segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cheio de gás, Marcelinho Paraíba acaba com o Flu e tira o Coxa do Z-4

Capitão marca duas vezes no Maracanã e garante triunfo por 3 a 1. Tricolor segue na zona da degola

No meio de semana, Fluminense e Coritiba entraram em campo pela Sul-Americana. O Tricolor escalou os reservas e empatou. O Coxa poupou apenas três titulares e perdeu. No duelo entre as duas equipes, neste domingo, no Maracanã, pela 19ª rodada do Brasileirão, melhor para quem optou pelo entrosamento no lugar do descanso: 3 a 1 para os paranaenses, que terminam o primeiro turno fora do Z-4

Um dos poupados no duelo pela competição continental, Marcelinho Paraíba esbanjou disposição e marcou dois dos três gols da vitória coxa-branca - o outro foi de Marcos Aurélio, já no fim da partida. Kieza descontou. Com o resultado, o Coritiba pulou para a 16ª colocação, com 19 pontos, enquanto o Flu, ainda com 15, permanece na vice-lanterna.

Confira aqui a classificação do Brasileirão 2009


Na próxima rodada, o Fluminense vai até o Morumbi encarar o São Paulo, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). No mesmo dia e no mesmo horário, o Coxa recebe o líder Palmeiras, no Couto Pereira.

Mais objetivo, Coxa domina e abre o placar

Se motivar o elenco era o objetivo da diretoria do Coritiba ao trocar René Simões por Ney Franco, a estratégia foi bem-sucedida. Como se estivesse no Couto Pereira, o Coxa ignorou o Maracanã e se mandou para cima do Fluminense já nos minutos iniciais da estreia do treinador. Diante de um adversário nitidamente preocupado em não errar, o time paranaense abusou da velocidade, e com três minutos de bola rolando tinha desperdiçado duas boas oportunidades.

Enquanto o lateral-esquerdo Augusto era atendido pelo departamento médico do Flu fora de campo, a dupla Márcio Gabriel-Marcelinho Paraíba aproveitou o espaço pelo setor. Aos dois minutos, o meia serviu Bruno Batata, que chutou mal e errou o alvo. No minuto seguinte foi a vez de o lateral cruzar rasteiro para Marcelinho Paraíba, que não alcançou a bola na pequena área.

Acuado, o Fluminense errava muitos passes na defesa, e a disposição ofensiva de Roni e Conca não surtiu efeito. Aos 11 minutos, a timidez tricolor foi castigada. Novamente em jogada pelo lado direito, Pedro Ken cruzou na medida para Marcelinho Paraíba escorar com liberdade no segundo pau e vencer Fernando Henrique.

Dono do jogo, o Coxa assustou também aos 15 e aos 18. Primeiro, Marcio Gabriel chutou por cima do gol de fora da área. Em seguida, foi a vez de Pedro Ken e Marcelinho tabelarem com rapidez. O ex-rubro-negro serviu Bruno Batata, que bateu colocado mas parou no goleiro tricolor.

A primeira conclusão do Fluminense aconteceu somente aos 19. Conca encontrou Kieza livre pela direita, o atacante colocou a bola na área, e Pereira jogou a bola no travessão, quase marcando contra. O lance acordou a equipe, que, apesar de continuar burocrática, pelo menos mantinha a bola em seus pés.

Aos 27, Renato tentou deixar o Tricolor mais ofensivo e trocou o muito vaiado Wellington Monteiro por Carlos Eduardo. Mais velozes, os cariocas por pouco não empataram quatro minutos depois. Após belo lançamento de Roni, Kieza dominou no peito e emendou bonito. Caprichosamente, a bola beijou a trave direita de Edson Bastos.

Mais efetivo no campo ofensivo, o Flu seguia esbarrando nos próprios erros de passe, enquanto o Coritiba, preocupado em não correr riscos, abdicou do ataque para apostar nos contragolpes organizados por Carlinhos Paraíba, Marcelinho e Pedro Ken.

Melhor para os visitantes, que seguraram um rival desesperado e desorganizado e foram para o vestiário em vantagem no placar.

- Estamos ansiosos e jogando com desespero. Precisamos manter a tranquilidade – desabafou o tricolor Ruy no intervalo.

Marcelinho Paraíba afunda o Tricolor

Precisando vencer por dois gols de diferença para terminar o primeiro turno fora da zona de rebaixamento, o Fluminense voltou para o segundo tempo com três atacantes. Alan entrou na vaga de Augusto e se juntou a Roni e Kieza. Alteração que tornou a equipe mais ofensiva na teoria, mas na prática deixou ainda mais exposta a deficiente zaga tricolor.

E os efeitos da alteração foram totalmente opostos aos pretendidos por Renato Gaúcho. Logo aos cinco minutos, Leandro Donizete apareceu com liberdade pela esquerda, mas concluiu em cima da zaga. Dois minutos depois, um suspiro tricolor: Conca cobrou falta na área, Alan se embolou com Jéci, pediu pênalti, mas acabou ganhando cartão amarelo da arbitragem.

Aos 10, o prenúncio do desastre. Marcelinho Paraíba recebeu no mano-a-mano com Luiz Alberto, gingou para o meio e chutou para fora. O duelo se repetiu quatro minutos depois, e o atacante do Coritiba não perdoou. Após entortar o capitão tricolor, ele dividiu com Fernando Henrique e ficou com a bola limpinha para empurrar para o gol vazio: 2 a 0 Coritiba.

Completamente desorganizado e sem forças para reagir, o Fluminense agonizava com a bola no pé sem criatividade, diante de um rival perigoso no contra-ataque. Aos 24, Marcelinho Paraíba rolou para Carlinhos na esquerda. O meia emendou com força para grande defesa de Fernando Henrique. Ainda assim, o goleiro foi “homenageado” com gritos de frangueiro.

A inoperância tricolor fez com que o Coritiba relaxasse, e foi nesse cochilo que o Fluminense ganhou sobrevida: após chutão da defesa, Kieza disputou com a zaga, levou a melhor, invadiu a área e chutou cruzado para diminuir, aos 31.

O gol incendiou os cerca de 18 mil tricolores que estiveram no Maracanã e levou a equipe para o abafa. Na base do chuveirinho, o Fluminense empurrou o Coritiba para dentro da área e pressionou. Aos 38, a melhor chance: após cruzamento da esquerda, Edson Bastos falhou, e Ruy dominou livre no bico da pequena área. O lateral-direito dominou, ajeitou o corpo e chutou para fora.

Foi a última boa oportunidade dos cariocas, que ainda sofreram o terceiro gol aos 47, com Marcos Aurélio, após cruzamento de Pedro Ken. Festa coxa-branca em uma tarde em que os tricolores comemoraram apenas os quatro gols do Grêmio sobre o Flamengo, anunciados pelo sistema de som do estádio.

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