Criado no antigo terrão do Parque São Jorge, o volante Edu retornou ao Corinthians nos braços da torcida. Um bom recomeço para uma prata da casa. O jogador falou pela primeira vez nesta terça-feira (7) como novo membro da equipe. Ele foi recepcionado por membros da Gaviões da Fiel que lhe deram uma camiseta e um boné da organizada. As calorosas boas vindas, depois de nove anos ausente, se deve ao amor declarado do jogador pelo Corinthians, mesmo longe. "É uma alegria grande voltar", disse o volante visivelmente emocionado.
"Eu até comentei com o meu irmão, Jean, ontem, quando estava no vestiário fazendo exames médicos, que vestir a camisa do Corinthians novamente me deixou arrepiado." Edu tem 31 anos. Subiu para o time profissional em 1999, logo após a conquista da Copa São Paulo de Juniores, quando fez o gol da vitória por 1 a 0. Tinha 21 anos. Em 2000, com a saída de Rincón, virou titular num meio de campo que ainda tinha Vampeta, Ricardinho e Marcelinho Carioca. Em seu retorno à Fazendinha, ele lembrou seus principais jogos pelo time. "Senti saudades desses momentos incríveis, como da Taça São Paulo que me lançou para o futebol..."
Edu também jamais se esqueceu de um jogo das oitavas de final da Libertadores de 2000, no Pacaembu, contra o Rosario Central. "Perdi meu pênalti, mas depois o Dida nos salvou e nos classificamos. Desabei e chorei, mas a torcida gritou meu nome no estádio. Nunca vi alguém perder pênalti e ter o nome gritado." O ex-volante do Valencia está animadíssimo para ajudar o Corinthians a conquistar a Libertadores no ano do seu centenário "É uma responsabilidade muito grande. A expectativa é enorme, ainda mais com o projeto ambicioso do time. É de empolgar." Edu espera tirar vantagem com o que aprendeu na Europa. E sabe que o time precisa da sua experiência, embora não se ache melhor do que ninguém. "Tive grandes treinadores lá fora, disputei a Liga dos Campeões e estou mais velho e sei que tudo isso ajuda."
Depois de enfrentar várias lesões nos últimos anos, Edu admite que pode precisar de uns dias para enfrentar em forma. "Cheguei muito bem, graças a Deus! As lesões acabaram, e minha última passagem pelo Valencia foi boa, fiz jogos importantes. Agora, claro, que estou sem jogar há quatro semanas, estava de férias", admitiu. E, no discurso, chegou com humildade, ao ser questionado sobre a disputa de posição com os titulares Elias e Cristian. "Não projeto briga nenhuma dentro do elenco, vim para somar. Quero inclusive ressaltar o bom trabalho que esses dois jogadores vêm fazendo, e desejo que eles continuem assim. Para ser forte em várias competições, é necessário ter três, quatro jogadores para cada posição", pregou.(AE)