segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Brasil bate a Rússia, vai à final da Liga e garante o primeiro pódio da renovação

Em 2008, no Maracanãzinho, a Rússia deixou uma mancha no currículo da geração de diamante do Brasil. Na disputa do bronze na última Liga Mundial, os russos derrotaram a equipe verde-amarela, que ficou fora do pódio pela primeira vez na ‘Era Bernardinho’. Um ano depois, em Belgrado, o Brasil tinha a Rússia de novo pela frente. Mas desta vez a história foi diferente. A renovada seleção bateu os gigantes por 3 sets a 0 (25/17, 25/21 e 25/21) e garantiu seu primeiro pódio nesta nova fase, carimbando a vaga para a final da Liga.


- A gente fazendo o nosso trabalho bem feito, o resultado é a vitória - disse Giba.

O time do técnico Bernardinho, que além do ouro busca o octacampeonato da Liga Mundial - igualando o número de títulos da Itália na competição - volta à quadra neste domingo, às 15h (de Brasília) para enfrentar a Sérvia, que venceu a Cuba, de virada, por 3 sets a 1, com parciais de 18/25, 25/13, 25/21 e 27/25. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM mostra em Tempo Real. A disputa do bronze será às 12h (de Brasília).

Sem o central Rodrigão, poupado por ter sofrido uma contusão no ombro esquerdo, a seleção brasileira entrou em quadra com Sidão. Do banco, um dos principais jogadores da equipe e remanescente da geração de diamante, assistiu aos seus companheiros arrasarem os russos no primeiro set. Murilo abriu o placar com uma pancada na ponta. Um saque de Bruninho desarrumou o time russo, que viu no marcador 4/0. O comandante da Rússia, o italiano Daniele Bagnoli, pediu tempo para reorganizar sua seleção. A pausa funcionou, e os russos voltaram mais atentos. No entanto, a estratégia do saque forçado por parte do Brasil não permitiu a reação russa.

As pancadas de Murilo ainda surtiam efeito, quando o capitão Giba começou a despontar. Principalmente crescendo do fundo de quadra, ele foi responsável pela grande vantagem que a seleção colocou no placar. Entre um ataque e outro, até o líbero Serginho teve oportunidade de marcar um ponto. Em uma largada de toque, ele jogou a bola no chão da quadra rival e foi abraçado pelos companheiros. O espírito de união embalou a equipe, que fechou com tranquilidade em 25 a 17.

- O nosso saque tem sido uma arma fundamental. Ter jogadores sacando forte, isso dificulta o jogo adversário - disse Murilo.

Mas o Brasil sabia que não seria fácil. A Rússia, com grandes jogadores em seu elenco, não se renderia tão fácil. E o segundo set mostrou isso. As seleções se alternaram à frente do marcador durante todo a parcial. O técnico Daniele Bagnoli usou da experiência do seu grupo, que, diferente das demais equipes, não passa por uma renovação, e fez muitas mexidas com o objetivo de confundir a equipe brasileira. Os russos tomaram a frente do placar: 15/13. Sidão empatou com dois saques certeiros, e Bagnoli parou o jogo. Foi quando o capitão Giba decidiu o período. No retorno à quadra, após um erro do Brasil, no qual Murilo sentiu o dedo indicador da mão esquerda, ele abraçou o ponteiro, acalmou os ânimos dos jogadores e chamou a responsabilidade para si. Abusou dos ataques e, em um ace, marcou 25/17.

A dificuldade encontrada no segundo set serviu de motivação para o Brasil no terceiro, que deu um passeio nos russos em quadra. Giba, Murilo e Sidão continuaram sendo os destaques, com bons ataques e saques forçados. A Rússia não esboçou reação. Apenas Bagnoli, que coçava a cabeça com cara de preocupado. Enquanto isso, do outro lado, Rodrigão sorria. Do banco de reserva, o central pode ver a vitória por 25/21 e lembrar que os algozes de 2008, aqueles que o fizeram amargar o quarto lugar no Rio de Janeiro, já garantiram, pelo menos, a medalha de prata à renovada seleção brasileira.

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