como marca na Europa. O oceanário de Oberhausen aproveitou a fama do animal para vender bichinhos de pelúcia do polvo e outros produtos, como camisas, canecas e sabonetes.

Em agosto, o molusco foi nomeado embaixador da candidatura da Inglaterra para sede da Copa de 2018. Um mês depois, Paul recebeu uma certidão de nascimento italiana, pois o animal nasceu na Ilha de Elba, na cidade de Marina di Campo.

Ironicamente, logo após o Mundial vencido pela Espanha uma produtora chinesa anunciou o início das gravações do filme "O Assassino de Paul, o Polvo", com cenas na África do Sul e Pequim.

Brazucas, rivais, técnicos de ponta... Mano fez render tour pela Europa

Além de analisar possíveis convocados e atletas dos adversários, técnico da Seleção Brasileira se reuniu com José Mourinho e Rafa Benítez

Após comandar a Seleção Brasileira na vitória por 2 a 0 sobre a Ucrânia, em Derby, na Inglaterra, Mano Menezes permaneceu na Europa. O técnico ficou no Velho Continente para observar quatro jogos, como faz no Brasil. Mas o objetivo desse tour era maior do que simplesmente ver atletas brasileiros.

- Nessa passagem pela Europa eu tive a oportunidade de buscar experiência com outros treinadores. Tive a chance de conversar com o José Mourinho (do Real Madrid), com o Massimiliano Allegri (do Milan) e o Rafa Benítez (do Inter de Milão) – contou o técnico da Seleção Brasileira, contente com o resultado.

Os jogos vistos por Mano na Europa foram: Inglaterra 0x0 Montenegro, pelas eliminatórias da Eurocopa, Milan 3x1 Chievo, pelo Italiano, e Real Madrid 2x0 Milan e Inter de Milão 4x3 Tottenham, pela Liga dos Campeões.

- É uma experiência importante. Não só para observar os jogadores brasileiros, mas também para ver atletas de adversários que possam vir pela frente – disse Mano Menezes, que no dia 17 de novembro, em Doha, no Qatar, tem o desafio mais importante desde que assumiu a Seleção: um amistoso contra a Argentina.

Este ano, Mano Menezes ainda acompanhará a reta final do Campeonato Brasileiro. E ele não se arrisca a dizer quem será o campeão (Fluminense, Cruzeiro e Corinthians são os favoritos). A ideia, porém, é fazer mais vezes esse tour pela Europa. Talvez no ano que vem, quando alguns amistosos acontecerão por lá.

- Pretendo continuar as observações pelo Brasil e esporadicamente fazer um tour pela Europa, como fiz agora – finalizou o treinador.

A convocação da Seleção Brasileira para o amistoso contra a Argentina, no dia 17 de novembro, será sexta-feira, às 10h30m, no Rio de Janeiro.

Estrela nos EUA, Marta sonha: 'Quero jogar para sempre no Brasil'

No ritmo de música em sua homenagem, atacante brasileira revela que ainda pretende jogar no país e que acha impossível chegar aos mil gols

A letra da música diz assim: "Marta seu futebol é tudo. Marta é a melhor do mundo". Foi com os versos da canção lançada pelo grupo Boca de Forno, de Maceió, que a atacante do Los Angeles Sol e da Seleção Brasileira ilustrou o bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, na Granja Comary, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

No último domingo, Marta participou da goleada da Seleção Brasileira por 7 a 0 sobre o Haiti e marcou apenas um gol. Ela deixou o campo no intervalo, iniciou o alongamento e foi logo assediada pelas adversárias, ávidas por uma foto ou um autógrafo. No alambrado, torcedores gritavam pela atacante, que sorria e acenava. O assédio das haitianas e do povo nas ruas chamou a atenção da atleta, eleita a melhor do planeta pela Fifa em quatro oportunidades (2006, 2007, 2008 e 2009) e candidata novamente em 2010.

-É bacana todo esse carinho. Temos que retribuir de alguma maneira - afirmou a jogadora, admitindo ao longo do bate-papo a vontade de retornar ao Brasil para defender um clube do país.

Mas a simpatia de Marta não é privilégio apenas dos fãs por conta de seu trabalho nas quatro linhas. Fora de campo, a jogadora foi nomeada recentemente embaixadora de boa vontade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Na conversa na Granja Comary, ela relembrou a escolha.

- Estou orgulhosa de me comprometer pessoalmente nesse trabalho. É otimo trabalhar para fazer com que a vida das pessoas seja diferente. Não esqueci minhas origens - afirmou a jogadora, que nasceu em Dois Riachos, no interior de Alagoas.

E foi justamente mostrando tal simpatia que Marta foi desenrolando a entrevista com tranquilidade. Além de comentar os próximos passos na Seleção Brasileira, que em novembro vai disputar o Sul-Americano, competição que vale vaga para o Mundial da categoria, ele falou de seu desempenho no Gold Pride, clube que defende atualmente. Em 2010, ela se sagrou campeã da Liga Americana, jogando pela equipe que ficou na lanterna em 2009.

Atlético-MG: time misto e com três zagueiros para enfrentar o Palmeiras

Equipe que joga a Sul Americana nesta quarta deve ter apenas três dos jogadores que começaram atuando no clássico com o Cruzeiro, no domingo

Novidades no Atlético-MG para o jogo desta quarta-feira com o Palmeiras, pela Copa Sul Americana. O técnico Dorival Júnior comandou um treino tático na manhã desta terça-feira, na Cidade do Galo, e montou um time diferente daquele que entrou em campo no clássico com o Cruzeiro, no último domingo, pelo Brasileirão.

Se o treinador confirmar a escalação, o Atlético vai enfrentar o Palmeiras com um time reserva, mas reforçado, nesta quarta-feira, primeira partida entre as duas equipes pelas quartas de final da Copa Sul Americana.

O time do treinamento, sem goleiro, teve três zagueiros: Jairo Campos, Cáceres e Werley. No meio campo treinaram Diego Macedo, Zé Luis, Mendez, Daniel Carvalho e Fernandinho. A dupla de ataque foi formada por Neto Berola e Ricardo Bueno. A escalação deve ser confirmada pelo treinador atleticano no período da tarde, quando comanda um novo treino na Cidade do Galo.

Se for este mesmo o Atlético-MG que vai enfrentar o Palmeiras, apenas o zagueiro Werley e o volante Zé Luis – além do goleiro Renan Ribeiro, que fez treino separado – se manterão entre os titulares.

Castelo, templo e gueixas: símbolos de Hamamatsu traduzem a seleção

Personalidades e características do time formado por José Roberto Guimarães têm relação com pontos turísticos do palco da estreia no Mundial de vôlei

A tranquilidade e a correria encontram seu equilíbrio em Hamamatsu. Os moradores escutam histórias de samurais e líderes religiosos, enquanto arrumam o cabelo após a passagem voadora do Shinkansen, em português, trem-bala. É nesta cidade, onde passado e futuro se misturam, que a seleção feminina de vôlei inicia a jornada em busca do ouro inédito no Mundial. Agora, além da grande população brasileira, o que será que o palco da estreia e a equipe verde e amarela têm em comum? Perfis de jogadoras e do técnico José Roberto Guimarães podem ser traduzidos em alguns símbolos locais.


Act City

Com 185 metros de altura, o Act City é um dos primeiros prédios a se ver quando se chega à cidade. Forte, imponente e alto, muito alto, assim como o bloqueio da seleção, formado pelas centrais Fabiana (1,93m), Thaisa (1,96m), Carol Gattaz (1,91m) e Adenízia (1,85m). O edifício, que tem 45 andares, é sede de diversas empresas brasileiras, como o Banco do Brasil, e referência de localização.

Templo Gosha Shrine

Mistura de desejo pela disciplina e uma calma de pai. Assim, poderia ser definida a personalidade do técnico da seleção, José Roberto Guimarães. Como ele, o templo Gosha Shrine também transmite tranquilidade, sem esquecer da responsabilidade. Na entrada, há um recipiente de água para lavar as mãos e se purificar. É preciso ter respeito. Dentro, placas de madeira viram cartas de pedidos de ajuda, conselhos. Os visitantes escrevem o que precisam, assim como as jogadoras vão até Zé Roberto para obter orientações técnicas e táticas para chegarem à vitória na quadra. Mais uma relação? Por apenas 300 ienes (cerca de R$ 6), você tira um amuleto de uma urna, que vem dentro de um papel. Um sapo, um guerreiro, são exemplos. Olhe na mala de Zé Roberto: lá encontrará alguns objetos de boa sorte também.

Minigueixas

Camila Brait e Fernanda Garay são as mais novas da turma. Convocadas recentemente para a seleção, elas se sentem maduras para defender o uniforme verde e amarelo, mas não esquecem o frio na barriga por disputarem seu primeiro Mundial. Assim como elas, as pequenas gueixas também tiveram receio de subir as escadarias do templo, mas olharam para a mãe, pegaram suas mãos e chegaram ao topo. Sem chorar.

Shinkansen

O trem-bala corta Hamamatsu a mais de 500km/h. Velocidade que é sinônimo de sucesso, já que é um dos veículos de transporte mais usados na cidade. Rápida na entrada e na saída de rede, Natália também é referência de eficiência. Versátil, pode jogar como ponteira ou oposta e solta o braço em qualquer um dos lados para conquistar mais pontos para a seleção brasileira.

Torii

Símbolo do Japão, o torii fica sempre em frente a um templo ou a um local de reza para espantar maus espíritos. É um portal de entrada para que tudo flua bem com o coletivo. Mesma função de Fabi na seleção.

Responsável pela defesa, a líbero pega a primeira bola e a encaminha para a levantadora. É a primeira referência nas jogadas do Brasil. Em seguida, não deixa que o ritmo caia e sempre grita com as jogadoras para que tenham mais motivação e alegria em quadra.

Pontes sobre rios

Muito comuns no Japão, as pontes já viraram pontos turísticos, sempre ligando uma parte a outra, passando por cima dos rios. Levantadoras da seleção, Dani Lins e Fabíola também têm essa função. Recebem a bola e armam as jogadas com as atacantes, ultrapassando barreiras de altura e bloqueio adversário.

Guerreiros do Castelo de Hamamatsu

Armaduras douradas, com desenhos de flores. Respeitados como se fossem entidades no Castelo de Hamamatsu, os guerreiros dos inúmeros imperadores que dominaram a cidade venceram batalhas contra adversários e contra sua vida pessoal, que teve de ser deixada de lado em nome do trabalho. Jaqueline também fez o mesmo. A ponteira voltou à seleção há pouco tempo, após um ano sabático para cuidar de seu casamento, com o jogador Murilo. Voltou e cumpriu sua primeira missão, com louvor. Foi nomeada a melhor atacante do Grand Prix.


Relógio do sol no Garden Park

O tempo é o senhor de um dos principais parques da cidade, o Garden Park. Repleto de flores, o local dá destaque para um relógio do sol e lembra que é preciso respeitar o ritmo dos ponteiros. Paula Pequeno foi obrigada a fazer isso. Com uma lesão no tornozelo, a ponteira, em conversa com Zé Roberto, decidiu não viajar com a seleção e está fora do Mundial pela primeira vez desde que vestiu o uniforme verde e amarelo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Dois dias depois de elogiar treinador, Bellucci revela demissão de Zwetsch

Número 1 do Brasil ainda não deciciu quem será o seu próximo técnico. Gaúcho, no entanto, deve manter o cargo de capitão brasileiro na Davis

Há menos de 48 horas, Thomaz Bellucci rasgava elogios a João Zwetsch, um dos poucos treinadores brasileiros, segundo ele, capazes de orientar um top 50. Neste domingo, o mesmo tenista anuncia a demissão de seu técnico. Segundo sua assessoria, Bellucci não buscará um novo técnico por enquanto. O foco durante a próxima semana será seu próximo torneio, o Challenger de São Paulo, onde ele defende o título.

A informação veio a público na noite de sábado, no blog do ex-capitão da Copa Davis Paulo Cleto, e foi confirmada neste domingo. A separação veio depois de uma série de resultados abaixo da expectativa no circuito mundial. Desde o ATP 500 de Hamburgo, em julho, quando alcançou as quartas de final, o número 1 do Brasil não conseguiu sequer duas vitórias seguidas e acumulou quatro triunfos e nove derrotas.

Além disso, a sequência foi marcada por uma decepcionante derrota na Copa Davis, diante do limitado time indiano, em Chennai. Na ocasião, o Brasil abriu 2 a 0 e poderia ter fechado a série se Bellucci houvesse confirmado o favoritismo e derrotado o local Somdev Devvarman. O paulista, no entanto, passou mal e abandonou o jogo ainda no segundo set.

Na última semana, o número 1 do Brasil, atual 27º colocado no ranking mundial, disputou o ATP 250 de Estocolmo, na Suécia, e foi eliminado em sua estreia pelo americano James Blake, que estava há quase dois meses sem disputar uma partida oficial. No retorno ao Brasil, onde disputará o Challenger de São Paulo, já se separou de Zwetsch. O técnico gaúcho embarcou diretamente para Novo Hamburgo, onde mantém residência.

- O João (Zwetsch) é um dos melhores treinadores do Brasil, me ensinou muita coisa durante esses dois anos, dentro e fora da quadra. Ao lado dele, obtive meus melhores resultados e evoluí meu jogo. Além de técnico, é meu amigo, o respeito e devo muito a ele, mas os resultados no segundo semestre não foram os esperados e isso acabou desgastando o nosso dia a dia, por isso decidi encerrar a nossa parceria - explicou o tenista.

Zwetsch, no entanto, deve manter a posição como capitão brasileiro na Copa Davis.

- Eu não fui comunicado disso ainda, mas não modifica nada. Ele não foi chamado (para comandar a equipe da Davis) por ser treinador de ninguém. Foi escolhido por ser um treinador que estava no circuito. Permanece a mesma coisa - assegurou o presidente de Confederação Brasileira de Tênis (CBT), por telefone.

Alonso comemora vitória na Coreia, mas adota precaução: 'Nada mudou'

Para espanhol, título não está definido e Ferrari precisa buscar a vitória

Vitória e liderança, mas sem exageros na festa. Após o GP da Coreia do Sul de Fórmula 1, Fernando Alonso não quer saber de comemorações antecipadas por um possível terceiro título na categoria. O piloto espanhol chegou à Coreia 14 pontos atrás do líder, Mark Webber, e agora está no topo da classificação, com 11 de vantagem sobre o australiano. Ele acredita que, apesar do resultado em Yeongam, nada mudou. O caminho até a taça é dos mais perigosos.

- Nada mudou na verdade. Nós sabemos que, com o novo sistema de pontos, tudo pode acontecer em uma corrida. Se você não pontua, perde 25 pontos para um de seus principais adversários. Então, nada mudou. Mark (Webber) e Seb (Vettel) tiveram azar, mas qualquer coisa pode acontecer e ainda há quatro ou cinco candidatos ao título. Estar no pódio e ser consistente é, talvez, a chave do campeonato. Nós temos feito um bom trabalho nas últimas sete corridas, mas não podemos esquecer das últimas duas. Precisamos estar no pódio e, ao menos, lutar pela vitória.

Para o espanhol, uma vitória como a conquistada na Coreia do Sul não é possível em todos os finais de semana.

- Um resultado em uma corrida não muda a figura do campeonato. Ainda há quatro, cinco candidatos. Então, nós sabíamos antes de vir aqui que em toda corrida é importante terminar. Vencer aqui é fantástico e em todas as corridas devemos buscar a vitória, mas isso não é possível em todos os fins de semana.

Alonso também comemorou o bom desempenho da Ferrari em Yeongam, com o companheiro Felipe Massa chegando em terceiro lugar.

- Absolutamente, foi uma das melhores corridas do ano para nós. Ter os dois carros no pódio foi uma conquista para a Ferrari. Nós fomos competitivos em todo o fim de semana. No treino classificatório, vimos que o carro estava forte, então sabíamos que o ritmo para a corrida estava ali. Esta manhã estava molhada, sabíamos que ia ser uma corrida dura. E vencemos a prova e a primeira corrida na Coreia com chuva. Então, estou muito feliz.

A temporada tem mais duas corridas para definir o campeão: Brasil, no dia 7 de novembro, e Emirados Árabes, no dia 14.

No detalhe, Timão vence Verdão em tarde de Bruno e Julio Cesar

Depois de sete jogos sem vencer, Corinthians recupera fôlego para buscar o título. Palmeiras volta a perder depois de nove jogos invicto

Dizem que os clássicos muitas vezes são definidos no detalhe. Do detalhe de uma opção técnica a um desvio de bola involuntário. Neste domingo, no estádio do Pacaembu, foi assim, no detalhe, que Bruno César se sagrou o herói de um Corinthians desesperado por vitória contra um Palmeiras acomodado e sem criação. Foi do meia alvinegro o gol do triunfo por 1 a 0 na estreia do técnico Tite no Timão, em partida válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo foi observado pelo técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes.

O detalhe do gol do camisa 10, por exemplo, foi como um prêmio para o jogador que mais apareceu no jogo: um desvio em Marcos Assunção que enganou o goleiro Deola após chute de fora da área. Agora, o detalhe que atrapalhou o Palmeiras foi a indefinição de Felipão em relação a Valdivia. O treinador deixou o chileno no banco e alegou que ele sentia dores. Mas o colocou na etapa final e o perdeu com dores na coxa esquerda, as mesmas que fizeram o treinador optar por preservá-lo.

Houve ainda outros detalhes importantes. A forte marcação do meio-campo corintiano, anulando qualquer tentativa de reação alviverde, a falta de pontaria de Marcos Assunção nas cobranças de falta e a linda defesa de Julio Cesar na única cobrança que o palmeirense acertou em cheio. Enfim, o Corinthians foi melhor que o rival e finalmente conseguiu encerrar um longo jejum de sete jogos sem vitórias, com quatro derrotas e três empates. A crise dará uma trégua ao Timão.

Até porque com esse triunfo, a equipe do técnico Tite foi a 53 pontos e recuperou o fôlego na briga pelo título nacional. Já o Palmeiras, que segue com os mesmos 44 de antes, perdeu a chance de se aproximar da zona de classificação à Libertadores. A equipe do Palestra Itália não perdia havia nove jogos, contando também a Copa Sul-Americana.

Por conta das eleições, a próxima rodada do Campeonato Brasileiro será toda realizada até sábado, dia em que o Palmeiras encara o Goiás, na Arena Barueri. O Corinthians, por sua vez, joga na quarta-feira, com o Flamengo, no Engenhão, no Rio de Janeiro. Nesse dia, o Verdão tem quartas de final da Sul-Americana contra o Atlético-MG. A primeira partida será na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Valdivia no banco? A pergunta tomou conta do estádio do Pacaembu, mas foi essa mesmo a decisão do técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari. Mesmo depois de durante a semana surpreender a todos e escalar o chileno por 90 minutos contra o Universitario de Sucre, após todos acharem que ele ficaria fora por conta de lesão muscular na coxa esquerda.

No Corinthians, nada de surpresa. O mesmo time que treinou durante a semana entrou em campo. Parecido com o Timão da Era Mano Menezes, mas com postura mais cautelosa. Apostando na forte marcação e aproveitando a ausência de Valdivia, principal cérebro do Verdão, os alvinegros dominaram a partida.

É verdade que sem criar muito, mas os espaços pareciam aparecer mais facilmente ao Corinthians. Enquanto Elias travava duelo intenso na marcação a Kleber, o corintiano Bruno César, de volta ao Timão após recuperar-se de lesão na coxa direita, aparecia como a estrela do clássico paulista.

Não à toa, o técnico Tite pedia toda hora que a bola passasse pelo seu armador, o único que tentava algo de diferente. E foi dele, que faz questão de dizer que não é goleador, o gol do Timão na etapa inicial. Aos 22 minutos, o camisa 10 recebeu de Roberto Carlos e chutou. A bola desviou em Marcos Assunção e entrou: 1 a 0 (veja no vídeo acima).

Goleador ou não, o fato é que ele é vice-artilheiro do Brasileirão. Mas e o Palmeiras, o que fez no primeiro tempo? Apostou nos chutões para Kleber e nas faltas de Marcos Assunção. Mas nenhuma delas levou perigo ao goleiro Julio Cesar. O Verdão, na verdade, sofreu com a falta de criatividade.

Ave, (Julio) Cesar

Mesmo depois de dizer que Valdivia não tinha sido escalado porque estava com dores musculares, Felipão resolveu colocá-lo em campo no segundo. Tirou Lincoln, que pouco fez no primeiro tempo, e mandou o chileno a campo (mas aos 34 minutos ele saiu com dores na coxa). Na lateral direita também teve mudança. Luis Felipe saiu para a entrada de Patrik.

Do lado do Corinthians, Tite nada mudou. E Bruno César também não. Adivinha de quem foi a primeira jogada de perigo da etapa final? Dele mesmo, o camisa 10 do Timão. Ele recebeu na esquerda e chutou cruzado. Percebendo que o meio de campo estava dominado pelo rival, o Verdão aumentou a marcação por ali.

Mas jogada de perigo do Alviverde só mesmo saindo dos pés de Marcos Assunção em cobranças de falta. Porém, ele não parecia inspirado. No Corinthians, Chicão, também ótimo na bola parada, também se arriscou. Mas assim como o rival não teve sorte. A bola passou raspando o travessão de Deola aos 17 minutos.

Se dentro de campo, o Corinthians não dava a alegria de um gol ao seus torcedores. Lá na Arena da Baixada, em Curitiba, o Atlético-PR arrancou o grito da Fiel. Quando o cronômetro marcava 23 minutos no Pacaembu, o Furacão fez 1 a 0 no Fluminense. O Timão, então, estava subindo para a vice-liderança.

Mas foi o goleiro Julio Cesar quem tranqüilizou a torcida corintiana. Aos 28 minutos, em falta muito perigosa cobrado por Marcos Assunção, ele fez a defesa da partida, evitando o empate do Alviverde. Um lance comemorado como um gol pela Fiel. Logo depois, o Verdão perdeu Valdivia e qualquer oportunidade de reação.

Prudente estraga festa para Pelé e vence o Santos na Vila Belmiro

Peixe cai para o lanterna do Campeonato Brasileiro em casa, irrita torcida e deixa Rei do Futebol sem presente de aniversário

A festa estava armada para o Rei ser homenageado. "Parabéns pra você" antes do jogo, camisa 70 para Neymar homenagea-lo e faixas com o seu rosto enfeitavam a Vila Belmiro neste domingo. Mas a noite não foi do Santos, vaiado pelos seus fãs. E Pelé, que não foi ao jogo, recebeu o pior presente no dia posterior ao seu aniversário. De grego. Do lanterna Grêmio Prudente, que não se importou com o clima festivo e fez 3 a 2 no time da casa - e de virada.

Wesley, autor de dois gols do time prudentino, fez o que quis da defesa santista na segunda etapa do jogo. Enquanto o Alvinegro abusava das falhas, ele se fazia, provocando a ira da torcida santista. Tudo no segundo tempo, em 17 minutos.

Com a derrota, o Santos se distancia da briga pelo título do Brasileiro e do sonho da Tríplice Coroa - é o quarto colocado, com 48 pontos, seis a menos que o líder Fluminense. Faltam sete rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro. Já o Grêmio Prudente segue na lanterna do Nacional, mas agora com 24 pontos.

No próximo sábado, às 16h, o Santos enfrenta o Internacional, no Beira-Rio. No mesmo dia, mas às 18h30, o Grêmio Prudente recebe o Cruzeiro, no Prudentão.

A volta do soco no ar

A expectativa era de goleada, como nos tempos em que o soco no ar era visto com frequência nas comemorações, entre os anos 50 e meados dos anos 70. Mas o Santos demorou a engrenar na primeira etapa. Nos primeiros minutos de jogo foi o Grêmio Prudente, lanterna do Brasileiro, quem viu o goleiro Rafael mais de perto. Aproveitando os erros de passes do Peixe, a dupla Wesley e Wilian só não marcou porque não foi bem na pontaria. Foram oito chutes durante o tempo inicial, mas apenas 25% levaram algum perigo à meta alvinegra.

Com Keirrison ainda sem ritmo, o Peixe apostava no entrosamento de Neymar e Wesley. E, com eles, passou a dominar a partida gradativamente. Até chegar ao primeiro gol, aos 19 minutos. Depois de boa jogada tramada pela dupla, Danilo cruzou e o camisa 9 aproveitou para fazer 1 a 0. Na comemoração, homenagem ao maior atleta da história do futebol. Alan Patrick, Zé Eduardo, Neymar e Keirrison formaram a quadra que deu um soco no ar para lembrar Pelé, que não esteve na Vila Belmiro.

Aos 36, o Santos ampliou a conta. Alan Patrick cobrou falta, Zé Eduardo desviou e Durval completou para o fundo das redes de Giovani, que nada pôde fazer para evitar os 2 a 0. Mas a torcida santista comemorou mais três vezes, mesmo sem ver os gols. Cada vez que o sistema de som anunciava um gol de Obina para o Atlético-MG, as arquibancadas vibravam pela queda do Cruzeiro, rival na briga pelo título. Em campo, o Peixe fazia fintas e trocava belos passes para enfeitar ainda mais o presente de Pelé.

Pane Alvinegra

Nem parecia o Santos das belas jogadas, dos dribles desconcertantes e dos gols. A pane tomou conta do Peixe na segunda etapa. E o que parecia improvável aconteceu na Vila Belmiro. Em 17 minutos, o Grêmio Prudente, último colocado do Campeonato Brasileiro, virou a partida. Três gols, dois do atacante Wesley, que fazia o que queria da dupla Durval e Edu Dracena.

Logo no primeiro minuto, o camisa 11 zombou da defesa alvinegra e aproveitou uma falha de Léo para descontar. Depois, aos nove minutos, o empate em cobrança de pênalti de Gilmar. A infração foi marcada depois que Danilo errou um passe e obrigou Edu Dracena a apelar, fazendo falta em Wilian. Aos 17, o golpe final. O Prudente avançou em velocidade, Rhayner bate errado, mas Wesley conseguiu virar o jogo para 3 a 2.

O Prudente debochava do time de Pelé. Fazia o que queria da defesa santista. E deixava enfurecida a torcida alvinegra, que esmurrava os vidros de proteção das arquibancadas. Não adiantava nem mesmo o sistema de som anunciar a vitória elástica do Galo sobre o Cruzeiro. A torcida que no início se preparava para comemorar uma vitória um dia após o aniversário do Rei estava irada. Profundamente irritada com a postura do time de Martelotte.

A situação só começou a melhorar depois que o Prudente teve dois jogadores expulsos em menos de cinco minutos. O primeiro a sair foi Leonardo, depois de falta dura em Zé Eduardo. Em seguida, o atacante santista sofreu pênalti, obrigando a arbitragem a mandar Flávio mais cedo para o chuveiro. Até o improvável aparecer novamente na Vila. Carregando nas costas o número 70, Neymar se preparou para a cobrança. Mas a camisa parecia ter pesado para o garoto prodígio do Santos. E ele errou. Acertou o travessão de Giovani, que comemorou muito. Era o fim da festa sem graça para Pelé.

Obina faz três, Galo bate Cruzeiro por 4 a 3, sai do Z-4 e tira rival da ponta

Atacante do Atlético-MG sacode adversário no primeiro tempo. Raposa desperdiçou pênalti com Montillo e perdeu liderança para o Fluminense

Espetacular! Essa é a melhor palavra para definir o clássico mineiro. Se tudo antes do jogo parecia conspirar para que o Cruzeiro conquistasse mais uma vitória no Campeonato Brasileiro, um jogador tratou de dar um outro rumo ao confronto. Afinal de contas, o público presente no Parque do Sabiá era formado apenas por torcedores cruzeirenses. Mais: o time celeste era o líder da competição, com uma campanha brilhante. Já o Galo estava na zona de rebaixamento há 21 rodadas, lutando para se livrar do péssimo retrospecto no torneio. Além disso, o Cruzeiro tinha em campo o craque do Brasileirão, Montillo, em grande fase.

Mas Obina fez questão de apagar isso tudo. Em apenas 30 minutos de jogo, o atacante fez três gols e praticamente decretou a vitória atleticana. Aliás, o feito do mais novo caçador de Raposa é ainda mais significativo: tirou o Galo da zona de rebaixamento e, de quebra, tirou também o Cruzeiro, só que da liderança do torneio, que agora pertence ao Flu. Réver marcou o outro gol do time dirigido por Dorival Júnior. O time celeste, que reagiu após ver o placar ficar 4 a 1, descontou com Thiago Ribeiro (2) e Gilberto.

Obina se juntou a um seleto grupo de jogadores que já marcou três gols no mesmo clássico, após 1965, ano de inauguração do Mineirão. Tucho, pelo Atlético-MG, e Revétria, Ronaldo e Fábio Júnior, pelo Cruzeiro, já conquistaram o feito.

O Galo, que segue em ascensão com Dorival Júnior, deixou a zona de rebaixamento, com 34 pontos em 16º. A equipe alvinegra tem a mesma pontuação que o Vitória, mas fica na frente no número de triunfos. Já o Cruzeiro está em segundo com 54 pontos, mesma pontuação que o Fluminense, em vantagem no saldo de gols: 18 a 11.

Na próxima rodada, os dois times jogarão no sábado, às 18h30m (de Brasília). A Raposa encara o Grêmio Prudente, no interior de São Paulo, enquanto o Galo pegará o Botafogo, na Arena do Jacaré. Antes, porém, o alvinegro terá um compromisso pela Copa Sul-Americana, na quarta-feira, às 19h45, também em Sete Lagoas, contra o Palmeiras.

Clássico frenético

Com todo o ambiente favorável, o Cruzeiro pareceu partir para cima do Galo. Porém, imediatamente, o time alvinegro mostrou que as coisas não seriam assim. Com um volume de jogo muito maior que o adversário, o Atlético-MG logo começou a criar as melhores chances.

E o gol não demorou a sair. Aos 6 minutos, Leandro chegou pela esquerda e fez um ótimo cruzamento. Obina subiu mais que o zagueiro Cláudio Caçapa e cabeceou de forma certeira, sem chances para Fábio. A bola ainda bateu no travessão, antes de balançar as redes do Cruzeiro.

Com o gol, vários torcedores do Atlético-MG, que até então estavam discretos no meio dos cruzeirenses, não resistiram e vibraram bastante. A Polícia Militar, como prometido, retirou várias pessoas do estádio.

E o Cruzeiro saiu para o jogo, mesmo assustado com o passeio imposto pelo Galo. Montillo teve chances, assim como Farías, mas a defesa atleticana evitou o empate. O Galo dava mostras de que o jogo estava dominado. E um jogador em especial estava iluminado: Obina.

Em mais um ataque de velocidade do Atlético-MG, o atacante fez mais um. O lateral-direito Rafael Cruz, aos 23 minutos, foi até a linha de fundo e cruzou na pequena área. A bola passou por Edcarlos e Cláudio Caçapa e chegou aos pés de Obina, que fez o segundo: 2 a 0.

Na sequência, o Cruzeiro teve a grande chance de diminuir o placar. Após escanteio cobrado por Montillo, Edcarlos foi empurrado por Werley dentro da área. O árbitro Sandro Meira Ricci não teve dúvidas e marcou o pênalti. Na cobrança, Montillo deu uma cavadinha, mas exagerou e tocou por cima da trave, pela linha de fundo.

Os jogadores do Galo comemoraram bastante e, no ataque seguinte, mais ainda, já que o Atlético-MG chegou, incrivelmente, ao terceiro gol, novamente com Obina. Aos 30 minutos, Diego Souza tocou para Serginho, que cruzou para a área. Obina, mais uma vez em excelente condição, abriu grande vantagem no placar: 3 a 0. Obina se juntou a jogadores como Tucho, Revétria, Ronaldo e Fábio Júnior, que já marcaram três gols no mesmo clássico.

O técnico Cuca, então, perdeu a paciência e tirou Diego Renan de campo. Gilberto entrou em seu lugar e, logo no primeiro lance, diminuiu o marcador. Thiago Ribeiro conseguiu chegar à linha de fundo, pela direita, e fez ótimo cruzamento para trás. Gilberto, aos 37 minutos, no primeiro toque na bola, pegou de primeira e mandou a bola no ângulo esquerdo de Renan Ribeiro: 3 a 1.

O Galo sentiu o golpe, tanto que o Cruzeiro fez uma pressão incrível até o fim do primeiro tempo. O time celeste teve chances de diminuir ainda mais o placar, mas esbarrou na boa atuação do goleiro atleticano.

Emoção sem precedentes

Cuca teve que alterar a equipe no intervalo. Jonathan não suportou as dores na coxa direita e foi substituído por Pablo, que passou a atuar improvisado na lateral direita. E o que se viu no segundo tempo foi uma partida de ataque contra defesa. O Cruzeiro pressionava, e o Galo se defendia, na tentativa de manter o placar favorável. Apenas nos contra-ataques, o Atlético-MG tentava alguma jogada, quase sempre impedida pelos zagueiros celeste.

Mas o Galo estava impossível. Em um lance isolado, o time arranjou um escanteio pela esquerda. O volante Serginho, aos 21 minutos, fez a cobrança, e Réver subiu mais que os zagueiros e fez o quarto. Assim como no primeiro gol, a bola chegou a tocar na trave, antes de balançar as redes de Fábio: 4 a 1.

Mas o Cruzeiro diminuiu o placar, aos 31 minutos. Pela direita, Pablo cruzou na área, e Farías cabeceou firme, para grande defesa de Renan Ribeiro. Porém, no rebote, Thiago Ribeiro, de cabeça, marcou o segundo. No minuto seguinte, novamente Thiago Ribeiro, após tabela com Montillo, bateu firme, sem chance para o goleiro atleticano: 4 a 3.

O Cruzeiro pressionou bastante, mas não conseguiu chegar ao empate. Ao fim do jogo, a torcida cruzeirense reconheceu a luta da equipe e aplaudiu a saída dos jogadores.

domingo, 17 de outubro de 2010

Indy: neozelandês vence última etapa

Scott Dixon cruza em primeiro em Homestead. Escocês Dario Franchitti termina em oitavo lugar e conquista seu terceiro título na categoria

O neozelandês Scott Dixon venceu a última etapa do Campeonato Mundial de Fórmula Indy 2010. Com uma estratégia diferente no pit stop - um dos últimos a parar, Dixon cruzou a linha de chegada em primeiro em Homestead, na Flórida. A americana Danica Patrick e o brasileiro Tony Kanaan completaram o pódio nos Estados Unidos.

Cruzando a linha de chegada na oitava colocação, o escocês Dario Franchitti conquistou seu terceiro título na categoria. Franchitti dominou a prova durante boa parte, mas depois acabou diminuindo o ritmo e perdendo posições.

Entre os demais pilotos brasileiros no grid, apenas Raphael Matos completou a prova na 17ª colocação. Bia Figueiredo abandonou a corrida após um acidente, enquanto Mario Moraes teve um problema mecânico em seu carro.

Casey Stoner brilha em casa e vence pela quarta vez seguida na Austrália

Piloto liderou de ponta a ponta. Lorenzo foi o segundo, seguido por Rossi

Os ares de casa realmente fazem bem para o australiano Casey Stoner. Depois de levar a pole no sábado, dia de seu aniversário de 25 anos, o piloto conquistou a sua quarta vitória seguida em casa neste domingo. Liderando de ponta a ponta, ele venceu a prova com o tempo de 41m09s128, à frente de Jorge Lorenzo, segundo colocado, e Valentino Rossi, terceiro.

Stoner dominou a prova desde o início e não chegou a ser incomodado. Lorenzo teve apenas uma chance de ultrapassar o australiano, ainda no início da prova, mas não conseguiu. No entanto, também não teve problemas para assegurar a segunda colocação.

Quem brilhou neste domingo, no entanto, foi Valentino Rossi. Logo na primeira curva, ele caiu da oitava para a nona posição. A partir daí, no entanto, conseguiu uma série de ultrapassagens e terminou na terceira colocação.

Apenas 15 pilotos participaram da prova neste domingo. Dani Pedrosa e Loris Capirossi desistiram de correr devido a dores decorrentes de lesões antigas.

Salgueiro derrota o Paysandu na Curuzu e garante vaga na Série B

Time pernambucano não se intimida na casa do adversário e elimina Papão

Em um duelo emocionante e cheio de alternativas, o Salgueiro selou sua inédita classificação para a Série B do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, a equipe do interior pernambucano foi a Belém e derrotou o Paysandu por 3 a 2, de virada, dentro da Curuzu lotada.

Como o jogo de ida terminou 1 a 1, a vitória fora de casa garantiu ao Salgueiro o acesso à Segunda Divisão em 2011, bem como uma vaga nas semifinais da Terceirona. Os paraenses estão eliminados.

O primeiro gol do jogo foi marcado pelo Papão. Bruno Rangel aproveitou incrível falha da defesa e empurrou para as redes com o gol aberto, aos 11 minutos. O empate do Salgueiro veio aos 19, quando a equipe armou contra-ataque fulminante e Fagner marcou.

O resultado levava a disputa para os pênaltis, mas os visitantes não se intimiraram com o estádio lotado. Junior Ferrin, de cabeça, virou a partida aos 14 minutos, e Edu Chiquita aumentou a vantagem aos 22.

Na base do 'tudo ou nada', Paulão, de cabeça, ainda diminuiu o placar aos 23 minutos. O fim de jogo foi quente, e o Salgueiro ainde tava dois expulsos: Edu Chiquita e Rodolfo Potiguar. Mas já era tarde, e o Paysandu acabou dando adeus às chances de retornar à Série B.

No sábado, o Ituiutaba também assegurou vaga na Série B após empate sem gols com o Chapecoense. Os dois últimos classificados serão conhecidos na próxima semana, que reserva os confrontos Criciúma-SC x Macaé-RJ, no Heriberto Hulse e ABC-RN x Águia Marabá-PA, no Frasqueirão.

Ronaldo critica juiz por gols anulados e se irrita com assédio dos repórteres

De volta ao time após 40 dias, atacante fica satisfeito com sua atuação e elogia também a 'atitude' do Timão no empate com o Bugre

Depois de quase 40 dias sem atuar, Ronaldo voltou a campo neste domingo, no Brinco de Ouro da Princesa (Campinas). E, mesmo ainda sem a mobilidade ideal, foi um dos protagonistas do empate entre Guarani e Corinthians (0 a 0), com dois gols anulados no primeiro tempo e uma grande oportunidade desperdiçada na etapa final. Após o jogo, cercado pelos jornalistas no gramado, o atacante reclamou bastante da arbitragem.

- Falar o que (da arbitragem), meu Deus... A gente está lá para fazer o gol, mas hoje a arbitragem foi péssima. No meu modo de ver, foram dois gols anulados. Enfim. Está todo mundo sujeito (a erros) - afirmou.

O primeiro lance polêmico ocorreu logo aos quatro minutos. Após cruzamento de Roberto Carlos, Ronaldo dividiu com o goleiro Douglas, e a bola entrou. Mas o auxiliar Ednilson Corona marcou toque no braço do Fenômeno. Aos 19 minutos, o mesmo bandeirinha apontou impedimento do Fenômeno, que completou para a rede após cruzamento de Moacir. Mas o camisa 9 estava na mesma linha do último defensor.

No segundo tempo, Ronaldo teve uma participação mais discreta, mas apareceu aos 25 minutos, cabeceando uma bola rente à trave esquerda.

- Se fosse melhor tecnicamente de cabeça... Esse é realmente gol perdido. Mas os outros foram feitos, mas não validados. Não foi o melhor possível, mas está bom - disse o atacante, considerando que "houve uma evolução da atitude do time".

Apesar de conceder entrevista, Ronaldo mostrou irritação com o assédio dos jornalistas. E depois de reclamar da proximidade dos repórteres, encerrou a entrevista de forma repentina, indo para o vestiário.

Ronaldo marca, juiz anula, e Timão fica no empate sem gols com Guarani

Fenômeno tem dois gols anulados, um deles erradamente, e placar de 0 a 0 em Campinas não agrada a nenhum dos dois times na reta final do Brasileiro

Não fosse um erro da arbitragem, Ronaldo poderia ter deixado o Brinco de Ouro como herói do Corinthians neste domingo. Sob um calor de mais de 30 graus de Campinas, o atacante marcou duas vezes no primeiro tempo do duelo contra o Guarani, mas nenhuma delas valeu. O empate por 0 a 0 não agrada a ninguém. O Timão chega a sete jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro e não consegue espantar a crise que ronda o clube. O Bugre acumula agora cinco rodadas de jejum e já começa a se preocupar com a zona do rebaixamento.

Ronaldo teve um desempenho razoável para quem se ausentou das últimas dez partidas. Ao concluir para a rede pela primeira vez, ele estava em posição legal, mas usou o braço para marcar. Na segunda, estava novamente na mesma linha da defesa ao superar Douglas, e o auxiliar Ednilson Corona marcou erradamente impedimento. Na etapa final, o atacante ainda perdeu um gol feito de cabeça.

A igualdade no interior de São Paulo não alivia o momento turbulento do Corinthians, depois de uma semana recheada de protestos da torcida. O time tem agora 50 pontos, em terceiro lugar, e começa a ver pelo retrovisor a chegada de outros concorrentes na briga pelo título e por uma vaga na Libertadores de 2011. A esperança recai agora na chegada do técnico Tite, que deve ser apresentado nesta terça-feira, no CT Joaquim Grava.

O Guarani também não vive seus melhores dias. Os cinco jogos sem vencer fizeram a equipe campineira despencar para a 14ª colocação, com 35 pontos, somente cinco acima da zona do rebaixamento.

Na próxima rodada, o Guarani recebe o Atlético-GO, sábado, às 18h30m, no Brinco de Ouro, em Campinas. Já o Corinthians faz o clássico contra o arquirrival Palmeiras, domingo, às 16h, no Pacaembu, em São Paulo.

Ronaldo marca, arbitragem anula

O Corinthians começou a partida em ritmo acelerado. Com três zagueiros, os alas Moacir e Roberto Carlos ganharam liberdade para ajudar a equipe a encurralar o Guarani nos primeiros minutos. Apesar do forte calor, Ronaldo colaborou na movimentação do ataque e, aos quatro minutos, chegou a marcar após cruzamento da esquerda, mas o auxiliar Ednilson Corona marcou um toque da bola no braço do craque. Em seguida, o Fenômeno assustou Douglas em chute perigoso à esquerda.

Mesmo jogando em casa, o Guarani apostou tudo nos contra-ataques. O baixinho Mazola, que pertence ao São Paulo, era a opção de perigo da equipe jogando pelos lados. Entretanto, Reinaldo pouco incomodou ao atuar centralizado na área. A primeira grande chance veio em uma jogada de bola parada, aos 11. Após escanteio, Fabão subiu mais alto que os marcadores e cabeceou forte. Chicão salvou sobre a linha.

A alta temperatura em Campinas fez o jogo cair de ritmo. O Guarani passou a se arriscar mais no ataque, mas errou em demasia nos passes e quase não ofereceu trabalho a Julio Cesar. Aos 19 minutos, Ednilson Corona anulou outra jogada de Ronaldo, que, na mesma linha da defesa, completou para o gol após cruzamento de Moacir. Chicão também deu trabalho, aos 29, chutando duas vezes da entrada da área para boas defesas de Douglas.

O Corinthians continuou melhor até o fim do primeiro tempo, mas não conseguiu pressionar. Elias encostou no ataque para ajudar Ronaldo, porém, Defederico esteve novamente apagado em campo, errando a maioria das jogadas e atrapalhando o sistema ofensivo.

Guarani assusta, e Timão perde chances incríveis

No segundo tempo, o Corinthians reapareceu assustando logo aos dois minutos, com Paulinho soltando uma bomba que Douglas pegou após boa jogada de Leandro Castán. Mas foi só no começo. Logo o Guarani tomou o controle, passou a ganhar todos os lances no meio de campo e quase marcou, aos oito, em chute perigoso de Diego Barbosa à esquerda de Julio Cesar.

Cansado, Ronaldo também pouco apareceu na etapa final. O Corinthians sofreu com a dificuldade em sair com a bola da defesa, e o Fenômeno virou um alvo fácil entre os marcadores. Com as entradas de Danilo e Iarley, o Timão melhorou. Aos 25, o camisa 9 perdeu uma chance incrível. Depois de cruzamento de Danilo, ele apareceu na altura da segunda trave, desviou de cabeça, e a bola foi para fora.

Depois dos 20 minutos, os times partiram para o tudo ou nada. Aos 28, foi a vez de Moacir levar os corintianos ao desespero. Ronaldo recebeu na área e serviu o lateral. Na pequena área, sem marcação, ele furou a finalização e perdeu uma das maiores chances do campeonato. Aos 36 minutos, foi a vez do Guarani. Reinaldo quase acertou uma cabeçada no ângulo esquerdo de Julio Cesar em cobrança de falta ensaiada.

A resposta do Corinthians foi imediata, aos 38. Elias invadiu a área e serviu Paulinho. O volante avançou e, na saída de Douglas, bateu por cobertura. A bola caprichosamente tocou no travessão e sobrou para a defesa do Guarani afastar. E a reação corintiana no Brasileirão ficou no quase.

Grêmio vence e cola na Libertadores. Cruzeiro pode perder a liderança

Jogão no Olímpico tem camisas 10 em destaque e marca do artilheiro Jonas. Tricolor ganha por 2 a 1, de virada, e complica a Raposa

A esperança veste azul. O azul do Grêmio. O Tricolor incorporou a garra que sua tradição exige e deu um jeito de vencer o líder do Campeonato Brasileiro de virada no Olímpico. O Cruzeiro largou na frente com seu maestro, o argentino Montillo. Júnior Viçosa empatou, e Jonas, de pênalti, derrubou a Raposa na tarde deste domingo.

O resultado catapulta o sonho de vaga na Libertadores do Grêmio. A equipe de Renato Gaúcho, a melhor do segundo turno, subiu para 46 pontos, na sétima colocação. São quatro a menos do que o Corinthians, atual último classificado para a competição continental. A Raposa, com 54, pode perder a liderança para o Fluminense, que tem clássico com o Botafogo ainda neste domingo.

Agora, as duas equipes passam a estudar seus maiores rivais. O Grêmio recebe o Inter às 18h30m de domingo. No mesmo dia e horário, o Cruzeiro duela com o Atlético-MG.

Montillo, Douglas e a bola

Montillo é o típico jogador que, já no berço, parece ter feito um pacto com a bola: onde ele vai, ela tem que ir junto; por onde ela circula, ele passeia atrás. O camisa 10 do Cruzeiro não precisa de extravagância para ser o núcleo do time mineiro. Drible discreto também é drible bonito, lançamento discreto também é lançamento bonito. E gol é sempre gol. Foi ele, aos 28 minutos do primeiro tempo, quem colocou o Cruzeiro na frente.

Douglas é o típico jogador que, já no berço, parece ter recebido um ímã capaz de atrair couro, capaz de atrair bola. É o clássico camisa 10 que vai a campo com um controle remoto embutido: basta apertar um botão mental para colocar a bola onde bem entende. Foi dele, aos 48 minutos do primeiro, um passe daqueles que só meias como ele (e Montillo) sabe dar. Jonas concluiu, Fábio espalmou, Júnior Viçosa marcou.

O estalo de genialidade dos dois articuladores foi o que de melhor aconteceu no primeiro tempo. Nos minutos iniciais, a qualidade de um time freou a ambição do outro. O temor parecia vencer a ambição. O Grêmio, empurrado pela torcida, resolveu ameaçar antes. Lúcio, de fora da área, obrigou Fábio a fazer grande defesa.

Montillo parecia bem controlado pelo sistema defensivo do Grêmio. Mas era a velha situação do “me engana que eu gosto”. Quando o Tricolor comeu mosca, ele aproveitou. Léo pegou a sobra de cruzamento pelo lado esquerdo da área e fez lançamento precioso para o outro lado. A bola caiu justamente no pé de Montillo. No primeiro chute, a bola parou em Fábio Rochemback. Mas ela tem um pacto com o argentino. Voltou de novo no pé dele. Aí foi corte para cima de Fábio Santos, zaga desnorteada, Victor batido. Belo gol do Cruzeiro.

O Grêmio ficou grogue. O gol fez o time gaúcho cambalear. Montillo cresceu de vez na partida, passou reto pelos marcadores, centralizou todas as jogadas. Mas, curiosamente, foi o Tricolor quem criou chances. Fábio defendeu dois chutes de longe: um de Vilson, outro de Jonas. E aí brilhou o camisa 10 gremista.

Douglas conduziu a bola pela ponta direita, encarou a marcação olho no olho de Fabrício e acionou o controle remoto que tem dentro da chuteira. O passe, em diagonal, foi matemático, como se ele tivesse calculado cada centímetro. Jonas chutou já ao receber, e Fábio espalmou. No rebote, Júnior Viçosa completou para o gol. Eram 48 minutos de um primeiro tempo desenhado por dois jogadores vestidos com a camisa 10.

Grêmio vira, e Jonas se torna o maior artilheiro do clube em um Brasileiro

Um contrato sugerindo o empate não teria sido assinado por Grêmio e Cruzeiro no retorno do intervalo. Estava na cara das duas equipes que era vencer ou vencer. Montillo, pela Raposa, voltou a ameaçar, mas o chute passou por cima do gol de Victor. O Tricolor reagiu com chute de Júnior Viçosa. E depois com uma chance clara de Jonas e Lúcio.

Começou com o atacante. Jonas arriscou chute forte, rasante, de fora da área. Fábio voou na bola e conseguiu desviá-la o suficiente para que ela batesse na trave. No rebote, Lúcio tinha tudo para fazer o gol, mas concluiu para fora. Incrível.

O Cruzeiro teve um gol mal anulado. Gilberto cruzou da esquerda, e Wellington Paulista, em posição legal, cabeceou para a rede. A arbitragem viu impedimento. Viu errado. Minutos depois, Thiago Ribeiro derrubou Gilson dentro da área. Pênalti para o Grêmio.

Jonas, artilheiro do Brasileirão, pegou a bola para a cobrança. Goleador que é goleador bate duas vezes. E marca em ambas. Na primeira, houve invasão da área pelos gremistas. Na segunda, valeu. Chute forte, corrida para a torcida, Olímpico em festa: foi o 20º gol do camisa 7 na competição. A marca é histórica: ele se torna o maior goleador do clube numa mesma edição do Brasileiro.

O resto foi coração. O Cruzeiro partiu para cima, incomodou, ameaçou. O Grêmio reagiu no contra-ataque. Em dois lances, poderia ter matado o jogo. Não fez, mas também não levou. Que jogo...

sábado, 9 de outubro de 2010

Tricolor ofensivo busca repetir boa atuação contra o lanterna Prudente

Depois de vitória convincente na estreia do técnico Carpegiani, São Paulo busca engrenar neste sábado diante do Grêmio Prudente, fora de casa

O São Paulo não está fazendo planos por uma vaga na Libertadores, muito menos para título brasileiro, neste momento. O objetivo do time é apresentar um futebol consistente e conseguir a vitória para melhorar de vez o ambiente do clube. Pensar jogo a jogo, este é o discurso do elenco. A melhora de rendimento após a chegada do técnico Paulo César Carpegiani é a esperança para afastar a desconfiança que rondava o clube desde a eliminação nas semifinais da Libertadores, que culminou com a queda de Ricardo Gomes e depois do interino Sérgio Baresi. Assim como fez nos 2 a 0 diante do Vitória, o treinador vai escalar um time ofensivo, com dois meias armadores e dois atacantes.

Na segunda partida de Carpegiani do comando do Tricolor, o adversário será o Grêmio Prudente, neste sábado às 18h30, em Presidente Prudente. Último colocado do campeonato, o time da casa vem de uma goleada sofrida para o Gremio, por 4 a 0, após ter tido um leve alento com duas vitórias seguidas e um empate com o líder Fluminense. Para tentar evitar o rebaixamento, o Prudente não pode pensar em outro resultado a não ser a vitória.

O paulista Rodrigo Martins Cintra apita a partida, auxiliado por Dante Mesquita Júnior e Osny Antonio Silveira.

O PFC transmite o jogo ao vivo para todo o Brasil. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os detalhes da partida, em Tempo Real.

Confirmado: Herrera vai fazer cirurgia no ombro e está fora do Brasileirão

Luiz Fernando Medeiros, médico do Botafogo, nem sequer faz prognóstico quanto ao retorno do atacante aos gramados

O técnico Joel Santana tem mais uma baixa confirmada até ao menos o fim do ano. Depois de perder Maicosuel e Fábio Ferreira, o treinador não poderá mais contar também com o atacante Herrera. O argentino machucou o ombro no empate com o Guarani, no meio da semana, e acaba de ter confirmada pelo departamento médico do clube a necessidade de uma cirurgia no local.

O médico Luiz Fernando Medeiros, que foi quem confirmou ao GLOBOESPORTE.COM a necessidade de cirurgia, nem sequer faz um prognóstico quanto ao tempo de afastamento de Herrera. Certo é que, sendo operado, o camisa 17 está fora ao menos até o fim do Campeonato Brasileiro.

Acorda, Timão! Torcida se reúne com diretoria e atletas para cobrar

Grupo de sete representantes de organizada esteve nesta manhã no CT e conversou com Alessandro, Paulo André, Roberto Carlos e William

Sete representantes da maior torcida organizada do Corinthians estiveram no Parque Ecológico na manhã deste sábado para conversar com alguns jogadores sobre o momento da equipe no Brasileirão. Acompanhados do presidente Andrés Sanches e do diretor de futebol Mário Gobbi Filho, os corintianos ficaram por 20 minutos conversando com Alessandro, Paulo André, Roberto Carlos e William.

- O campeonato está na mão de vocês. Não vamos desistir. Temos de lutar até o fim. Não podemos deixar escapar pelas mãos. Temos de vencer os próximos dois jogos (Atlético-GO, domingo, no Pacaembu, e Vasco, quarta, no Rio de Janeiro) – diziam os torcedores, em tom amistoso, na beira do campo de treinamento.

Diferentemente de outras oportunidades, a cobrança dos representantes da torcida foi amena. Houve diálogo com os jogadores e em nenhum momento eles se exaltaram. É fato, porém, que a presença desse grupo no treino desta manhã é mais um sinal de que as coisas não andam bem no Timão, embora o time dependa apenas de si para reassumir a ponta.

Após quatro rodadas sem vencer, a equipe caiu para terceira colocação e viu escorregar entre os dedos a chance de reassumir a liderança. Essa sequência é a pior do clube na temporada e pela primeira vez no Brasileirão o clube deixou de figurar na primeira ou segunda colocação. A diretoria, no entanto, rechaça crise.

- Não foi uma cobrança, foi um apoio. Tanto que tudo foi feito na frente de todo mundo, todos viram como foi. Eles, como apaixonados que são pelo Corinthians, quiseram demonstrar que estão ao lado do time. Não houve ameaça, discussão... foi um diálogo bom – declarou Mário Gobbi Filho, diretor de futebol alvinegro.

Depois que a conversa foi encerrada, os sete torcedores fizeram um tour pelo novo Centro de Treinamento do Corinthians para conhecer as instalações recém inauguradas. O guia foi o presidente Andrés Sanches.

Pato elogia rival Sheva e revela vaidade: 'Gosto de olhar no espelho'

Em bate-papo descontraído, atacante brinca com quadros de patos na parede, exibe barriga sarada e diz que não tem mais medo de divididas

Alexandre Pato entrou em uma sala do Spa Champneys, em Leicester, na Inglaterra, e ao se acomodar se deparou com um desenho familiar. Em dois quadros no ambiente, fotos de dois patos. Com um sorriso no rosto, o artilheiro da Seleção Brasileira na Era Mano Menezes com dois gols em dois jogos olhou para os presentes e brincou:

- Decoraram bem essa sala, hein? - disse Alexandre Pato, relaxando para a entrevista que estava prestes a ser iniciada.

E a descontração não parou por aí. O jogador seguiu brincando e apontando para os quadros. Em determinada hora, ele não se conteve.

- Minha tia e meu primo - disse o atacante às gargalhadas.

Na sequência do bate-papo, Pato relembrou da convivência com o atacante Andry Shevchenko, rival do Brasil no amistoso de segunda-feira com a Ucrânia, nos tempos em que o craque defendeu o Milan.

- Joguei com ele algumas vezes. Ele fala italiano e nós conversávamos bastante, falávamos sobre o posicionamento em campo e fiquei feliz por ter atuado com ele. O Shevchenko é um cara legal e me ajudou muito. Aposto que ele vai para cima para tentar nos complicar - afirmou o jogador, de apenas 21 anos.

Além da experiência com Sheva, Pato falou de sua evolução física. Na semana passada, ainda em Abu Dhabi, o jogador afirmou que ganhou 7 kg desde a sua chegada à Europa.

- Aprendi muito na Itália. Depois dos treinos, eu ficava na academia e estou feliz de estar no nível muscular dos outros - disse o atacante, que tem 4,9% de percentual de gordura no corpo.

Abaixo, confira os principais trechos da entrevista com Pato:

GLOBOESPORTE.COM: Você ficou fora da Copa do Mundo e passou a ter mais chances agora com Mano Menezes. Como está essa expectativa e a boa fase que está vivendo?

ALEXANDRE PATO: Estou feliz por estar tendo essas chances. Quero ajudar a Seleção da melhor maneira. Vou fazer o que o Mano pede nos jogos e nos treinos.]

E o que mudou com o aumento de massa muscular?

AP: A minha velocidade aumentou. Até nos testes do Milan eu aumentei a velocidade. Tenho mais convicção quando vou dividir as bolas. Antes eu ficava preocupado em colocar o corpo. Agora eu me arrisco mais.

Em quem se espelha na Seleção?

AP: Sempre falei e vou repetir que é o Ronaldo. Sempre foi o meu ídolo e quero fazer uma carreira como a dele.

Como é o convívio com os fãs?

AP: Os fãs são essenciais. Trato todos da mesma maneira, não nego uma foto, até mesmo em locais reservados. Fico feliz com esse carinho dos italianos, dos brasileiros. Quero mostrar toda essa alegria agora na Seleção Brasileira para retribuir esse carinho.

É vaidoso?

AP: Sim. Eu me olho no espelho, coloco uma roupa mais bacana até para jantar. Largado eu ando em casa.

Ataque cor de rosa que nada! Robinho avisa: 'Sou negão e maloqueiro'

Rei das Pedaladas brinca ao ser questionado sobre o apelido dado aos atletas que treinaram com calçado rosa. Pato elogia nova chuteira

A primeira cena que chamou a atenção no treino deste sábado do Brasil, em Leicester, na Inglaterra, foi a presença maciça de jogadores com chuteiras rosas. No caminho para o campo, Robinho e Alexandre Pato, dois dos que estavam com o calçado da nova linha da Nike, patrocinadora da Seleção Brasileira, pararam para conversar com a imprensa. O Rei das Pedaladas brincou ao ser questionado sobre o apelido dado ao grupo que estava com as chuteiras: ataque cor de rosa.

- Sou negão, jogador do Santos e maloqueiro, então para mim esse apelido não cabe - afirmou.

Além de Robinho e Pato, outros seis jogadores estavam com a chuteira. Carlos Eduardo, Giuliano, Adriano, Philippe Coutinho, Nilmar e André também usaram o calçado. O jogador do Milan admitiu não ter gostado muito da cor.

- O patrocinador paga, nós temos que usar - admitiu o Rei das Pedaladas.

Pato também falou da chuteira. O centroavante, porém, elogiou a nova cor.

- Está na moda, é bonita, é a nova chuteira da Nike, e aposto que todo mundo vai comprar - disse.

A chuteira faz parte de uma nova coleção da Nike, a última do ano. Além dela, outros três modelos foram lançados pela empresa.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Contra rival ‘da sorte’, Brasil tenta apagar revés e seguir na briga pelo tri

Seleção enfrenta nesta segunda-feira, a partir das 16h, a República Tcheca na estreia da terceira fase do Mundial, em Roma

O Brasil não pode mais vacilar. Na terceira fase do Campeonato Mundial, disputada no Palalottomatica, em Roma, uma derrota pode custar o almejado tricampeonato. No caminho mais fácil, encontrou o rival ‘da sorte’. Nesta segunda-feira, às 16h (de Brasília), enfrenta a República Tcheca, que vem embalada de uma vitória por 3 sets a 0 sobre os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos. A seleção brasileira, que tenta esquecer o polêmico revés da última fase, sabe que chegou a hora do tudo ou nada.

- Fizemos o que tínhamos de fazer. Erramos quando ainda podíamos errar. Mas agora passa a ser um novo campeonato. Qualquer derrota pode nos tirar do principal objetivo, que é o título - disse o meio de rede Rodrigão, bicampeão mundial.

Enfrentar a República Tcheca em campeonatos Mundiais parece dar bons fluídos para o Brasil. Nas duas edições anteriores, a seleção do técnico Bernardinho duelou com os tchecos e conquistou o título.

Na última rodada da segunda fase, em Ancona, o Brasil perdeu para a Bulgária por 3 sets a 0, saiu sob vaias do Palarossini e ficou em segundo no grupo N. Avançou para enfrentar na terceira fase Alemanha e República Tcheca, rivais teoricamente mais fáceis do que Cuba e Espanha, que estarão no caminho búlgaro. Além disso, a equipe verde-amarela não teve de passar por Florença. Seguiu direto para Roma, que também será o palco das semis e da final.

Messi exibe Chuteira de Ouro e faz belo gol, mas Barça tropeça em casa

Artilheiro da última temporada europeia, argentino mostra troféu e usa par dourado no empate de 1 a 1 com o Mallorca, no Camp Nou

A festa estava montada para Lionel Messi. Recuperado de lesão, o argentino voltou ao time titular do Barcelona, exibiu o troféu Chuteira de Ouro que recebeu por ter sido o artilheiro da Europa na última temporada e usou um par dourado de calçados. O camisa 10 ainda fez um belo gol, mas o Barça acabou cedendo o empate de 1 a 1 para o Mallorca, no Camp Nou, pela sexta rodada do Campeonato Espanhol.

Os dois pontos perdidos podem acabar fazendo falta ao time de Pep Guardiola na briga pelo tricampeonato. Este foi o segundo tropeço do Barça, que na segunda rodada perdeu para o Hércules por 2 a 0 também no Camp Nou. Assim, a equipe catalã soma 13 pontos e está em quarto. O terceiro colocado é o Real Madrid, que soma 14. O Mallorca é o nono, com oito. A liderança está com o Valencia, que tem 16. Em segundo aparece o Villarreal, com 15.

Antes de a bola rolar no Camp Nou, Messi entrou no gramado exibindo a Chuteira de Ouro. Na temporada passada, o craque marcou 34 gols e foi eleito o artilheiro da Europa (Suárez, do Ajax, fez 35, mas o Campeonato Holandês vale menos pontos na disputa). Nos pés, o argentino usava um par de chuteiras douradas - com o desenho de 34 bolas - para comemorar o prêmio.

Logo com 20 minutos, o camisa 10 brilhou em uma jogada muito bem trabalhada pelo Barcelona. Daniel Alves começou o ataque pela direita e deu para Pedro, que tocou de primeira de calcanhar para o argentino. Messi dominou e mandou de canhota no cantinho direito de Aouate, sem defesa.

Mas o começo arrasador do Barça, que jogou sem Xavi e David Villa, não deu resultado em mais gols. Pelo contrário, o Mallorca conseguiu o empate ainda no primeiro tempo com N'Sue, de cabeça, aos 42.

Na etapa final, a melhor oportunidade do time catalão surgiu aos 31: Bojan passou por Aouate e tentou cruzar, mas a bola bateu na trave e saiu. Na próxima rodada, o Barça recebe o líder Valencia.

Real Madrid tem atuação galáctica e atropela o La Coruña no Bernabéu

Após um começo de temporada com poucos gols, equipe merengue não economiza e marca seis vezes de uma vez só na vitória por 6 a 1

O Real Madrid respondeu à altura as críticas que vinha recebendo da imprensa local por conta da baixa média de gols na temporada, no duelo que fechou a sexta rodada do Campeonato Espanhol, neste domingo. A equipe de José Mourinho, que havia marcado apenas seis vezes nos cinco jogos em que havia entrado em campo no torneio, não perdoou o La Coruña e venceu por 6 a 1, empurrando o adversário para a lanterna da competição. O time merengue, por sua vez, ultrapassa o Barcelona e vai à terceira posição na tabela, com 14 pontos - dois a menos que o líder Valencia.

Ao lado de Ricardo Carvalho e Sérgio Ramos, o lateral-esquerdo Marcelo e o brasileiro naturalizado português Pepe formaram a linha de quatro da defesa madrilenha. Do lado dos visitantes, o volante Juca, ex-Botafogo e Fluminense, entrou em campo no segundo tempo após começar como opção no banco.

Cristiano Ronaldo (duas vezes), Özil, Di María, Hiaguín e Zé Castro (contra) marcaram os gols do Real, enquanto Juan Rodríguez descontou no final para os visitantes. O jogo marcou também a "estreia" do novo gramado do Santiago Bernabéu. Após as reclamações de José Mourinho de que o campo parecia uma uma "plantação de batatas", a diretoria merengue providenciou um tapete para receber os jogos da equipe.

Real atropela o La Coruña

O primeiro tempo só deu Real Madrid, que abriu a porteira logo no início. Após escanteio cobrado por Özil, Cristiano Ronaldo ganhou no alto de Lopo e cabeceou para o fundo do gol, aos quatro minutos da etapa inicial. Com a vantagem, o time merengue segurou o ímpeto na sequência e saia para o ataque de maneira tímida, enquanto o Deportivo tinha dificuldades em penetrar na forte defesa montada por Mourinho.

O ataque dos donos da casa, no entanto, voltou a fazer a diferença aos 24. Cristiano Ronaldo soltou bola para Higuaín, que encontrou Özil na área. O jogador alemão só precisou limpar para a perna esquerda e finalizar no canto direito do goleiro Manu para ampliar a diferença no Santiago Bernabéu.

Após o segundo gol, o Real Madrid cresceu no jogo e ampliou com uma jogada argentina. Higuaín foi lançado no campo de ataque e deu nova assistência. Só que dessa vez o beneficiado foi Di María, que recebeu bola levantada na área pelo compatriota e só teve o trabalho de cabecear para o fundo do gol, marcando o terceiro do Real no jogo.

Na volta do intervalo, Lassad, após aproveitar falha de Ricardo Carvalho, desperdiçou uma boa chance cara a cara com Casillas logo no início. O goleiro merengue, no entanto, fechou bem o ângulo e impediu que o atacante do La Coruña tivesse liberdade para finalizar.

Mas, aos sete, o Real respondeu e tratou de fazer o quarto, com uma jogada que foi o inverso do gol anterior. Isso porque Di María recebeu belo passe de Sergio Ramos e retribuiu a assistência de Higuaín, dando um presente para o atacante argentino, que só precisou empurrar para o fundo das redes do La Coruña: 4 a 0.

O quinto gol do time merengue veio após uma jogada luso-brasileira, que contou com uma pitada de sorte. Marcelo e Cristiano Ronaldo invadiram a área tabelando e, quando o lateral-esquerdo estava de frente para o goleiro Manu, tentou fazer o corte, mas mandou contra o próprio patrimônio, marcando o quinto gol do Real na partida, aos 15.

Cristiano Ronaldo ainda teve grande oportunidade de ampliar 12 minutos depois. O português chegou a driblar o goleiro adversário, mas, quase sem ângulo, chutou para fora. Se o craque luso desperdiçou, Juan Rodríguez não fez o mesmo e marcou de cabeça o gol de honra dos visitantes, aos 33.

Antes do apito final, o português ainda encontrou espaço e tempo para marcar seu segundo gol no jogo e o sexto do Real. Cristiano Ronaldo recebeu linda bola de Xabi Alonso, passou pela defesa e chutou para o fundo das redes, decretando a vitória merengue por 6 a 1.

Na busca pelo líder Valencia, o Real vai ter que passar na próxima rodada pelo Málaga, fora de casa. Já o La Coruña recebe o Osasuna para tentar afastar a má fase.

Ídolo do passado, Carlos Germano preenche carência do presente

Com 18 anos de clube, ex-goleiro é dos mais assediados em São Januário. Em entrevista, diz que quadro pode mudar: 'Ano que vem, vai ter Mundial'

Pedido de autógrafos, fotos, abraços e um pequeno papo. Essa é a rotina de uma estrela do Vasco. Não, não estamos falando de Carlos Alberto. Nem de Felipe. Nem do presidente e ídolo Roberto Dinamite. Esse é o dia a dia de Carlos Germano, ex-goleiro e atual preparador de arqueiros do clube. Por onde quer que ele vá, é parado por funcionários e fãs. Até crianças mostram conhecer o ídolo, que parou de jogar há três anos e tem em sua lista de títulos o Brasileiro de 1997 e a Libertadores de 1998.

Tanto carinho deixa o ex-jogador emocionado. É nítido que Germano gosta desse reconhecimento, embora encontre um motivo para ainda ser tão requisitado.

- O Vasco não ganha um título desde 2003. Com isso, o torcedor fica carente de ídolos. Mas agora tem o Carlos Alberto e o Felipe que dão muito mais autógrafos que eu – disse.

Com 18 anos de Vasco, Germano adora o ambiente do clube. Tanto, que é capaz de passar o dia inteiro em São Januário trabalhando, conversando com amigos e vendo as filhas jogando vôlei (na semifinal da Libertadores de 98, Germano fechou o gol contra o River. Assista no vídeo ao lado).

E foi em São Januário que o ex-jogador bom de papo conversou longamente com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM. Germano não se esquivou de falar sobre nenhum assunto. Contou sobre os momentos mais felizes de sua carreira, a decepção de ter ficado fora do Mundial de 2000 e fez uma aposta ousada sobre o time atual:

- Ano que vem, vai ter o Mundial. Pode ter a certeza. A gente vai chegar. Esse time que está aí é bom demais. Pode apostar nisso que eu estou falando