Para Ian Mckee, especialista em estádios sustentáveis, Mundial do ano que vem será uma catástrofe do ponto de vista da sustentabilidade
Os arquitetos responsáveis pelos projetos das arenas para a Copa do Mundo 2014, que será disputada no Brasil, estão reunidos em Salvador em um fórum para discutir a sustentabilidade econômica e ambiental dos estádios. Nesta quinta-feira, os profissionais assistiram a uma palestra do economista americano Ian McKee, credenciado pelo Leed (Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente, na sigla em inglês). Mckee credencia construções sustentáveis no mundo todo.
O assunto principal do fórum é Copa 2014, mas Mckee,durante sua explanação, fez uma previsão bastante pessimista sobre a Copa de 2010, na África do Sul. Ele diz que antes mesmo de estarem prontos os estádios do próximo Mundial já são elefantes brancos.
- A Copa da África vai ser uma catástrofe do ponto de vista da sustentabilidade. São estádios que não serão utilizados para nada depois da Copa. É um tipo de planejamento que não faz sentido e não existe solução - critica.
Mckee explica que um estádio sustentável se mantém em atividade o ano todo. Tem de ser construído respeitando algumas premissas: utilização de materiais que respeitem o meio ambiente, que tenha projetos de reuso da água, e utilize fontes alternativas de energia, como a solar. Ele explica que a economia que se consegue com essas medidas, diminui muito o custo de manutenção do estádio.
Além disso, o economista lembra que é preciso se pensar no legado. Ele explica que não se deve pensar apenas em arenas corretas dos pontos de vista econômico e ambiental.
- Não devemos pensar apenas em 12 estádios, mas em 12 cidades. O foco, claro, está nas arenas, mas tem toda a questão de aeroportos, hospitais, transporte, hotéis. A questão do legado é importante. Tudo isso julgado pela sustentabilidade. O Brasil tem a chance de deixar uma marca positiva e seja pioneiro na realização de uma Copa Verde, desde que não repita os erros da África do Sul.
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