segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Atlético-MG anuncia contratação do volante Corrêa, ex-Palmeiras

O Atlético-MG anunciou na manhã desta segunda-feira a contratação do volante Corrêa, que já defendeu o Palmeiras e estava no Dynamo de Kiev, da Ucrânia, desde 2006. A informação foi dada pelo presidente Alexandre Kalil, via Twitter, e confirmada em nota divulgada pela assessoria de imprensa no site oficial do clube.

A oficialização da contratação de Corrêa ocorreu um dia depois de o Atlético ser goleado pelo Grêmio, por 4 a 1, em Porto Alegre, e cair para o sexto lugar na tabela do Campeonato Brasileiro. "Desculpas não adiantam. Contratamos o Corrêa, chega essa semana", comentou o presidente atleticano em seu Twitter.

Corrêa é aguardado pelo Atlético nos próximos dias para realizar os exames médicos e assinar contrato. Na semana passada, a diretoria atleticana apresentou o lateral-direito Coelho, que defendeu o clube mineiro entre 2007 e 2008, emprestado pelo Corinthians. Recentemente, ele defendeu o Bologna, da Itália.

O jogador de 28 anos, que atuou pelo Palmeiras de 2003 a 2006, chega para suprir uma das principais carências do elenco do Atlético: a falta de volantes. Recentemente, o técnico Celso Roth perdeu dois que atuam na posição. Márcio Araújo e Serginho - este pode ficar até um mês e meio em tratamento e ainda corre risco de passar por cirurgia - estão sob cuidados médicos.

Atualmente, Celso Roth conta com os volantes Renan, Jonílson e Carlos Alberto, que vinha atuando na lateral direita mas voltou para o meio-campo por causa da carência no setor. O treinador chegou a recorrer a atletas do time júnior para compor o grupo.

Corrêa será o nono reforço do Atlético desde a chegada de Celso Roth. Os outros oito contratados são o goleiro Aranha, o lateral-esquerdo Wellington Saci, o zagueiro Alex Bruno, o volante Jonílson, o meia Evandro e os atacantes Pedro Oldoni e Rentería, além de Coelho, apresentado na sexta-feira passada.

A diretoria alvinegra anunciou, na semana passada, o interesse no zagueiro uruguaio Jonathan Píriz, do Peñarol, mas o acordo ainda não foi concretizado pelo clube.

Rubinho: 'Quis colocar para fora que eu lembrava como se ganhava uma corrida'

Em entrevista ao Globo Esporte, piloto fala de desabafo após vitória

Após cinco anos sem vencer um Grande Prêmio de Fórmula 1, Rubinho Barrichello não aguentou. Em entrevista ao Globo Esporte de São Paulo, o piloto da Brawn disse ter feito um desabafo em agradecimento à equipe ao cruzar a linha de chegada.

- Ali foi um desabafo, foi um momento em que agradeci a todos do time. Foi uma gritaria total. Naquele momento, quis colocar para fora que, se alguém tinha dúvida de que eu não lembrava como se ganhava uma corrida, eu estava falando ali que lembrava sim. E bastante. Então, foi uma gritaria, mas daquelas ótimas que você acaba tirando toda a pressão de cima dos ombros - afirmou o brasileiro.

Rubinho comentou também sobre a volta da Brawn ao alto do pódio após três Grandes Prêmios. Para o piloto, foi a união de diversos fatores.

- Na verdade tivemos uma volta no acerto mecânico do carro. Nós tivemos que tirar algumas “evoluções” que estavam atrapalhando no aquecimento do pneu. Então, o calor nos ajudou, mas o acerto do carro também.

Brasil bate a Rússia, vai à final da Liga e garante o primeiro pódio da renovação

Em 2008, no Maracanãzinho, a Rússia deixou uma mancha no currículo da geração de diamante do Brasil. Na disputa do bronze na última Liga Mundial, os russos derrotaram a equipe verde-amarela, que ficou fora do pódio pela primeira vez na ‘Era Bernardinho’. Um ano depois, em Belgrado, o Brasil tinha a Rússia de novo pela frente. Mas desta vez a história foi diferente. A renovada seleção bateu os gigantes por 3 sets a 0 (25/17, 25/21 e 25/21) e garantiu seu primeiro pódio nesta nova fase, carimbando a vaga para a final da Liga.


- A gente fazendo o nosso trabalho bem feito, o resultado é a vitória - disse Giba.

O time do técnico Bernardinho, que além do ouro busca o octacampeonato da Liga Mundial - igualando o número de títulos da Itália na competição - volta à quadra neste domingo, às 15h (de Brasília) para enfrentar a Sérvia, que venceu a Cuba, de virada, por 3 sets a 1, com parciais de 18/25, 25/13, 25/21 e 27/25. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM mostra em Tempo Real. A disputa do bronze será às 12h (de Brasília).

Sem o central Rodrigão, poupado por ter sofrido uma contusão no ombro esquerdo, a seleção brasileira entrou em quadra com Sidão. Do banco, um dos principais jogadores da equipe e remanescente da geração de diamante, assistiu aos seus companheiros arrasarem os russos no primeiro set. Murilo abriu o placar com uma pancada na ponta. Um saque de Bruninho desarrumou o time russo, que viu no marcador 4/0. O comandante da Rússia, o italiano Daniele Bagnoli, pediu tempo para reorganizar sua seleção. A pausa funcionou, e os russos voltaram mais atentos. No entanto, a estratégia do saque forçado por parte do Brasil não permitiu a reação russa.

As pancadas de Murilo ainda surtiam efeito, quando o capitão Giba começou a despontar. Principalmente crescendo do fundo de quadra, ele foi responsável pela grande vantagem que a seleção colocou no placar. Entre um ataque e outro, até o líbero Serginho teve oportunidade de marcar um ponto. Em uma largada de toque, ele jogou a bola no chão da quadra rival e foi abraçado pelos companheiros. O espírito de união embalou a equipe, que fechou com tranquilidade em 25 a 17.

- O nosso saque tem sido uma arma fundamental. Ter jogadores sacando forte, isso dificulta o jogo adversário - disse Murilo.

Mas o Brasil sabia que não seria fácil. A Rússia, com grandes jogadores em seu elenco, não se renderia tão fácil. E o segundo set mostrou isso. As seleções se alternaram à frente do marcador durante todo a parcial. O técnico Daniele Bagnoli usou da experiência do seu grupo, que, diferente das demais equipes, não passa por uma renovação, e fez muitas mexidas com o objetivo de confundir a equipe brasileira. Os russos tomaram a frente do placar: 15/13. Sidão empatou com dois saques certeiros, e Bagnoli parou o jogo. Foi quando o capitão Giba decidiu o período. No retorno à quadra, após um erro do Brasil, no qual Murilo sentiu o dedo indicador da mão esquerda, ele abraçou o ponteiro, acalmou os ânimos dos jogadores e chamou a responsabilidade para si. Abusou dos ataques e, em um ace, marcou 25/17.

A dificuldade encontrada no segundo set serviu de motivação para o Brasil no terceiro, que deu um passeio nos russos em quadra. Giba, Murilo e Sidão continuaram sendo os destaques, com bons ataques e saques forçados. A Rússia não esboçou reação. Apenas Bagnoli, que coçava a cabeça com cara de preocupado. Enquanto isso, do outro lado, Rodrigão sorria. Do banco de reserva, o central pode ver a vitória por 25/21 e lembrar que os algozes de 2008, aqueles que o fizeram amargar o quarto lugar no Rio de Janeiro, já garantiram, pelo menos, a medalha de prata à renovada seleção brasileira.

Barbudos ressaltam a importância do ‘ritual de depilação’ antes da competição

Micheal Phelps, Thiago Pereira, Henrique Barbosa e Fernando Souza são alguns dos nadadores que gostam de ficar peludos até a véspera da prova

Um dia antes da estreia da natação no Mundial de Esportes Aquáticos, a piscina do Parque Aquático do Foro Itálico, em Roma, estava cheia de nadadores cabeludos e barbudos. Mas o visual vai durar por pouco tempo. A partir deste domingo, todos vão aparecer rapaginados, com cabeça e corpo bem lisos.

Até a véspera da competição, os nadadores costumam ‘cultivar’ os pêlos do corpo, barba e cabelo. Eles garantem que a tática de tirar bem próximo da competição dá um efeito especial.

- A gente fica treinando com essa barba toda. Depois, quando tira, sente muita diferença dentro d’água. O corpo desliza com mais facilidade – explicou Henrique Barbosa, que, de tão barbudo, está quase irreconhecível em Roma.

A estrela americana Michael Phelps é um dos adeptos da estratégia. Geralmente, ele aparece de cavanhaque nos dias que antecedem a competição. Mas, antes da estreia, tira tudo.

Entre os brasileiros, a maioria também deixa crescer os pêlos e a barba durante o período de treinamento. Além de Henrique, Thiago Pereira também segue a tática. E ele explica que o ritual não é tão simples quanto parece.

- Isso incomoda muito. Não estou mais me aguentando, quero tirar logo. Desde de dezembro que não me depilo e nem faço a barba. O pior é que o processo é muito demorado. Quando está muito grande assim, a gente tira o excesso com a máquina e depois raspa tudo com a gilete. O processo todo chega a demorar uma hora.

Tardelli atribui chance na seleção a amadurecimento da carreira

Principal novidade da lista dos convocados para o amistoso da seleção brasileira contra a Estônia no dia 12 de agosto, Diego Tardelli disse que a chance dada pelo técnico Dunga é resultado de seu amadurecimento como atleta, depois de um início conturbado na carreira. Em boa fase e destaque do Atlético-MG no Brasileirão, o atacante sonha alto.

"Todos os pontos negativos a gente lembra para servir de lição. Hoje passa na cabeça um filme diferente, de alegria, de poder estar entrando em campo e quem sabe poder fazer um gol e sair comemorando", observou Tardelli, que viveu momentos complicados, principalmente no São Paulo, quando foi afastado e prejudicou a carreira.

Assim que chegou ao Atlético, no início deste ano, como principal reforço do time mineiro para a temporada, Tardelli fez questão de anunciar que havia a fama de "baladeiro" era coisa do passado. Em entrevista exclusiva ao Pele.Net, em março deste ano, o atacante declarou: "Aquilo era um momento que já passou e faz parte do meu passado. Serviu de lição, aprendi, e são coisas que já foram".

Agora, o atacante espera aproveita da melhora maneira a chance na seleção brasileira. Tardelli crê que Dunga já tenha os jogadores da sua confiança, mas mesmo assim quer buscar seu espaço na equipe. "Estou chegando devagarzinho. Acho que eu tenho que ir conquistando meu espaço aos poucos. Não posso passar por cima de ninguém", afirmou.

O atacante ressaltou ainda o fato de que o técnico vem dando oportunidades a jogadores que atuam no futebol brasileiro. "O mais importante é estar nesse grupo, ser convocado, ser lembrado pelo Dunga, que é um cara que sempre deu oportunidade para aqueles jogadores aqui do Brasil", ressaltou.

O camisa 9 do Atlético fez questão de agradecer a Emerson Leão, treinador ao qual se refere como "pai" no futebol, e a Celso Roth, seu atual comandante. "Ao Leão eu só tenho a agradecer. Claro que hoje ele não está mais aqui, mas tenho outro pai, que é o Celso Roth. Mas o Leão sempre foi um cara muito importante na minha vida, desde a época do São Paulo. Hoje sei que ele deve estar muito feliz também", observou.

Além de seus treinadores, Tardelli agradeceu também ao clube alvinegro. "Tenho que agradecer principalmente ao Atlético mineiro, que abriu as portas para mim, que me deu essa oportunidade de hoje poder vestir a camisa do Atlético e agora a camisa que é o sonho de todos, a da seleção brasileira", disse.

Celso Roth destacou a qualidade do atacante atleticano. "O grande segredo do jogador de futebol é ele estar bem sempre. É ele se preparar para isso, fazer as coisas acontecerem. E o Diego vem fazendo isso e mereceu essa convocação. Ele tem capacidade para isso, provou, está fazendo um belo campeonato e tomara que continue assim", afirmou o treinador.

Massa pode deixar hospital em dez dias, andando, diz médico

A recuperação de Felipe Massa tem animado os médicos, que já falam em previsões de alta para o piloto brasileiro, após o grave acidente no treino de classificação para o GP da Hungria de Fórmula 1, no sábado. Novas análises dão conta de que em cerca de dez dias o ferrarista pode deixar o hospital e, quando o fizer, será andando.

"Minha expectativa é de que ele possa sair andando sozinho do hospital", afirmou Peter Bazso, diretor médico do hospital de Budapeste em que Massa está internado, à televisão local M1, segundo o Autosport. "Eu não deixaria de lado a hipótese de ele poder sair em dez dias."

Felipe Massa sofreu um grave acidente nos treinos classificatórios para a décima etapa do Mundial de F-1, quando foi atingido por uma peça. Ele participava do treino, quando uma mola que se soltou da Brawn de Rubens Barrichello atingiu seu capacete. Desacordado, o piloto só parou no muro.

Com o impacto da peça, Massa sofreu uma fratura no crânio, foi operado e chegou a ser colocado em coma induzido até que fosse avaliada uma evolução de seu estado. Agora, no entanto, sua sedação diminui gradualmente, além de já se ter notícias de que ele reconheceu e se comunicou com os familiares na segunda-feira.

"Ele tem passado mais e mais tempo acordado, conversando com familiares e amigos", informou Bazso. Os pais e a esposa de Massa, Rafaella, grávida de cinco meses, voaram para a Hungria para acompanhar a recuperação. Seu empresário, Nicolas Todt, também está no hospital.

Nesta terça-feira, o ex-chefão da Ferrari, Jean Todt, e o atual responsável pela escuderia, Stefano Domenicali, visitaram Felipe Massa no Hospital Militar de Budapeste.

Enquanto o médico brasileiro Dino Altman, que está em Budapeste, não fala em problemas com o olho de Massa - muito próximo da região afetada pela batida da peça -, a diretoria do hospital adota mais cautela e não mostra certeza de que não exista alguma lesão.

Bernardinho destaca amadurecimento do grupo após Liga Mundial

O octacampeonato mundial da Liga Mundial conquistado em Belgrado (Sérvia), no último domingo, foi um fato histórico e duplamente comemorado por Bernardinho. Isto porque, o grupo campeão sofreu uma renovação muito grande em relação à geração que se sagrou campeã olímpica nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e medalha de prata em Pequim (2008).

O técnico brasileiro lembrou em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira após o desembarque da seleção no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, que a renovação estava sendo dificultada por conta dos títulos e da consistência do time verde-amarelo. Ele revelou que o atual plantel despertou muita dúvida, mas conseguiu provar seu valor. O comandante ressaltou que os jovens atletas amadureceram muito após a conquista.

"O processo de renovação foi prejudicado por conta dos resultados que o time brasileiro estava alcançando. Como iria barrar aqueles jogadores? Porém, mesmo assim surgiram bons valores como o Samuel e o Murilo. Ao mexer na equipe não sabíamos como eles iriam reagir, contudo, mostraram sua força ao longo da competição", declarou, emendando.

"Acredito que a final principalmente serviu para esse grupo amadurecer muito. Não poderiam ter um melhor teste que esse", afirmou.

O treinador se referiu ao clima hostil em que os jogadores enfrentaram a Sérvia na decisão da Liga Mundial. Os torcedores lotaram a Beogradska Arena e 22 mil vozes apoiaram o time da casa do início ao fim. Somado a isso, algumas pessoas chegaram a atirar objetos em quadra como moedas e isqueiros.

"A torcida chegou a entoar gritos de guerra. Ao final da partida, alertei meus jogadores para que eles não comemorassem excessivamente. Temia que o clima pudesse esquentar ainda mais", revelou.

Um dos fatores que ajudaram os torcedores a se enervarem excessivamente foi um lance no quarto set. A partida estava empatada em 21 a 21. Após um ataque brasileiro, a bola explodiu em Miljkovic e saiu. Contudo, a arbitragem deu ponto para a Sérvia. Entretanto, após muita discussão, a mesa de delegados da Federação Internacional de Vôlei chamou o árbitro que foi obrigado a dar ponto para o Brasil. A seleção acabou o set, entretanto, acabou fechando o jogo e o campeonato no tie-break.

A erupção de um esporte em um vulcão ativo na Nicarágua

Não há nada como o súbito silêncio que alguém experimenta na metade da descida por uma encosta vulcânica de 490 metros, após dar um salto mortal no ar em uma trajetória cheia de pedriscos antes ocupada por você e seu trampolim vulcânico.

Olhando de soslaio para o sol nicaraguense, eu vi os óculos que voaram da minha cabeça durante o baque e trepidação da minha prancha caírem lentamente colina abaixo. Eu de alguma forma consegui recuperar a posição sentada na prancha e novamente me submeti à gravidade, descendo à toda e deslizando até uma parada gentil em meio aos aplausos dos meus colegas.

Esta foi minha introdução ao "volcano boarding", um novo esporte radical que surgiu mais notadamente em Cerro Negro, um agourento vulcão preto como carvão no oeste da Nicarágua. Os praticantes disparam pela encosta escarpada e lisa do vulcão ativo sobre uma espécie de trenó de madeira compensada, a velocidades de até 80 km/h. É quente, empoeirado e assustador - e louco o bastante para ser divertido.

Cerro Negro é acessível por León, uma cidade colonial historicamente conhecida como centro do intelectualismo de centro-esquerda que fica a cerca de 24 quilômetros a sudoeste da montanha de aproximadamente 728 metros (a altura pode variar de uma erupção a outra, dizem os especialistas). A cidade já foi uma fortaleza sandinista ocupada por poetas, revolucionários e estudantes universitários. Mas hoje, fora suas igrejas magníficas, arquitetura colonial e murais anticorrupção, León está se tornando sinônimo, pelo menos entre os mochileiros em busca de aventura, de volcano boarding.

Em fevereiro, meu marido, Scott, e eu decidimos que era algo incomum demais para deixar passar. Escalar um vulcão era uma coisa, mas deslizar por sua encosta? Esta é uma história para contar aos netos.

Eu soube de uma excursão oferecida pelo albergue da juventude Bigfoot, que Darryn Webb, um guia turístico da Austrália, fundou em 2005, quando estava desenvolvendo o esporte em Cerro Negro. Ele cresceu praticando sandboarding em Queensland e, assim que visitou o vulcão, ele percebeu seu potencial. Aqui estava uma encosta semelhante a uma duna de areia, apenas maior e mais escura, e com a emoção adicional de uma erupção potencial.

Após muitas tentativas e erros com os tipos de trenós -ele tentou pranchas morey-boogie, colchões e até mesmo um refrigerador minibar- ele decidiu por um compensado reforçado com metal e fórmica sob o assento. "Assim que optamos pelas pranchas sentadas, se tornou muito mais divertido para as pessoas", me disse Webb por telefone de Perth, onde ele mora atualmente.

Quando chegamos ao albergue, duas excursões naquela semana já estavam esgotadas, mas conseguimos ingressar em uma no dia seguinte. (O Bigfoot, que Webb vendeu em 2008, reúne em média 15 pessoas por excursão, mas já lidou com até 34 - números que mesmo Webb nunca previu.) Atualmente, Gemma Cope, a gerente do Bigfoot, comanda as excursões. Sem nenhum documento assinado de responsabilidade, nosso grupo de 17 se amontoou em picapes para a viagem de 40 minutos até Parque Nacional de Cerro Negro. As estradas rurais de terra ainda são em grande parte cobertas pelas cinzas escuras expelidas pela última erupção, em 1999.

Cerro Negro é o vulcão mais jovem na América Central, e como um jovem ruidoso, ele está ativo. Nascido em 1850, ele já passou por 20 erupções.

Na base do vulcão, nós recebemos as pranchas e uma bolsa contendo um macacão e óculos. A subida íngreme de 45 minutos pela traseira rochosa do cone, durante a qual carregamos a prancha de 2,5 a 4,5 quilos, foi moderadamente difícil.

Deixando nossas coisas no ponto de partida, nós continuamos subindo até a borda exposta da cratera principal. A vista provou ser sublime: de um lado, grandes crateras escuras manchadas de amarelo gema de ovo e sienita queimada; do outro, os imensos vizinhos do Cerro Negro na cadeia de Maribios e abaixo León sob uma névoa.

Logo era hora da descida. Nós vestimos desajeitadamente os macacões laranja enormes e nos reunimos para as breves instruções de Cope para descida na prancha -como nos equilibrarmos, guiarmos e controlarmos a velocidade na encosta, que no ponto mais íngreme tem 41 graus, ela disse. Então ela nos informou que as mulheres desceriam primeiro, para que pudessem se recostar e rir de seus pares masculinos, que provavelmente se arrebentariam ao tentar de forma imprudente estabelecer recordes de velocidade.

Duas mulheres se candidataram relutantemente a descerem primeiro. Elas logo se transformaram em listras cor de lava descendo a encosta. Uma deslizou de forma suave e controlada até a chegada. Eu me senti encorajada.

Então vi outra tomar um tombo. E então outro.

Após mais duas pessoas, eu não conseguia mais suportar o suspense. Eu deslizei até o ponto de partida, me preparei e parti.

Imediatamente, eu percebi que dar um grito foi uma má idéia: pedriscos e poeira voavam por toda parte, incluindo dentro da minha boca. Diferente da descida suave em duna de areia no sandboarding, a descida era acidentada e o barulho ensurdecedor.

Eu me abaixei e comecei a bater o pé na encosta nas laterais da prancha -uma técnica para reduzir a velocidade- mas eu evidentemente pisei muito forte. O resultado foi o mesmo de uma frenagem repentina de bicicleta: tombo.

Lá embaixo, a pistola de radar do Bigfoot registrou minha velocidade máxima em respeitáveis 46 km/h. A descida toda levou apenas poucos minutos, com tombo e tudo.

Eu cambaleei até o grupo, repentinamente ciente da mão arranhada e do joelho dolorido. Todos estavam estupefatos, mas sorrindo, com os rostos cobertos de pó. Alguns exibiam arranhões na pele que ficou exposta pelos macacões; os pedriscos vulcânicos não são tão clementes quanto a areia.

Todos concordaram que o volcano boarding não era tão fácil de dominar, mas que era inevitável querer provar. É uma aventura barata e um novo desafio, com técnica de verdade necessária e velocidades registradas. O mojito pós-esporte radical oferecido pelo Bigfoot também ajuda.

"Eu não gostei de ter caído três vezes", disse um praticante alemão, rindo, "mas quero tentar de novo".

Jornal inglês diz que Pato está perto de fechar com o Chelsea; Milan nega

O tablóide inglês News of the World destacou neste domingo que o Chelsea estaria perto de comprar o atacante brasileiro Alexandre Pato por 45 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 136 milhões). No entanto, o Milan divulgou em seu site que não existe nenhuma chance disso acontecer.

De acordo com o jornal, o brasileiro seria comprado agora pela a equipe do técnico Carlo Ancelotti, que treinou o atacante no Milan, e ele ficaria em Milão até o final da próxima Copa do Mundo, na África do Sul em 2010.

"No que diz respeito à notícia divulgada esta manhã pela imprensa britânica, o AC Milan esclarece e reafirma que não há nenhuma negociação sobre Alexandre Pato, e que o jogador é absolutamente inegociável", afirma a equipe de Milão.

Segundo o tablóide, a transação com o brasileiro de 19 anos bateria o recorde de compra de um jogador adolescente, que atualmente é de Wayne Rooney, com 27,5 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 83 milhões).

O News of the World afirma que uma fonte de dentro do time do Stamford Bridge disse que "Ancelotti é tão interessado em levar o Pato que o clube vai pagar uma taxa recorde e ainda vai deixar que o jogador fique mais uma temporada em Milão. Isso mostra como ele é interessado no futebol de Pato".

Kaká admite que Cristiano Ronaldo é o 'cara' do momento no Real Madrid

Kaká fez sua estreia pelo Esporte Espetacular Real Madrid na sexta-feira, em amistoso contra o Toronto FC, no Canadá (vitória do Real por 5 a 1). A badalação entre os torcedores locais foi grande com os galácticos, mas o mais procurado foi, de longe, Cristiano Ronaldo.

Em entrevista ao , Kaká encarou a situação com naturalidade e citou suas passagens por São Paulo e Milan para lembrar que o espaço é ganho pouco a pouco.

- Quando cheguei ao São Paulo eram outros jogadores os mais importantes, aos poucos eu fui me tornando o mais importante. Foi da mesma forma na seleção e no Milan. É uma coisa que sempre aconteceu na minha carreira. Nunca entrei para competir com um companheiro, não estou aqui para competir com o Cristiano. Mas espero que aos poucos eu possa me tornar cada vez mais importante para o clube - disse o camisa 8 do Real Madrid.

Por parte de Cristiano Ronaldo, ao que parece também não haverá qualquer tipo de rivalidade interna com o brasileiro.

- Kaká é um jogador fácil de se jogar, tem muita qualidade. É bom tanto para mim quanto para a equipe ter um jogador de tanta qualidade - disse o português.

Nem só de fãs comuns foi a passagem do Real Madrid por Toronto. O canadense Steve Nash, craque do Phoenix Suns, time de basquete da NBA, foi falar com os jogadores do Real Madrid. O jogador não poupou elogios a Kaká.

- É um privilégio conhecer uma pessoa tão fantástica. É um prazer vê-lo jogar - afirmou Nash.

Empate impede reação do Vitória e quebra embalo do Fluminense

Em uma partida cheia de alternativas, Vitória e Fluminense empataram por 2 a 2 neste domingo, no Barradão, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Vitória saiu na frente com Willian e o Flu empatou ainda no primeiro tempo, com Luiz Alberto. Roni fez o gol da virada aos 8min da etapa final mas Roger igualou a contagem dois minutos depois.

O resultado não agradou a ninguém. O Vitória completou a quarta partida sem vencer e segue na zona intermediária da tabela, com 25 pontos, 10 a mais que o Flu, que continua na penúltima colocação.

O Fluminense volta a campo nesta quarta-feira, contra o Flamengo, em clássico válido pela rodada inaugural da Copa Sul-americana. No dia seguinte, pela mesma competição, o Vitória recebe o Coritiba no Barradão.

Disposto a conseguir a reablitição após três derrotas seguidas, duas delas por goleada, o Vitória tomou a inciativa do jogo. Aos 3min, Roger recebeu na área e bateu forte, de esquerda. A bola bateu na rede, mas pelo lado de fora.

Aos 14min, o atacante fez uma bela tabela com Willian, que envolveu a defesa tricolor. Willian escapou livre e bateu forte, no canto direito de Fernando Henrique, para abrir o placar e quebrar um jejum de três partidas sem gols para o time rubro-negro.

O gol acordou o Fluminense, que passou a marcar a saída de bola do Vitória. A pressão surtiu efeito aos 29min, quando Edcarlos recebeu a bola na entrada da pequena área, tocou para Kieza, que se livrou da marcação com um passe de calcanhar para Luiz Alberto, livre, bater no canto direito de Gléguer e igualar a contagem.

O nervosismo voltou a tomar conta do Vitória, que passou a ser hostilizado pela própria torcida. Aos 31min, Roger dominou na meia-lua, mas na hora do arremate foi desarmado pelo próprio pé de apoio, protagonizando uma furada sensacional.

Roger voltou a irritar o torcedor rubro-negro ao desperdiçar um contra-ataque aos 41min. Diante de apenas um adversário, ele tinha Apodi à direita e Leandro Domingues à esquerda, mas preferiu chutar e desperdiçou o contra-ataque nas mãos de Fernando Henrique.

No segundo tempo, o técnico Paulo César Carpegiani decidiu abrir mão do esquema 3-5-2 e sacrificou um zagueiro para tornar o time mais ofensivo, trocando Fábio Ferreira pelo atacante Neto Berola. Mas quem voltou a marcar foi o Fluminense, em mais uma bobeada da defesa rubro-negra, aos 8min. Roni recebeu passe de cabeça de Conca e tocou por cobertura na saída de Gléguer: 2 a 1.

O Flu não teve tempo para comemorar a virada. Aos 10min, Apodi lançou Leandro Domingues, que bateu cruzado. A bola ia se encaminhando pela linha de fundo quando Roger, de carrinho, empurrou-a para o fundo da rede, empatando a partida.

Os dois times continuaram buscando a vuitória e cada um ainda mandou uma bola na trave: Apodi, aos 14min, e Roni, aos 17min.

Aos 48min, no último lance do jogo, Gléguer salvou o Vitória duas vezes: a primeira na cabeçada fulminante de Alan e a outra no reflexo, em chute de Roni, do bico da pequena área.

Irmão de Aloísio morre e jogador desfalca Vasco contra a Portuguesa

Uma notícia muito desagradável para Vasco e Aloísio. O irmão do atacante faleceu nesta quinta-feira, em Maceió-AL, e o jogador foi liberado pela comissão técnica. Sendo assim, o artilheiro está fora da partida contra a Portuguesa, no sábado, às 16h10, no Canindé, pela 18ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

A causa da morte do irmão do atacante cruzmaltino ainda é desconhecida. Aloísio deixou a delegação e já viajou para a capital alagoana para dar apoio aos seus familiares que residem em grande parte em Maceió.

Sem poder contar com Aloísio, Dorival Júnior já decidiu que Alan Kardec ficará como opção no banco de reservas. O jogador não estava relacionado para o compromisso diante da Lusa, mas já está viajando para São Paulo onde se encontrará com o grupo, que treina no CT do Palmeiras.

Além de Aloísio, Dorival Júnior não poderá contar com o seu lateral-esquerdo titular, Ramon. Para a posição, o treinador já definiu que Ernani será o substituto.

Do outro lado do campo, o técnico segue sem poder contar com os laterais Fagner e Paulo Sérgio, ambos lesionados. Sendo assim, a tendência é que Mateus seja utilizado na direita.

Mike Tyson admite depressão por não saber lidar com a morte da filha caçula

Pugilista, que participará de uma série nos EUA, diz que trabalho como ator o ajuda a se manter 'funcionando como um ser humano saudável'

Mais de três meses após a morte de sua filha, Exodus, de 4 anos, Mike Tyson ainda permanece em “um momento negro de sua vida”, como ele mesmo definiu. O ex-campeão mundial dos pesos pesados disse que a vontade de atuar na série de comédia “Brothers”, da rede de televisão americana "Fox", veio da necessidade de se manter ocupado.

- Eu realmente estava me flagelando pelo que aconteceu com a minha filha. Eu ficava em casa, deprimido. Foi um momento negro na minha vida. Atuar me mantém funcionando como um ser humano saudável – disse o pugilista ao programa “Entertainment Tonight”, do canal americano “E!”

Exodus morreu em maio após se enforcar com uma corda presa a uma esteira ergométrica na casa da mãe, no Arizona. Ela era a caçula dos seis filhos que Tyson teve com diferentes mulheres.

- Estou trabalhando para lidar com isso. Eu me tornei membro de um clube exclusivo, que ninguém quer entrar, Muitos me falaram que a dor nunca acaba, mas você precisa superar isso. Eu vou passar por um processo, tentar me curar. Estou em um estado de negação, porque eu não sei lidar com isso. Eu não sei o que dizer ou o que falar.

Vitória aproveita apatia do Coritiba e vence na Sul-Americana

Comandada pelo técnico interino Ricardo Silva, equipe baiana domina a partida e derrota o Coxa por 2 a 0

Na batalha dos técnicos interinos, Ricardo Silva levou a melhor sobre Édison Borges e viu o Vitória derrotar o Coritiba por 2 a 0, no Barradão, pela primeira fase da Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira. Sob os olhares do novo treinador, Vagner Mancini, que ainda não fez sua reestreia no comando da equipe, o time baiano dominou a partida desde o início, mas só conseguiu balançar as redes na etapa final, com Uelliton e Jackson. Pelo lado alviverde, o técnico Ney Franco, que assistiu à partida dos camarotes, teve uma prova de algumas das principais deficiências de sua equipe, que jogou desfalcada de Marcelinho Paraíba e Leandro Donizete.

O jogo de volta entre Vitória e Coritiba está marcado para o dia 25 de agosto, às 20h15m, no Couto Pereira. O Coxa precisa vencer por três gols de diferença para se classificar. Se os paranaenses fizerem 2 a 0 em casa, haverá disputa de pênaltis. Quem avançar enfrentará o vencedor do confronto entre Blooming (BOL) e River Plate (URU).

Vitória domina desde o início

O primeiro chute da partida não levou perigo à meta de nenhuma das equipes, mas rendeu um susto ao Coritiba. Da entrada da área alviverde, Uelliton bateu com força e atingiu o rosto do zagueiro Pereira, aos oito minutos de jogo. Nocauteado, o zagueiro precisou ser atendido fora de campo.

Aos 19, contra-ataque rubro-negro. Roger arrancou pela direita e bateu cruzado da entrada da área, mas chutou de mau-jeito, e o goleiro Edson Bastos acompanhou com os olhos a saída da bola pela linha de fundo.

Márco Aurélio perdeu boa chance de abrir o placar para o Coxa, aos 27, em chute de fora da área. O goleiro Gléguer pulou atrasado e quase foi surpreendido, mas a bola saiu à sua direita.

Aos 29, Roger perdeu chance incrível para o time baiano. Dentro da pequena área, o atacante emendou de primeira, após levantamento de Willian, mas mandou por cima do travessão. O jogador insistiu e, aos 34, após boa jogada pela direita, chutou rasteiro com força, para a defesa de Edson Bastos. O goleiro alviverde apareceu bem, mais uma vez, aos 41, na tentativa de Apodi, que buscava o canto direito da meta dos visitantes.

Se o placar permanecia em branco, o domínio baiano na primeira etapa podia ser medido pela quantidade de cartões amarelos recebidos pelos jogadores do Coritiba, que recorriam excessivamente às faltas - três, contra nenhuma advertência feita aos rubro-negros.

Rubro-Negro marca dois gols
E foi justamente uma falta cometida sobre Leandro Domingues no primeiro minuto da segunda etapa que fez as redes finalmente balançarem. Na cobrança, Uelliton chutou com força e se aproveitou do desvio na barreira para surpreender o goleiro Edson Bastos e marcar para o Vitória.

O gol tornou mais óbvia a superioridade do Leão baiano. O Coxa encontrava muitas dificuldades para se organizar e não oferecia qualquer perigo aos donos da casa.

Aos 15, faltou sorte ao Vitória para ampliar. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Wallace acertou o cabeceio, mas carimbou o travessão. Mas aos 26, com a defesa alviverde parada, Jackson recebeu lançamento pela esquerda, invadiu a área e, com tranquilidade, escolheu o canto para marcar o segundo gol rubro-negro.

Com as duas equipes vivendo momentos complicados no Campeonato Brasileiro, o triunfo representa, ainda, um importante passo para o início da recuperação desejada pelos baianos.

Bruno fratura o punho e desfalca a seleção brasileira no Sul-Americano

O levantador Bruno fraturou o punho e desfalca a seleção brasileira masculina na disputa do Campeonato Sul-Americano de vôlei. A equipe do técnico Bernardinho estreia na competição contra o Peru, neste domingo, às 19h, em Bogotá, na Colômbia. Segundo o médico de seleção, Ney Pecegueiro do Amaral, o jogador precisa passar por alguns exames para saber a gravidade da lesão e o tempo necessário para a recuperação.

"O Bruno fraturou um osso do punho durante um treinamento realizado ontem (sábado), quando caiu em cima da mão. O tratamento para a lesão deve demorar de três a cinco semanas, dependendo de outros exames que ainda serão realizados", afirma o médico.

Contra o Peru, o técnico Bernardinho escalou Marlon. O pai de Bruno também convocou Raphael, que chegou a atuar em algumas partidas da Liga Mundial vencida pelo Brasil, em 2009. O substituto de Bruno na delegação brasileira chega a Bogotá nesta segunda-feira.

Destaque na seleção masculina na conquista da Liga Mundial, Bruno lamentou ficar fora da competição e deu força aos seus substitutos. "Queria muito jogar o Sul-Americano. É um campeonato que tem poucas equipes tradicionais, mas eu desejava muito estar ali. No entanto, tanto o Marlon quanto o Raphael estão bem preparados e irão levar o time a mais essa conquista", afirma o levantador titular da seleção brasileira.

Bolt afirma que treina duro o ano inteiro para poder se divertir durante as provas

‘Eu estava buscando esse título. Ser o primeiro é especial’, diz o jamaicano, que conquistou o ouro e bateu o recorde mundial nos 100m rasos em Berlim

Se o homem mais rápido da história ri tanto antes da prova, dá para imaginar seu bom humor após bater o recorde mundial dos 100m rasos e conquistar o título que lhe faltava no Mundial de Berlim. Na entrevista coletiva após a corrida, ao lado do medalhista de prata, Tyson Gay, e de Asafa Powell, que ficou com o bronze, Usain Bolt riu de tudo. Até de perguntas que não eram para ele.

- Esse é o meu jeito. Eu treino duro o ano inteiro, então posso me divertir o quanto quero e mesmo antes das provas. Mas quando a corrida começa eu me concentro totalmente. Sei exatamente o que tenho que fazer. Estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo. Estava buscando esse título, buscando chegar à faixa dos 9s50. Ser o primeiro é especial.

Depois de baixar em 11 centésimos seu próprio recorde mundial (9s69, em Pequim), Usain Bolt diz que não conhece os próprios limites.

- Não sei quando, não quero fazer previsão sobre quando o recorde será batido. Mas tudo é possível.

Poucas horas antes da conquista, Bolt chegou a dar um susto na torcida, quando queimou a largada das semifinais. Agora, com o ouro no peito, ele pode falar sobre isso do jeito que gosta, com um sorriso no rosto:

- Eu acho que estava empolgado demais - brincou.

Gol de Hugo nos acréscimos leva o São Paulo de volta ao G-4

Mesmo sem fazer um grande jogo, Tricolor vence o Sport por 2 a 1, na Ilha do Retiro, e volta a subir na tabela de classificação

O São Paulo voltou ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Jogando na Ilha do Retiro, no Recife, a equipe comandada por Ricardo Gomes, mesmo sem mostrar o bom futebol das últimas partidas e sem dois zagueiros, expulsos, venceu o Sport por 2 a 1. A vitória veio de maneira dramática, com um gol marcado por Hugo, aos 48 minutos do segundo tempo.O time foi beneficiado pela derrota do Atlético-MG para o Corinthians por 2 a 0 para voltar ao grupo doss quatro melhores na 19ª rodada.

Foi a sexta vitória consecutiva do Tricolor e a sétima nas últimas nove partidas. Com o resultado, a equipe foi aos 33 pontos e assumiu a quarta posição, com o mesmo número do Internacional, terceiro colocado, que tem uma vitória a mais. Já o Sport segue na lanterna do Brasileirão, com apenas 13 pontos.

Os dois times voltarão a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o Tricolor receberá o Fluminense no Morumbi. No mesmo dia, o Sport vai enfrentar o Barueri, na casa do adversário.

Domínio são-paulino

Mesmo com a fraca campanha no Brasileirão, a torcida do Sport fez a sua parte e compareceu em grande número à Ilha do Retiro. E, quando a bola rolou, a equipe de Péricles Chamusca tomou a iniciativa. Com mudanças na escalação e no esquema tático (saiu o 4-4-2 e entrou o 3-5-2), a equipe chegou duas vezes ao gol de Denis nos primeiros dez minutos, ambas com o atacante Wilson.

Mas foi só. A partir do momento em que o São Paulo começou a controlar a posse de bola, o time pernambucano se retraiu. Aos 16, aconteceu a primeira chegada do Tricolor com Hernanes, que recebeu de Washington e bateu rasteiro, para firme defesa de Magrão. No minuto seguinte, Borges recebeu de Washington e, na entrada da área, girou e bateu de pé esquerdo. A bola desviou em Durval e foi para a linha de fundo.

A esta altura da partida, só um time jogava. O São Paulo tinha liberdade para tocar a bola no meio-campo e também usava muito as laterais, principalmente a esquerda, onde a dupla Jorge Wagner e Junior Cesar se destacava. Aos 20, o gol só não saiu porque Magrão fez bela defesa em chute da entrada da área de Hernanes, após passe açucarado de Borges.

Mas, quatro minutos depois, o Tricolor abriu o marcador. Junior Cesar puxou contra-ataque pela esquerda, avançou pelo meio e tocou para Hernanes na direita. O camisa 10 fez belo lançamento para Borges que, de cabeça, ajeitou para Washington. Cara a cara com Magrão na pequena área, o camisa 9 bateu de pé direito, no canto esquerdo da meta pernambucana. Foi o sétimo gol dele no Brasileirão e o 24º no ano.

Com a vantagem adversária, a torcida do Sport perdeu a paciência. E o time, dentro de campo, não acertou mais nada. O lateral-direito Moacir mostrava iniciativa no apoio, mas tropeçava nas próprias pernas. No ataque, o garoto Ciro, sozinho, não conseguia passar pela forte marcação adversária. E o São Paulo, tranquilamente, tocava a bola e, quando ia ao ataque, era mais perigoso.

Aos 31, Adrián González, que fazia a sua estreia pelo Tricolor, roubou a bola de Durval dentro da área mas acabou adiantando a bola e permitiu o corte salvador de Magrão. No fim do primeiro tempo, a torcida do Sport vaiou demais os seus jogadores.

Domínio pernambucano

Insatisfeito com o desempenho de sua equipe, Chamusca fez duas alterações: sacou os inoperantes Juliano e Fumagalli e colocou Fabiano e Luciano Henrique. O time melhorou sensivelmente e rapidamente equilibrou a partida. Do outro lado, o São Paulo foi mais defensivo, buscando um contra-ataque para tentar definir a partida.

A torcida sentiu o crescimento da equipe e passou a cantar nas arquibancadas da Ilha. Nos primeiros dez minutos, o Sport chegou por duas vezes com perigo, em jogadas pela ponta esquerda, mas falhou no último toque. Aos 13, Andrade chutou de fora da área e Denis defendeu em dois tempos.

Percebendo a melhora rival, Ricardo Gomes resolveu mexer no São Paulo, sacando Adrián González e colocando Zé Luis. Isso para melhorar a marcação na lateral-direita, já que Dutra começou a dar trabalho no apoio pela lateral. Aos 16, ele arriscou de fora da área, e Denis espalmou pela linha de fundo.

Nova mudança

Ricardo Gomes resolveu mexer novamente no time e no esquema tático: tirou Borges e colocou Hugo. Com isso, o time saiu do 3-5-2 e passou para o 3-6-1, somente com Washington isolado no ataque. A ideia era voltar a equilibrar as coisas no meio-campo.

Aos 25, as coisas se complicaram ainda mais para o Tricolor, já que Miranda, que tinha cartão amarelo, fez falta em Wilson e foi bem expulso pelo juiz Sandro Meira Ricci. Péricles Chamusca, então, partiu para o tudo ou nada, colocando o atacante Licom na vaga do zagueiro Igor. E o São Paulo, a esta altura, se defendia como podia.

Aos 30, o Sport, por muito pouco, não empatou a partida. Moacir cruzou da direita, Denis falhou, Wilson cabeceou, e Zé Luis, quase na linha, conseguiu afastar o perigo, para desespero do torcedor pernambucano.

Emoção no final

Nos últimos dez minutos, o jogo, que estava morno, ganhou em dramaticidade. Aos 35, o São Paulo teve a chance para matar a partida com Washington, que recebeu cruzamento de Hernanes e, de primeira, bateu de pé direito e acertou a trave direita de Magrão. Logo depois, foi a vez de o Sport ficar com dez homens, já que Wilson simulou um pênalti e foi expulso.

Três minutos depois, o São Paulo voltou a ficar com um homem a menos. Renato Silva fez falta em Ciro, e, como já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho. Com dois zagueiros a menos, ficou muito complicado segurar a vantagem. E, aos 39, após cobrança de escanteio da direita de Luciano Henrique, César cabeceou para o meio da área e Fabiano, sozinho, tocou no canto esquerdo de Denis. Festa na Ilha do Retiro.

O São Paulo, na base da superação, teve um último gás e, quando o jogo já estava nos acréscimos, conseguiu o que ninguém esperava. Junior Cesar escapou pelo meio, foi para a direita, passou por Moacir e fez um cruzamento primoroso para Hugo que, de cabeça, tocou no canto direito de Magrão. Vitória garantida e volta ao G-4.

Em apenas 48 minutos, Brasil arrasa o Peru e vence na estreia no Sul-Americano

Time de Bernardinho faz 3 sets a 0 com facilidade em Bogotá, na Colômbia

A estreia do Brasil no Sul-Americano de vôlei durou apenas 48 minutos. Foi o tempo necessário para que a equipe de Bernardinho fizesse 3 sets a 0 (25/15, 25/14 e 25/10) na seleção do Peru. Nesta segunda-feira, a seleção volta a quadra em Bogotá, na Colômbia, para enfrentar o Uruguai, às 19h (horário de Brasília).


Sem contar com Bruninho, que fraturou o pulso direito em treinamento no sábado, o Brasil não teve problemas para superar a seleção peruana. A única dificuldade foi a altura de 2.640m.

- O time se mostrou bem, principalmente no ataque e no bloqueio. No entanto, devido à altitude, erramos muito no saque, que vinha sendo uma importante arma para nós. É um problema que iremos ter que enfrentar. Respeitamos muito todos os times, mas acredito que Venezuela e Argentina continuam sendo nossos maiores adversários, já que possuem experiência internacional - diz Bernardinho.

O ponteiro Murilo, o oposto Leandro Vissotto e o meio-de-rede Lucas foram os destaques da equipe brasileira na partida. Pelo lado peruano, o técnico Antonio Pérez espera que seus jogadores tenham um melhor desempenho nas outras partidas da competição. Para ele, seu time enfrentou "os melhores do mundo” neste domingo.

Depois do jogo contra o Uruguai, a equipe verde-amarela jogará contra a Colômbia, dona da casa, às 21h (horário de Brasília), na terça-feira. O Brasil ainda enfrenta Chile, Venezuela e Argentina.


Cheio de gás, Marcelinho Paraíba acaba com o Flu e tira o Coxa do Z-4

Capitão marca duas vezes no Maracanã e garante triunfo por 3 a 1. Tricolor segue na zona da degola

No meio de semana, Fluminense e Coritiba entraram em campo pela Sul-Americana. O Tricolor escalou os reservas e empatou. O Coxa poupou apenas três titulares e perdeu. No duelo entre as duas equipes, neste domingo, no Maracanã, pela 19ª rodada do Brasileirão, melhor para quem optou pelo entrosamento no lugar do descanso: 3 a 1 para os paranaenses, que terminam o primeiro turno fora do Z-4

Um dos poupados no duelo pela competição continental, Marcelinho Paraíba esbanjou disposição e marcou dois dos três gols da vitória coxa-branca - o outro foi de Marcos Aurélio, já no fim da partida. Kieza descontou. Com o resultado, o Coritiba pulou para a 16ª colocação, com 19 pontos, enquanto o Flu, ainda com 15, permanece na vice-lanterna.

Confira aqui a classificação do Brasileirão 2009


Na próxima rodada, o Fluminense vai até o Morumbi encarar o São Paulo, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). No mesmo dia e no mesmo horário, o Coxa recebe o líder Palmeiras, no Couto Pereira.

Mais objetivo, Coxa domina e abre o placar

Se motivar o elenco era o objetivo da diretoria do Coritiba ao trocar René Simões por Ney Franco, a estratégia foi bem-sucedida. Como se estivesse no Couto Pereira, o Coxa ignorou o Maracanã e se mandou para cima do Fluminense já nos minutos iniciais da estreia do treinador. Diante de um adversário nitidamente preocupado em não errar, o time paranaense abusou da velocidade, e com três minutos de bola rolando tinha desperdiçado duas boas oportunidades.

Enquanto o lateral-esquerdo Augusto era atendido pelo departamento médico do Flu fora de campo, a dupla Márcio Gabriel-Marcelinho Paraíba aproveitou o espaço pelo setor. Aos dois minutos, o meia serviu Bruno Batata, que chutou mal e errou o alvo. No minuto seguinte foi a vez de o lateral cruzar rasteiro para Marcelinho Paraíba, que não alcançou a bola na pequena área.

Acuado, o Fluminense errava muitos passes na defesa, e a disposição ofensiva de Roni e Conca não surtiu efeito. Aos 11 minutos, a timidez tricolor foi castigada. Novamente em jogada pelo lado direito, Pedro Ken cruzou na medida para Marcelinho Paraíba escorar com liberdade no segundo pau e vencer Fernando Henrique.

Dono do jogo, o Coxa assustou também aos 15 e aos 18. Primeiro, Marcio Gabriel chutou por cima do gol de fora da área. Em seguida, foi a vez de Pedro Ken e Marcelinho tabelarem com rapidez. O ex-rubro-negro serviu Bruno Batata, que bateu colocado mas parou no goleiro tricolor.

A primeira conclusão do Fluminense aconteceu somente aos 19. Conca encontrou Kieza livre pela direita, o atacante colocou a bola na área, e Pereira jogou a bola no travessão, quase marcando contra. O lance acordou a equipe, que, apesar de continuar burocrática, pelo menos mantinha a bola em seus pés.

Aos 27, Renato tentou deixar o Tricolor mais ofensivo e trocou o muito vaiado Wellington Monteiro por Carlos Eduardo. Mais velozes, os cariocas por pouco não empataram quatro minutos depois. Após belo lançamento de Roni, Kieza dominou no peito e emendou bonito. Caprichosamente, a bola beijou a trave direita de Edson Bastos.

Mais efetivo no campo ofensivo, o Flu seguia esbarrando nos próprios erros de passe, enquanto o Coritiba, preocupado em não correr riscos, abdicou do ataque para apostar nos contragolpes organizados por Carlinhos Paraíba, Marcelinho e Pedro Ken.

Melhor para os visitantes, que seguraram um rival desesperado e desorganizado e foram para o vestiário em vantagem no placar.

- Estamos ansiosos e jogando com desespero. Precisamos manter a tranquilidade – desabafou o tricolor Ruy no intervalo.

Marcelinho Paraíba afunda o Tricolor

Precisando vencer por dois gols de diferença para terminar o primeiro turno fora da zona de rebaixamento, o Fluminense voltou para o segundo tempo com três atacantes. Alan entrou na vaga de Augusto e se juntou a Roni e Kieza. Alteração que tornou a equipe mais ofensiva na teoria, mas na prática deixou ainda mais exposta a deficiente zaga tricolor.

E os efeitos da alteração foram totalmente opostos aos pretendidos por Renato Gaúcho. Logo aos cinco minutos, Leandro Donizete apareceu com liberdade pela esquerda, mas concluiu em cima da zaga. Dois minutos depois, um suspiro tricolor: Conca cobrou falta na área, Alan se embolou com Jéci, pediu pênalti, mas acabou ganhando cartão amarelo da arbitragem.

Aos 10, o prenúncio do desastre. Marcelinho Paraíba recebeu no mano-a-mano com Luiz Alberto, gingou para o meio e chutou para fora. O duelo se repetiu quatro minutos depois, e o atacante do Coritiba não perdoou. Após entortar o capitão tricolor, ele dividiu com Fernando Henrique e ficou com a bola limpinha para empurrar para o gol vazio: 2 a 0 Coritiba.

Completamente desorganizado e sem forças para reagir, o Fluminense agonizava com a bola no pé sem criatividade, diante de um rival perigoso no contra-ataque. Aos 24, Marcelinho Paraíba rolou para Carlinhos na esquerda. O meia emendou com força para grande defesa de Fernando Henrique. Ainda assim, o goleiro foi “homenageado” com gritos de frangueiro.

A inoperância tricolor fez com que o Coritiba relaxasse, e foi nesse cochilo que o Fluminense ganhou sobrevida: após chutão da defesa, Kieza disputou com a zaga, levou a melhor, invadiu a área e chutou cruzado para diminuir, aos 31.

O gol incendiou os cerca de 18 mil tricolores que estiveram no Maracanã e levou a equipe para o abafa. Na base do chuveirinho, o Fluminense empurrou o Coritiba para dentro da área e pressionou. Aos 38, a melhor chance: após cruzamento da esquerda, Edson Bastos falhou, e Ruy dominou livre no bico da pequena área. O lateral-direito dominou, ajeitou o corpo e chutou para fora.

Foi a última boa oportunidade dos cariocas, que ainda sofreram o terceiro gol aos 47, com Marcos Aurélio, após cruzamento de Pedro Ken. Festa coxa-branca em uma tarde em que os tricolores comemoraram apenas os quatro gols do Grêmio sobre o Flamengo, anunciados pelo sistema de som do estádio.

Victor para ataque do Flamengo, Bruno falha, e Grêmio goleia

Enquanto Adriano e Emerson desperdiçam chances, ataque gaúcho não vacila e garante vitória

Na dança das cadeiras da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o Grêmio deu um “chega pra lá” no Flamengo para fechar o primeiro turno em um lugar mais confortável, com boa vista para a zona de classificação para a Libertadores da América. O Tricolor aproveitou a força do Olímpico, onde não perde há quase um ano, e goleou o Rubro-Negro por 4 a 1. Os gols dos gaúchos foram marcados por Perea, Réver e Jonas, duas vezes, mas quem brilhou mesmo foi o goleiro Victor. Everton fez para os cariocas.

Com o resultado, o Grêmio subiu na tabela, ultrapassando o próprio Flamengo. A equipe de Paulo Autuori subiu para 28 pontos, na sétima colocação. O time de Andrade, estacionado nos 27, caiu para décimo.

As duas equipes voltam a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o Grêmio visita o Santos, na Vila Belmiro. Na quinta, o Flamengo recebe o Cruzeiro, no Mineirão.

Milagres de Victor, Adriano garçom e Perea renascido

Cada aplauso que o goleiro Victor recebeu ao sair de campo no primeiro tempo foi justificado. Por culpa dele, Adriano deixou de ser artilheiro para virar garçom. O Imperador rubro-negro bem que tentou fazer o que mais sabe, mas balançar a rede tricolor se tornou uma tarefa quase sobre-humana nos 45 minutos iniciais. O ídolo gremista fechou o gol. Só não pegou uma. E faltou pouco para agarrar até essa.

O Flamengo foi melhor no primeiro tempo. A superioridade carioca foi resultado direto do rendimento das duas equipes no meio-de-campo. No lado tricolor, Túlio não funcionou como auxiliar de Douglas Costa na articulação e Réver, como primeiro volante, não teve a mesma eficiência de quando é zagueiro. No Rubro-Negro, Fierro foi apenas regular, mas Lenon jogou como se fosse titular do Flamengo há décadas. Willians incomodou Douglas Costa o tempo todo. Com boas saídas também pelas laterais, o time de Andrade impediu o Grêmio de anular o acesso a Adriano. E aí esteve um problema dos grandes para a equipe gaúcha.

O Grêmio saiu na frente em um momento comovente para os tricolores. Aos 15 minutos, Jadilson cruzou da esquerda e Perea, de cabeça, fez 1 a 0. O colombiano não marcava um gol desde agosto do ano passado. Ele passou a temporada lesionado, quase esquecido. No momento em que viu a bola entrar no gol de Bruno, o jogador saiu correndo feito criança. Era o renascimento dele. Não foi por acaso que quase todos os jogadores do Grêmio correram para abraçar o gringo.

A vantagem azul durou dez minutos. Aos 25, o Flamengo empatou em linda assistência de Adriano. Cercado pela zaga tricolor, o centroavante rolou para Everton, na esquerda. O chute cruzado desviou nas mãos do goleiro Victor. A bola rumou mansa para dentro do gol, quase em câmera lenta. O Fla alcançava uma igualdade que só não virou vantagem no primeiro tempo porque Victor, a partir dali, pegou todas.

Aos 33 minutos, a bola chegaria ao pé de Adriano, e o Flamengo viraria o jogo se Victor não antevisse a jogada e abafasse o cruzamento. Aos 35, teve muito gremista fechando os olhos para não ver a concretização de um lance que tinha cara de festa rubro-negra. O Imperador passou fácil pela zaga gremista e ficou cara a cara com Victor. Era o centroavante contra o goleiro. E o goleiro ganhou. Milagre.

O lance do gol de Everton não foi o único momento de garçom de Adriano. Com 42 minutos, o camisa 9 deu passe de primeira, daqueles que só os craques fazem, para Emerson. O Sheik entrou livre para marcar. E Victor pegou mais uma.

A torcida gremista resmungou da arbitragem. Pediu toque de Ronaldo Angelim dentro da área e reclamou de faltas não-marcadas. Réver, de cabeça, quase marcou aos 41 minutos. A bola passou muito perto da trave de Bruno.

Bruno e pênaltis derrubam o Fla

Bruno tentou imitar Victor no segundo tempo. Com o Grêmio no abafa, o goleiro flamenguista também fez defesas de cair o queixo. Aos quatro minutos, abafou a boa jogada de Jonas. O lance rendeu escanteio, que terminou em cabeceio forte de Rafael Marques. Bruno espalmou.

Mas não se pode pegar todas, como também aconteceu com Victor no primeiro tempo. Aos 12 minutos, o zagueiro/volante Réver tabelou com Douglas Costa, avançou com dribles e mandou a pancada. A bola passou por baixo de Bruno para colocar o Grêmio novamente em vantagem. Uma falha e tanto.

O Grêmio tentou seguir no ataque para evitar a pressão do Flamengo, mas foi impossível impedir novas chances para o adversário. Victor voltou a brilhar. Pegou uma pancada de Adriano e um chute colocado de Emerson. No ataque, o Tricolor ainda conseguiu fazer o terceiro. Perea foi derrubado por Aírton aos 35 minutos. Pênalti. A torcida gritou o nome de Victor antes e depois de Jonas cobrar e fazer. Um minuto depois, David derrubou Joílson dentro da área. Outro pênalti e novo pedido para o camisa 1 ir ao ataque. Não foi. Jonas bateu forte no centro do gol e fez o quarto. Em um jogo com cinco gols e boas alternativas ofensivas, o craque vestiu luvas.

Com Ronaldo na torcida, Corinthians volta a vencer e tira o Galo do G-4

Depois de cinco rodadas sem triunfar, Timão faz 2 a 0 no Atlético-MG. Equipe mineira cai na tabela de classificação

Sob os olhares de Ronaldo, ainda fora por conta da operação na mão esquerda e da lipoaspiração, o Corinthians, enfim, voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Na tarde deste domingo, com o craque na arquibancada do estádio do Pacaembu, o Timão voltou a jogar bem e venceu o Atlético-MG por 2 a 0, pela última rodada do primeiro turno. Feliz, a Fiel cantou novamente o já tradicional “o Coringão voltou”.

O triunfo acaba com um jejum de cinco jogos no Parque São Jorge. Nos últimos duelos tinham sido três derrotas (Palmeiras, Náutico e Flamengo) e dois empates (Santo André e Avaí). Agora com 28 pontos, o Timão sobe da 11ª colocação para a oitava.

Para o Atlético, que jogou com nove desfalques (seis titulares e três reservas), o tropeço na capital paulista faz a equipe de Belo Horizonte cair três posições e deixar o G-4. Saiu da vice-liderança para a quinta colocação, com 32. Só que o Galo tem um jogo a menos em relação aos rivais, porque ainda tem de encarar o Internacional.

Na próxima rodada, a primeira do segundo turno do Brasileirão, o Corinthians vai a Porto Alegre, onde enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, quarta-feira, às 21h50m. É a primeira vez que o time paulista retorna ao estádio onde foi campeão da Copa do Brasil. Já o Atlético-MG joga na quinta-feira, contra o Avaí, às 21h, no Mineirão.

Sem Dentão, Dentinho resolve

Aproveitando o fato de o Atlético-MG estar com um time cheio de desfalques, o Corinthians foi logo para cima do rival. No primeiro minuto, teve chance em cobrança de falta de Chicão, que desviou na zaga e saiu pela linha de fundo. Aos três minutos, ótima chance para o Galo em chute de Tardelli. O gol só não saiu porque Edu salvou em cima da linha.

Tchô deu bom lançamento para Éder Luís. O atacante, na cara do gol, foi interceptado pelo goleiro Felipe. No rebote, porém, Diego Tardelli chutou rasteiro. Foi então que o volante corintiano apareceu para tirar o perigo. Um vacilo do Timão aos oito permitiu ainda ao Galo assustar. Jucilei perdeu a bola, e Éder Luís bateu de fora da área.

Aos poucos, porém, o Corinthians retomou o domínio do jogo. Aos nove, Dentinho avançou pelo meio e tocou para Boquita na direita. Ele cruzou na cabeça de Henrique, que desviou por cima do gol. Aos 21 minutos, uma baixa no clube paulista. Edu, machucado, deu lugar a Moradei.

Um minuto depois, o Timão aproveitou a apatia do time mineiro e até chegou a marcar, mas o gol não valeu. Dentinho chutou cruzado, Bruno espalmou, e Henrique, fazendo falta no goleiro, desviou de cabeça. Aos 24, Dentinho mais uma vez apareceu bem na área, mas tocou fraco na saída de Bruno, perdendo ótima chance.

De tanto insistir, o jovem corintiano marcou aos 25 minutos. Dentinho recebeu a bola na esquerda, ajeitou e chutou colocado. O desvio em Werley enganou Bruno. Mais tarde, aos 34, o goleiro do Galo, machucado, daria lugar a Edson. Em vantagem no placar, o Timão apenas administrou a posse de bola, e Felipe pouco trabalhou.

Corinthians volta a ser Timão

Somente o Atlético voltou com mudança para a etapa final. Celso Roth sacou Tchô e colocou o zagueiro Marcos. A alteração chamou o Corinthians para o campo de ataque, e a pressão foi grande em cima do Galo. Logo no primeiro minuto, Boquita deu ótimo passe para Moradei. Mas o volante, na cara do gol, chutou para fora.

No minuto seguinte, a postura ofensiva do Timão se mostrou eficiente. Após falha de Thiago Cardoso, Boquita recebeu passe na direita da grande área e acertou, com categoria, o ângulo direito do goleiro Edson: 2 a 0. Dois minutos depois, Elias ainda teve chance de ampliar, mas mandou para fora.

Mal em campo e com desvantagem de dois gols, o Galo viu sua situação ficar ainda pior aos 12 minutos. Renan levou cartão vermelho depois de fazer falta por trás em Elias. O corintiano avançava no contra-ataque. O Timão, então, continuou a pressão. Aos 17, após cruzamento de Jorge Henrique, Henrique cabeceou para defesa de Edson.

A boa atuação do Corinthians fez o torcedor ficar empolgado. Afinal, desde a saída de jogadores como André Santos, Cristian e Douglas, vendidos, e Ronaldo, machucado, o Timão não jogava tão bem. Pior para o Galo.

Com o jogo totalmente dominado, o Timão passou a controlar mais a posse de bola e diminuiu o ímpeto ofensivo. Principalmente porque o Atlético-MG pouco fez para levar perigo ao gol de Felipe, que quase não trabalhou.

Wendel, Diego Souza e Edmílson desfalcarão o Palmeiras contra o Coritiba

Além da equipe ter completado a terceira partida sem vitória no Campeonato Brasileiro, o técnico do Palmeiras, Muricy Ramalho, ganhou três problemas para a partida da próxima quarta-feira, contra o Coritiba, na capital paranaense, que marcará a estreia das duas equipes no returno da competição.

O lateral-direito Wendel e o meia Diego Souza levaram o terceiro cartão amarelo e terão de cumprir suspensão automática. Além deles, o polivalente Edmílson, que sofreu uma lesão muscular, já está vetado para a partida.

Para a vaga de Wendel, Muricy Ramalho tem como opção promover a estreia do lateral-direito chileno Figueroa, que foi contratado junto ao Colo Colo e teve sua documentação regularizada na CBF. Mas o treinador está preocupado com o estado físico do jogador.

- A questão do Figueroa precisa ser analisada com calma. Na última semana, ele sentiu o ritmo dos treinamentos. Vamos esperar para ver o que acontece – explicou Muricy.

Caso o chileno não tenha condições de jogo, a opção do treinador será deslocar Sandro Silva do meio-campo para a lateral. Neste caso, Marcão, que cumpriu suspensão no empate por 1 a 1 com o Botafogo, voltaria ao time e o esquema tático seria modificado do 4-4-2 para o 3-5-2.

Quanto a Edmílson, ele sofreu uma contratura muscular na coxa esquerda. A expectativa dos médicos é que ele retorne aos treinamentos dentro de dez dias.

Após estreia, Estevam Soares é só elogios aos jogadores do Botafogo

Na estreia de Estevam Soares como técnico da equipe, o Botafogo empatou em 1 a 1 com o Palmeiras neste sábado, no Palestra Itália. O novo comandante, que trabalhou apenas três dias com os jogadores e ainda acumulou oito desfalques para o jogo, aprovou o empenho demonstrado pelos atletas na partida diante do líder do Brasileirão.

- Hoje só tenho elogios para esse time. Eles demonstraram muita vontade durante o jogo todo e foram no limite, justamente o que eu pedi a eles. Eu expliquei que não iria adiantar lamentar depois do jogo ao perceber que era possível dar um gás maior. Então, estão todos de parabéns - avaliou Estevam Soares.

A única lamentação do novo treinador foi não ter saído do Palestra Itália com uma vitória, já que ele entendeu que havia essa chance, diante das oportunidades criadas por sua equipe na partida.

- Poderia ser melhor porque saímos na frente e tomamos um gol nas circunstâncias que todos viram (falha individual do goleiro). Depois, no começo do segundo tempo nós tivemos três chances de gol, especialmente a do André (Lima). Mas o Palmeiras também teve aquela oportunidade com o Diego (Souza). Então, o resultado foi até justo, mas poderíamos ter vencido. Por ser um começo de tudo, novo treinador, um novo trabalho, fiquei satisfeito. Mas também já estou preocupado e fazendo planos para quarta-feira - falou o treinador, já de olho no confronto contra o Santo André, às 19h30m, no Engenhão.

Maurren salta para salvar Brasil de "pódio zero" no Mundial

Um dia após celebrar o aniversário de um ano do inédito ouro nas Olimpíadas de Pequim, Maurren Higa Maggi entra no estádio Olímpico de Berlim com a missão de repetir o feito para evitar a quarta edição do Brasil sem pódios na história do Campeonato Mundial de atletismo.

Com as quedas de Fabiana Murer, Jadel Gregório e do revezamento 4 x 100 m rasos masculino, o país está muito próximo de repetir a performance de Stuttgart-1993, Edmonton-2001 e Helsinque-2005, quando terminou sem medalhas. Neste domingo, último dia do evento, o Brasil só tem Maurren Maggi e Keila Costa como esperanças reais de evitar um novo Mundial sem pódios. Elas disputarão a final do salto em distância a partir das 11h15 (horário de Brasília).

Além delas, o país ainda terá duas participantes na maratona (Maria Zeferina Baldaia e Adriana Aparecida, mas que sequer estão os 20 melhores tempos). Se a medalha vier, também virá acompanhada de um feito inédito, já que as mulheres jamais foram ao pódio em qualquer uma das 11 edições do Mundial realizadas até agora.

Os melhores resultados do país são os quintos lugares do revezamento 4 x 100 m rasos, em Helsinque-2005 e Berlim-2009, e de Fabiana Murer no salto com vara neste ano. Para piorar, Maurren não vive uma temporada tão brilhante como em 2008, quando venceu cinco de sete competições que teve. Neste ano, ela só ganhou uma prova: GP do Rio de Janeiro.

Apesar da missão árdua, Maurren minimiza qualquer pressão. "A maior pressão é a minha. Quero só fazer a minha parte e não fico pensando nos outros. Sei que cada um que veio aqui fez o seu melhor", comenta a atleta.

Para ela, a saltadora que superar a marca de 7 m dificilmente perderá o título. "Acho que dá para ir ao pódio com 6,90 m. Quem saltar 7 m, leva o ouro com certeza", prevê a paulista, que busca o último pódio que falta nos grandes eventos do atletismo, já que ela foi ouro olímpico e duas vezes medalhistas no Mundial Indoor (prata em 2008 e bronze em 2003).

Na prova, as maiores concorrentes de Maurren serão a russa Tatyana Lebedeva (batida por um centímetro pela brasileira na final olímpica), a portuguesa Naide Gomes (melhor marca das eliminatórias) e a norte-americana Brittney Reese (dona do melhor resultado do ano). "Será uma briga boa pelo pódio", antecipa o técnico da brasileira, Nélio Moura.

Correndo por fora, a pernambucana Keila Costa também sonha com seu lugar entre as três primeiras. "Sei que se saltar 6,90 m, eu vou para o pódio. Tenho confiança que posso ir ao pódio e estou trabalhando para isso", destaca a atleta, que tem 6,88 m como melhor performance da carreira.

Batida por Maurren em 2008, Lebedeva busca o bicampeonato mundial e vem confiante após o bom resultado nas eliminatórias, quando classificou-se na primeira tentativa. "Depois da final do salto triplo (quando foi sétima), achei que tinha perdido minha técnica. Mas essa eliminatória mostrou que ela está aqui. Espero saltar bem e buscar uma medalha", explica.

Tida como maior rival pela própria Maurren, Naide Gomes espera apagar a frustração de Pequim-2008, quando sequer foi à final, com o ouro. "Não é fácil. Não quero pensar na cor das medalhas, mas sei o que posso conseguir", diz. Para a norte-americana Brianna Glenn, a expectativa é uma só. "Quero saltar o número mágico, o sete. Quem superar os 7 m será campeã", prevê.

Em baixa, Zé Roberto está cada vez mais longe do Flamengo

Não é de hoje que Zé Roberto está perto de deixar o Flamengo. A diretoria rubro-negra, que chegou a dizer que o meia cumpriria o seu contrato, não parece estar mais disposta a continuar com o jogador, que vem irritando os torcedores a cada aparição sua.

Em determinado momento da temporada, especulava-se que Zé Roberto estaria deixando o Flamengo para defender o Cruzeiro. Com isso, Wellington Paulista viria atuar pelo Rubro-Negro. Porém, o assunto não teve seguimento.

Contudo, desta vez, o ciclo de Zé Roberto deve mesmo ter um ponto final. O vice-presidente geral do Flamengo, Delair Dumbrosck, revelou que o clube tem até a intenção de trazer outro jogador para a posição do meio-campo. Porém, para isso, Zé Roberto precisa deixar o clube da Gávea.

Enquanto isso, Zé Roberto prefere não dar qualquer tipo de declaração quanto ao seu futuro. O Botafogo já entrou no circuito para contar com o jogador, mas as equipes não chegaram a um acordo financeiro.

O jogador estará mais uma vez no banco de reservas da equipe da Gávea para a partida deste domingo, que o Flamengo fará contra a equipe do Avaí, às 18h30min, na Ressacada, pela competição nacional.

Um ano após o ouro olímpico, Brasil bate Japão e fatura seu 8º Grand Prix

Em apenas um mês, dois octacampeonatos, provando a hegemonia do Brasil no vôlei mundial. Se no fim de julho a seleção masculina ficou com seu oitavo título da Liga Mundial, as garotas "responderam" à altura. Neste domingo, no último dia da fase final do Grand Prix, o time comandado por José Roberto Guimarães teve dificuldades, mas fez seu dever de casa. Precisando apenas vencer o Japão, equipe da casa, em Tóquio, as brasileiras cederam um set, mas faturaram o octacampeonato da competição por 3 sets a 1, justamente um ano após o ouro olímpico.

Com parciais de 25-21, 25-27, 25-19 e 25-19, as brasileiras aumentaram ainda mais o seu domínio no feminino, levantando a taça pela segunda vez seguida - além deste ano, o Brasil venceu em 1994, 1996, 1998, de 2004 a 2006 e em 2008. Entre os homens, na Liga, Brasil e Itália têm oito títulos. No feminino, a seleção verde-amarela ampliou a vantagem para a Rússia, que venceu apenas três vezes o Grand Prix.

Mas a conquista veio sob bastante pressão, apesar da vantagem na tabela. O Brasil só perderia o título em caso de derrota por larga margem e com uma vitória da Rússia na partida anterior. As russas fizeram o seu papel, batendo a Holanda por 3 sets a 0. Ainda assim, apenas com um atropelo por parte das japonesas o título iria para as mãos das europeias, pela vantagem brasileira no ponto average, primeiro critério de desvantagem.

"Foi uma partida muito difícil. O Japão jogou muito bem e seus saques estavam muito agressivos. Elas foram fortes durante todo o jogo e foram uma ameaça para nós", afirmou o técnico, que chegou a dar broncas para acordar suas jogadoras e conseguir o triunfo.

Apesar da dificuldade, tudo se encaminhou bem para o Brasil. A conquista veio exatamente um ano depois do título olímpico, em Pequim. Sem jogadoras como Paula Pequeno e a levantadora Fofão, a seleção coroou um ano de glória. Além do ouro, as brasileiras levantaram taças como a da Copa Pan-Americana, do Montreux Volley Masters e do torneio classificatório para o Mundial de 2010.

O jogo
O Japão, tentando a sua segunda vitória na fase final, usou a torcida e a velocidade para pressionar nos primeiros pontos, com bons saques. A princípio deu certo e as donas da casa abriram 8-5, deixando a responsabilidade na mão das então heptacampeãs após a primeira parada técnica. O Brasil seguiu sem conseguir ditar ritmo e o Japão abriu ainda mais.

Sem a recepção funcionar, Mari e Sheilla passaram a compensar no bloqueio, mas também não conseguiram tirar a distância de quatro pontos que as japonesas abriram à frente. Com Sassá em quadra, alteração que funcionou no dia anterior, contra a Holanda, a qualidade no saque brasileiro aumentou. Mari foi responsável pelo empate, em seu terceiro ponto de bloqueio, com 19-19.

Daí em diante, a superioridade brasileira voltou a aparecer. Mostrando mais garra, a defesa teve eficiência, assim como a recepção, e o Brasil pôde fechar com 25-21. O destaque foi a atuação de Mari, que chamou a responsabilidade para marcar a virada verde-amarela. Além disso, Sheilla fez seis pontos, sendo cinco no ataque.

A segunda parcial em Tóquio mais uma vez manteve o equilíbrio, com as japonesas superando as atuações das partidas anteriores, nas quais tinham perdido todos os quatro jogos. O time da casa saiu na frente e chegou a ter três pontos à frente no marcador. Após o primeiro tempo técnico, o Brasil conseguiu mostrar maior ofensividade para virar e abrir 10-8, contando também com os bloqueios de Fabiana.

O momento de facilidade durou pouco, porque as japonesas reagiram e viraram em 16-15, em mais um momento em que o Brasil perdeu a concentração. Após a bronca de Zé Roberto em pedido de tempo, a seleção empatou mais uma vez. Desta vez, a experiência brasileira não surtiu efeito. Zé Roberto tentou mexer no time, que fez 24-24, mas o Japão empatou a partida em 1 set a 1. Uma recepção muito ruim do time brasileiro definiu o placar.

O mesmo filme dos dois primeiros sets se repetiu no terceiro, com o Japão passando à frente e chegando ao primeiro tempo técnico na dianteira, com 8-5. Novamente, a virada veio no meio do set, com o Brasil passando à frente em 13-12, com o bloqueio funcionando. Bastou administrar a vantagem para, num saque para fora de Kano, a seleção passar mais uma vez à frente, em 2 a 1.

Para o quarto set, Mari foi para o banco de reservas e Zé Roberto iniciou com Natália em quadra. A troca deu certo e, pela primeira vez na partida, o Brasil começou um set com folga no placar, chegando a abrir 9-3. A partir daí, era questão de tempo para o octacampeonato e para a festa. A seleção se manteve à frente e fechou a vitória com Sassá.

A campanha
A seleção brasileira teve uma campanha perfeita no Grand Prix. Apesar de dificuldades em algumas das partidas, o time de José Roberto Guimarães encerrou sua participação de forma invicta, com cinco vitórias na fase final, além dos nove triunfos na fase de classificação.

No primeiro momento, o Brasil estreou em casa, jogando no Rio, e venceu Porto Rico, Alemanha e Estados Unidos sem ceder sets. Em seguida, em Macau, bateu Tailândia, Polônia e a China - esta por 3 a 2. A terceira semana da primeira fase viu o Brasil triunfar contra Japão (vitória também de 3 a 1), Alemanha e Coreia do Sul.

Nas finais, disputadas em Tóquio, capital japonesa, as brasileiras tiveram seu momento fundamental na estreia, ao vencer a Rússia por 3 a 2, salvando inclusive dois match-points. Depois, o caminho foi mais simples, com triunfos por 3 a 0 contra China e Alemanha. Apesar da partida irregular contra a Holanda, vencida por 3 a 1, o time chegou ao jogo contra o Japão precisando apenas vencer para conquistar o Grand Prix.

Além do feminino, o Brasil comemorou um título entre os homens nos últimos dias. Na noite de sexta-feira, a equipe comandada por Bernardinho virou partida contra a Argentina e levantou a taça do Sul-Americano.

Barrichello bate McLaren, vence o GP da Europa e volta a sonhar com título

Depois de fazer a dobradinha no treino de classificação, a McLaren tentou usar esta vantagem no GP da Europa, neste domingo, em Valência, na Espanha. A escuderia inglesa, no entanto, não contava com o bom desempenho de Rubens Barrichello que, em uma tarde sem erros, conseguiu bater os adversários, voltou ao lugar mais alto do pódio após cinco anos e ainda retornou à briga pelo título da temporada.

A última vez que Barrichello havia vencido uma corrida foi no GP da China de 2004, quando ainda estava na Ferrari. Desta forma, com a vitória deste domingo, a 10ª da sua carreira na Fórmula 1 e a 100ª do Brasil na categoria, o brasileiro chegou a 54 pontos no Mundial de Pilotos, 18 atrás do seu companheiro na Brawn GP, Jenson Button, que lidera a competição, mas foi apenas o sétimo em Valência.

"Foi fantástico. Este é um final de semana que nunca vou esquecer, pois, depois de cinco anos, você não esquece. Nas corridas, sempre os engenheiros pedem para acelerar, e eu acelero, claro. Queria fazer isso pela família, pelos meus pais. Queria agradecer a equipe, pelo carro", afirmou o brasileiro, que não deixou de dar a famosa "sambadinha" no pódio.

Além de Barrichello ter vencido o GP da Europa, Lewis Hamilton terminou na segunda colocação e Kimi Raikkonen, da Ferrari, foi o terceiro.

A McLaren decidiu começar a corrida com pouco combustível e pneus macios. Com os carros mais leves, Hamilton tentou se distanciar na liderança o máximo possível antes de fazer o seu primeiro pit stop. Desta forma, coube a Kovalainen, na segunda colocação, o papel de segurar Barrichello, que manteve o terceiro lugar após a largada.

Nesta disputa, foi justamente Hamilton quem parou primeiro para o reabastecimento e a troca de pneus, na volta 16. Quando voltou, o inglês ocupou a quarta colocação, atrás de Kovalainen, Barrichello e ainda Raikkonen.

Mesmo com o piloto brasileiro cada vez mais próximo, a McLaren chamou o seu segundo piloto para os boxes, na volta seguinte, deixando a liderança para Barrichello. Na sequência, foi a vez do piloto da Brawn GP parar. E, quando voltou à pista, conseguiu ficar na segunda colocação, à frente de Kovalainen, mas atrás de Hamilton.

A partir daí, Barrichello passou a perseguir Hamilton, e os dois começaram a se revezar entre as voltas mais rápidas da corrida. A estratégia da McLaren, no entanto, foi sabotada pela própria equipe. O piloto inglês foi para os boxes, mas os mecânicos "esqueceram" de levar os pneus dianteiros do carro, atrasando em alguns segundos a troca, beneficiando assim o brasileiro.

Com Hamilton apenas na quinta colocação, atrás de Rosberg, e sem ninguém à frente, Barrichello teve cinco voltas para tentar se distanciar o máximo possível, antes de também ir para os boxes. Com uma troca de pouco mais de 6s, o brasileiro voltou na liderança e, mesmo com a recuperação do inglês da McLaren, não foi incomodado diretamente por nenhum adversário, conseguindo assim levar a sua Brawn GP até a bandeirada final.

Pato: ‘Ronaldinho é o número 1’

Atacante elogia atuação do companheiro na vitória sobre o Siena

Autor de dois gols na vitória do Milan por 2 a 1 sobre Siena, Alexandre Pato dividiu os holofotes com Ronaldinho Gaúcho. Apesar de não ter marcado, o ex-gremista foi o craque da partida com participação nas principais jogadas de ataque e ainda quase marcou de bicicleta.

- Todo mundo fala dele, mas Ronaldinho é ótimo, é o número um. Ele deixa os atacantes na cara do gol. Estamos felizes porque ele está voltando ao melhor e jogar com ele é muito fácil – disse Pato.


Ronaldinho deu o passe para o ex-colorado marcar o primeiro gol da partida e depois achou Flamini na área, entre três zagueiros, na jogada que originou o segundo de Pato na partida.

O técnico Leonardo, que antes da partida cobrou de Ronaldinho a responsabilidade de ser a referência em campo, evitou elogiar apenas a atuação do camisa 80, mas reconheceu que o ex-jogador do Barcelona estava inspirado.

- Ele é originalmente um segundo atacante, mas também pode atuar como armador. O julgamento sobre ele não pode ser independente do restante do time. O que interessa é que a equipe jogou junta, não gosto de falar de jogadores individualmente – afirmou o treinador.

Carlos Alberto comemora a boa fase e a liderança da Série B do Brasileiro

Meia diz que sonha com seleção brasileira, mas prefere manter pés no chão

Carlos Alberto teve a honra de vestir a camisa 111 no sábado durante a vitória por 4 a 0 sobre o Ipatinga, no Maracanã, na última rodada do primeiro turno da Série B. Com a vitória, o time carioca assumiu a liderança da competição com 39 pontos. Algo que não acontecia desde a terceira rodada. O meia vibra com o bom momento do time, mas prefere manter os pés no chão.

Carlos Alberto lembra que a caminhada do Vasco rumo ao acesso para a Primeira Divisão ainda é muito longa. E que os elogios atuais podem virar críticas rapidamente se o time cair de rendimento nas próximas rodadas.

- A vitória foi mais do que merecida. E o também o primeiro lugar que a gente vinha buscando desde o início do campeonato. Futebol é legal por causa disso. Não é uma ciência exata para fazer contas. A cada jogo tudo isso pode mudar. Por isso é complicado afirmar qualquer coisa para lá na frente não cair em contradição. Da mesma forma que vivemos um bom momento agora lembro do mês horroroso que passamos também há pouco tempo - disse Carlos Alberto recordando da época que o Vasco ficou em oitavo lugar na classificação.

O meia agradeceu ter sido escolhido pelos torcedores para vestir a camisa 111. E garantiu que a vitória sobre o Ipatinga foi especial por todo o clima festivo que gerou em torno da partida.


- Foi um dia especial. O resultado aconteceu com muito trabalho, com muita dedicação. Fico feliz com um resultado como esse, por ter feito gol em um momento tão importante. E ter sido premiado pelos torcedores para vestir essa camisa nos 111 anos de história. Estou contente por ter participado da festa, pelo Alex Teixeira, que fez dois gols e jogou muito bem, pelo Elton. A boa fase vem também pelo equilíbrio do time.

Carlos Alberto ainda sonha disputar a Copa do Mundo de 2010. Mas sabe que a convocação é difícil e só seria possível no ano que vem, com o Vasco voltando à elite do futebol brasileiro.


- Tenho 24 anos e tenho que pensar nisso (na seleção). Se na minha idade não pensasse nisso seria um crime contra mim mesmo. Tenho que brigar por isso. Eu ainda acredito. Mas evito falar sobre isso. E voltando para a Série A tudo fica mais tranquilo e as coisas vão surgir com naturalidade. Sem forçar a barra.

O meia, que está há oito partidas sem receber um cartão amarelo, comemora o momento mais tranquilo em campo.

- Há algum tempo estou tentando mudar. Acho que algumas criticas eram merecidas, outras nem tanto. Toda matéria minha saia com tantos jogos, tantos gols e tantos cartões amarelos. Isso me incomodava um pouco, me fez pensar e querer mudar. E por isso fico feliz que isso tenha mudado.


Manchester City pode entrar na briga por Riquelme e atrapalhar Timão

Segundo jornal inglês, proposta seria de R$ 45 milhões ao Boca

O Corinthians pode ter um rival de peso na briga para tirar Riquelme do Boca Juniors. Segundo o jornal inglês “Daily Mail”, o Manchester City também está interessado na contratação do craque argentino.

O diário cita a imprensa alemã como fonte da notícia e diz que a proposta do clube de Robinho e Carlos Tevez por Riquelme será de 15 milhões de libras (R$ 45 milhões).

O camisa 10 do Boca Juniors é um dos sonhos do Corinhtians para reforçar a equipe em 2010, quando disputará a Libertadores. Porém, em um primeiro encontro com o grupo de investimentos responsável pela negociação, Riquelme pediu US$ 3 milhões (cerca de R$ 5,4 milhões) por um contrato de um ano.