sábado, 6 de fevereiro de 2010

Após quase 23 anos, Tupi, enfim, vence o Cruzeiro em jogo emocionante

A forte chuva no fim da partida parecia lavar a alma dos torcedores do Tupi. Afinal, o clube demorou quase 23 anos - ou 16 confrontos - para saborear o gostinho da vitória sobre o mistão do Cruzeiro. Neste domingo. Ademílson, Fabrício Soares e Gedeon se tornaram os heróis de um fim de uma longa escrita. Eles foram os autores dos gols do emocionante triunfo por 3 a 2, no Estádio Mário Heleno, em Juiz de Fora - Anderson Lessa e Pedro Ken marcaram os da Raposa, que se mantém líder do Campeonato Mineiro, com 18 pontos ganhos, mas perdeu a chance de abrir boa frente na tabela após o término da oitava rodada.

A equipe celeste, que sofreu a segunda derrota na competição, tem na sua cola Ipatinga e Democrata, com 16 pontos ganhos - os dois, por sorte dos cruzeirenses, perderam na rodada para, respectivamente, Uberaba e Atlético.

Com a vitória, o Tupi ficou a um ponto dos vice-líderes e se aproxima também do Cruzeiro, além de pôr fim a um longo jejum. A última derrota da Raposa para a equipe interiorana foi em 12 de julho de 1987 justamente em Juiz de Fora, por 2 a 1. De lá para cá, houve 12 vitórias azuis e quatro empates.

Na próxima quinta-feira, a Raposa volta a disputar a Libertadores, fora de casa, em Caracas, na Venezuela, contra o Deportivo Italia, pelo Grupo 7. No Campeonato Mineiro, volta a campo no clássico com o América, no Mineirão, no domingo. No mesmo dia, o Tupi, em quarto lugar na tabela, com 15 pontos, e mais perto do líder, vai até Teófilo Otoni enfrentar o América local.

Tupi começa melhor

Um primeiro tempo bem disputado acabou premiado no fim com dois belos gols das duas equipes que deram emoção e bom tempero à partida. Dominado em boa parte, bastou o Cruzeiro pressionar nos minutos finais para abrir o marcador com o até então sonolento Anderson Lessa. E quando parecia que o time sairia com a vantagem, Ademílson, artilheiro do campeonato, surpreendeu Fábio e fez um golaço de fora da área. Nada mais justo para o Tupi.

Se o Cruzeiro entrava em campo com mistão para poupar o time para a Libertadores, o Tupi tinha cinco desfalques. Com a vantagem de jogar em casa, tendo o apoio da torcida e Ademílson em boa fase, a equipe de Juiz de Fora apostou no ataque. A boa marcação no meio-campo, aliada à velocidade de Chiquinho e Gedeon na armação das jogadas e o sono da Raposa, contribuiu para o sufoco. O cartão de visitas foi de Gedeon, que tentou surpreender Fábio em chute de longe, aos dois minutos, mas a bola foi para fora.

A defesa celeste falhava. Principalmente Fabinho, que perdeu duas bolas seguidas no duelo com Robson. Numa delas, aos cinco minutos, o atacante do Tupi deixou a bola passar para Ademílson, que só não marcou porque Fábio saiu bem e abafou o chute. Três minutos depois, em escanteio de Gedeon, Adalberto aproveitou outra falhar de marcação da zaga e deu carrinho para tentar escorar para as redes, mas chegou atrasado no lance e a bola saiu pela lateral.

Cláudio Caçapa perdia bolas na saída de bola, Roger pouco aparecia no meio-campo... O Cruzeiro não conseguia sair do sufoco. Quem mais procurava o jogo era Gilberto. Apesar de escalado na lateral, o camisa 10 sempre que podia fazia as vezes do meia. E foi aos 11 minutos que ele rolou de calcanhar para Anderson Lessa, ainda sonolento, se atrapalhar no toque a mais e deixar a defesa do Tupi interceptar a jogada.

Quem tinha de armar o time - o meia Roger - só apareceu mesmo quando resolveu bater de longe, aos 15 minutos, só que nas mãos de Jefferson. Por outro lado, o Tupi tinha mais a posse de bola mas já criava menos. E a marcação do Cruzeiro sobre Ademílson e Robson melhorou bastante.

Belos gols no primeiro tempo

A disputa no meio-campo cresceu, e a emoção diminuiu até que, aos 40 minutos, a Raposa saiu de um sufoco do Tupi e puxou um contra-ataque em velocidade. Camilo fez belo lançamento para Anderson Lessa, que fez o giro e bateu à esquerda de Jefferson, sem defesa: 1 a 0.

O gol fez o Cruzeiro crescer no fim do primeiro tempo. Com melhor toque de bola, saiu uma boa jogada aos 43. De Roger para Anderson Lessa, que tocou para Gilberto. A bola rolou para Pedro Ken. Ele foi ao fundo e centrou, mas ninguém chegou a tempo. A defesa do Tupi salvou.

Quando tudo indicava que o time celeste sairia com a vantagem na primeira etapa, Ademílson surpreendeu Fábio e até os torcedores do Tupi. Da meia-esquerda, ele arriscou com força e efeito, encobrindo o goleiro, adiantado. A bola foi no ângulo à esquerda, no fundo das redes, e a arquibancada, à loucura aos 45. O atacante, artilheiro do campeonato, marcou seu oitavo gol.

Virada do Tupi

Adilson Batista fez duas mexidas para tentar melhorar o Cruzeiro. Pôs Marquinhos Paraná e Bernardo nos lugares de Roger e Anderson Lessa. Mas o Tupi não quis saber e, logo aos dois minutos, virou a partida. Gedeon cobrou falta pela direita. A bola sobrou na área para Henrique, que bateu com violência. Fábio salvou, mas espalmou para a frente. Fabrício Soares não desperdiçou a chance e chutou de perna esquerda, sem defesa.

A partir daí, o Cruzeiro foi para cima. O Tupi recuou e ficou nos contra-ataques. O técnico Leonardo Condé trocou Felipe Santos, que já tinha o cartão amarelo, por Darlan, e Róbson por Paulo Roberto. Depois, Adilson Batista tirou um volante, Fabinho, para pôr outro atacante, Thiago Ribeiro. Era o tudo ou nada para buscar o empate. E se Marquinhos Paraná e Bernardo criavam mais, o time esbarrava na boa marcação do anfitriões.

O Tupi também mexeu. Trocou o lateral Michel pelo meia-atacante Yan. O time de Juiz de fora teve um gol anulado aos 28 minutos que gerou discussão. Chiquinho cobrou falta da meia direita e a bola entrou à direita de Fábio. O auxiliar assinalou impedimento de Paulo Roberto, que participou do lance,

Pouco depois, Gedeon, em nova jogada de contra-ataque, tocou com categoria e praticamente selou a vitória ao ampliar para 3 a 1, aos 35 minutos. Mas o Cruzeiro se lançou mais ainda à frente, e a partida ficou emocionante - a equipe de Juiz de Fora estava com 10, pois Leo Salino levou o cartão vermelho, após o segundo amarelo. Já debaixo de chuva, Pedro Ken diminuiu aos 46. Bernardo, de cabeça, aos 47, perdeu a chance do empate na pressão celeste. E o jejum do Tupi acabou debaixo de chuva e um alívio com o apito final do árbitro Alício Pena Júnior.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mistão do Internacional joga mal, mas cumpre missão e vence o São Luiz em Ijuí

Mistão do Internacional joga mal, mas cumpre missão e vence o São Luiz em Ijuí

Que a preocupação do Inter é a Libertadores, todo mundo sabe. Tanto que nem mesmo a eliminação nas semifinais do primeiro turno do Gauchão fez o planejamento mudar. No entanto, é consenso no Beira-Rio que o time precisa buscar o título do returno. A missão está em curso. Neste domingo, o técnico Jorge Fossati escalou uma formação mista, quase reserva, contra o São Luiz, pela segunda rodada da Taça Fábio Koff. No estádio 19 de outubro, em Ijuí, cidade que tem mais de mil casos de suspeita de dengue registrados atualmente, o Colorado teve dificuldades, mas conseguiu vencer por 1 a 0. Eltinho fez o gol que mantém a liderança do Grupo 2, com seis pontos. Na mesma chave, o São Luiz ainda não conseguiu pontuar nesta fase.

O próximo compromisso do Inter pelo Estadual será no domingo que vem, contra o Veranópolis, fora de casa. Antes, porém, o Colorado entra em campo nesta quinta-feira, pela competição continental. O adversário será o Deportivo Quito, no Equador, em duelo válido pelo Grupo 5.

O São Luiz também vai jogar no próximo domingo. Em casa, a equipe do técnico Beto Campos vai receber o Universidade.

Do jeito que a torcida não gosta

O bom futebol passou longe do estádio 19 de outubro no primeiro tempo. Até mandou lembranças. Talvez por culpa da falta de entrosamento do time quase reserva do Inter. Por conta do próximo jogo na Libertadores, o técnico Jorge Fossati preservou muita gente. Do meio para frente, o Colorado foi todo reserva. Sandro, Giuliano, Kleber, Nei, Guiñazu, Edu e Alecsandro foram poupados. Os quatro últimos ficaram no banco. A principal novidade no time vermelho foi a presença do zagueiro Índio, recuperado de lesão no joelho direito, como titular.


A criatividade foi o ponto fraco da equipe do Beira-Rio. As tentativas de fazer a ligação direita entre defesa e ataque, apesar da presença de Andrezinho no meio-campo, fracassavam. Apagado, o camisa 10 não conseguiu articular jogadas e limitou-se a dar toques para o lado.

Do pouco que houve de bom, tudo se deve ao São Luiz. Os atacantes Leandro Rodrigues e Luciano Fonseca pareciam famintos atrás de um prato de comida. Tentaram de tudo. O primeiro, aliás, foi quem mais assustou. Uma boa chance começou com um cruzamento de Xaro, da esquerda. A cabeçada de Leandro, entre dois marcadores, subiu demais, aos 20 minutos. Logo depois, em chute de longe, ele fez Pato Abbondanzieri trabalhar e assustar os torcedores. Em uma defesa para o meio da área, o goleiro argentino quase entregou o ouro.

O Inter percebeu que precisava se mexer. Bruno Silva e Taison tentaram, aos 24 e aos 26, respectivamente. O lateral-direito uruguaio foi na força e de longe. Oliveira defendeu. O atacante, lançado por Eltinho dentro da área, optou por um biquinho maroto na saída do goleiro, mas a bola se perdeu pela linha de fundo.

O grito de gol saiu, mas foi interrompido pelo apito do árbitro. Em cobrança de falta forte de Luciano Fonseca, o experiente Abbondanzieri errou como principiante e novamente espalmou para o meio da área. Jean Paulo, impedido, aproveitou o rebote para marcar. O lance foi anulado corretamente.

Inter melhora, e Eltinho decide

Titulares no banco, titulares em campo. Não estava nos planos de Jorge Fossati usar Guiñazu e Alecsandro contra o São Luiz, mas o técnico se viu na obrigação de escalá-los pouco depois do início do segundo tempo. O aviso partiu de Xaro. Em cobrança de falta, o ala do time de Ijuí soltou uma bomba de esquerda e acertou a trave de Abbondanzieri, aos sete minutos. Com Josimar pendurado no jogo com um cartão amarelo, um meio-campo improdutivo, e Leandro Damião apenas como figurante no ataque, realmente era necessário.

Num lampejo, Andrezinho mostrou que ainda estava em campo. Aos 13 minutos, rececebeu na entrada da área e bateu colocado. Oliveira, bom goleiro que é, espalmou para escanteio. Alecsandro não demorou a aparecer. A primeira participação do camisa 9 foi uma cabeçada perigosa, aos 19. A bola passou perto da trave esquerda, e o goleiro do São Luiz apenas acompanhou.

Quando Nicolas ficou livre na área, quem teve de trabalhar foi Abbondanzieri, aos 20. O chute de chapa do atacante tinha endereço certo, mas o argentino cresceu para evitar o pior. A última tentativa de Fossati de mudar o cenário foi Thiago Humberto, chamado para o lugar de um discreto Taison. Na primeira participação, o meia-atacante foi derrubado por Raoni na entrada da área. Como o defensor tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho e deixou a partida mais cedo. Também foi de Thiago Humberto um chute perigoso, aos 38, que Oliveira defendeu.

Insistente, o empate sem graça parecia mesmo mais forte. Parecia. Aos 41 minutos, Wilson Mathias recuperou a posse de bola no meio-campo e passou a Bruno Silva. Pelo lado direito de ataque, o uruguaio avançou, viu Eltinho invadir a área com liberdade na esquerda e inverteu o jogo. No meio do caminho, Andrezinho saiu da bola de forma precisa, e o lateral soltou a bomba para abrir o placar. Placar magro, é verdade, vitória suada, mas que representam três pontos importantes. Agora, concentração na Libertadores.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vasco bate o Boavista na Colina e se mantém 100% na Taça Rio

Carlos Alberto, em cobrança de de pênalti, fez o gol da vitória cruzmaltina

O Vasco não jogou bem contra o Boavista, mas conseguiu o mais importante: os três pontos que garantiram os 100% de aproveitamento na Taça Rio. Com o resultado, assumiu a liderança provisória do Grupo 2 da Taça Rio, com nove pontos. Carlos Alberto, em cobrança de pênalti, fez o gol da vitória em São Januário. Com a derrota, o time da Região dos Lagos seguiu com seis pontos, em quarto lugar no Grupo 1.

Na próxima rodada, o Vasco vai enfrentar o Flamengo, no domingo, às 19h30m (horário de Brasília), no Maracanã. O Boavista encara o Resende, em casa, no próximo sábado.

Gigante da Colina tem o apoio da torcida mesmo com atuação irregular

Com o apoio da pequena torcida que compareceu a São Januário (1.598 pagantes), o Vasco iniciou melhor a partida, com bom toque de bola. Porém, o primeiro lance de perigo foi do Boavista. Carlos Alberto arriscou de fora da área e acertou o travessão de Fernando Prass. O Gigante da Colina respondeu aos dez. Elton recebeu dentro da área, girou em cima de Santiago e chutou, mas Vinícius defendeu com segurança.

Após o lance, o Vasco começou a pecar no último passe e a insistir nas bolas altas na área do Boavista. O goleiro Vinícius, mostrando segurança, saiu em praticamente todas, evitando as cabeçadas dos atacantes vascaínos. Aos 23, Carlos Alberto, do time de Saquarema, chutou novamente de fora da área. Desta vez, Fernando Prass defendeu com tranquilidade.

Aos 29, Elton recebeu um ótimo passe pelo lado esquerdo. Já dentro da área, o atacante soltou a bomba e o goleiro Vinícius defendeu com a mão esquerda. Sete minutos depois, o mesmo Elton tabelou com Dodô e concluiu de de fora da área. O goleiro voltou a salvar o Boavista, mantendo o zero no placar na etapa inicial.

Apesar da atuação irregular da equipe, os torcedores que compareceram a São Januário não se abateram com os 41 passes errados na etapa inicial e evitaram vaiar a equipe. Poucos focos de insatisfação foram notados na Colina após o fim do primeiro tempo.

Carlos Alberto, de pênalti, dá a vitória ao Vasco na etapa final

O Boavista voltou para o segundo tempo melhor do que o Vasco. A equipe de Saquarema foi quem teve a primeira chance clara de abrir o marcador. Aos dois minutos, Ruy recebeu um ótimo passe pela direita e cruzou. Fernando Prass cortou errado e a bola sobrou para Tony, na marca do pênalti. Travado pela defesa vascaína, o jogador não conseguiu concluir.

Aos 16, Philippe Coutinho foi lançado por Elder Granja pelo lado direito. O garoto invadiu a área e cruzou para Elton. O atacante chegou atrasado a não conseguiu concluir para o gol do Boavista. Aos 24, Carlos Alberto sofreu um pisão no pé do seu homônimo do Boavista dentro da área. Pênalti marcado pelo árbitro Rodrigo Carvalhares de Miranda. Na cobrança, um minuto depois, o capitão não desperdiçou o colocou o Gigante da Colina em vantagem.

O gol não abateu o time visitante, que seguiu melhor na partida. Aos 32, Léo Faria fez uma ótima jogada pelo lado direito, passou por Titi e cruzou para Luiz. Na pequena área, o atacante tentou marcar de letra, mas Fernando Prass tocou na bola e evitou o empate.

O Vasco, mesmo mal, quase ampliou, Aos 43, já dentro da área, Philippe Coutinho soltou uma bomba e a bola parou no travessão de Vinícius. Após o apito final, os torcedores aplaudiram mais um triunfo do Vasco, mas seguiram desconfiados com a atuação do time comandado por Vagner Mancini.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Jogador de futsal morre depois de se ferir em partida festiva no Paraná

Robson Costa teve choque hemorrágico após uma tábua da quadra se soltar, entrar por sua coxa e atingir o intestino durante jogo, no sábado

O jogador de futsal Robson Rocha Costa, de 23 anos, morreu neste domingo após sofrer um grave ferimento enquanto disputava uma partida festiva de futsal no sábado, em Guarapuava, centro-sul do Paraná. O jogo era válido pela Copa 200 Anos, entre as equipes do Guarapuava/Deportivo Futsal e Palmeiras/Jundiaí no Ginásio Joaquim Prestes. O atleta foi atendido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 7h desta manhã. O ginásio foi interditado logo após o incidente.

Robson teria se machucado ao dar um carrinho na quadra de futsal. Um pedaço de madeira teria se soltado do piso e o ferido. A madeira teria entrado pela sua coxa e atingido o intestino do atleta, causando hemorragia interna.

O jogador, que chegou ao hospital por volta das 20h de sábado, passou por uma cirurgia, mas não resistiu ao ferimento. O corpo foi encaminhado por volta das 7h para o Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava, que após necrópsia constatou que o jogador morreu vítima de um choque hemorrágico.

As investigações ficarão por conta do Instituto de Criminalística de Guarapuava. A Polícia Militar (PM) deve encaminhar no fim da tarde deste domingo o boletim de ocorrência para a Polícia Civil. Assim, a delegada Maria Nysa Moreira Nanni deve analisar nesta segunda o processo e decidir se instaura o inquérito para apurar as causas da morte.

O corpo foi velado na Capela Mortuária Municipal onde permaneceu até por volta das 13h e foi transladado para a cidade de São Miguel do Iguaçu.

Segundo informações, ele tinha residência fixa há um mês em Guarapuava e morava com uma companheira. O restante da família é de Foz do Iguaçu, na região Oeste.

A Copa 200 Anos, promovida pela Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de Guarapuava, reuniu as equipes do Guarapuava/Deportivo, Atlântico de Erechim (RS), Krona de Joinville (SC) e Palmeiras/Jundiaí (SP). Era um torneio festivo e visava à preparação do time de Guarapuava para o Campeonato Paranaense – Série Ouro, que começa no dia 13.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dentinho salva, Timão vence o Azulão e ganha vaga provisória no G-4

De cabeça, aos 40 minutos do segundo tempo, atacante fez o gol do triunfo alvinegro sobre o São Caetano, pela 13ª rodada do Paulistão
Sem Ronaldo, seu dentuço mais famoso, poupado para o jogo de quarta-feira pela Libertadores, a Fiel pediu por Dentinho quando viu que o Timão se encaminhava para mais um tropeço. Mano atendeu e o atacante resolveu. Neste domingo, na Arena Barueri, ele saiu do banco para ser o herói da suada vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o São Caetano, pela 13ª rodada do Campeonato Paulista. O triunfo acabou com uma sequência de três jogos sem vitória do time no Estadual e ainda o recolocou no G-4.


Com 23 pontos, o Alvinegro pulou da sexta para a terceira colocação na tabela. Mas ainda precisa torcer por um tropeço do Botafogo-SP contra Santo André ou do São Paulo diante da Ponte Preta, nos jogos das 19h30, para manter-se no G-4. O Azulão, por sua vez, continuou com 20 pontos, agora em sexto lugar.

Agora, o Timão concentra todas as suas forças na disputa da Taça Libertadores da América. Na quarta-feira, em Bogotá, na Colômbia, os comandados de Mano Menezes encaram o Independiente Medellín, pela segunda rodada do Grupo 1. Na estreia, no último dia 24, os brasileiros venceram os uruguaios do Racing por 2 a 1, no Pacaembu.

Pelo Campeonato Paulista, o Corinthians volta a campo no próximo domingo, novamente na Arena Barueri, só que dessa vez como mandante diante do Santo André, às 19h30m (de Brasília). Já o Azulão joga no sábado, às 19h30m, contra a Portuguesa no estádio do Canindé,

Muito toque, pouca finalização

Diferentemente das últimas partidas, o Corinthians mostrou-se bastante organizado no primeiro tempo do duelo com o São Caetano. Com força e velocidade, atacou o adversário desde os minutos iniciais. Aos quatro, aliás, após cruzamento da direita, Souza caiu na área e reclamou empurrão de um zagueiro. O árbitro nada marcou.

Com Danilo caindo pelo lado esquerdo, o Timão dominava a posse de bola e tocava como se a equipe já jogasse junto há tempos. Aos 12, Souza fez bom pivô e rolou para Iarley chutar por cima do gol. Um minuto depois, Souza apareceu bem de novo e tocou de calcanhar para Roberto Carlos. O lateral ajeitou para Iarley finalizar fraco.

As tabelas eram constantes por parte do Corinthians, só que faltava uma boa finalização. Aos 15, Morais trocou passes com Iarley e chutou da meia lua, às esquerda de Luiz. Aos 20, mais uma reclamação de pênalti. Após cruzamento de Danilo, Anderson Marques chutou em cima de um companheiro e a bola bateu em seu braço.

O árbitro considerou o lance involuntário. A partir daí, o Timão diminuiu o ritmo e deu mais espaços para o São Caetano. Aos 24, Fernandes teve boa chance perto da grande área e chutou forte (confira no vídeo). Felipe, em dois tempos, fez grande defesa. Aos 38, Fernandes rolou para Arthur driblar dois e mandar por cima do gol corintiano.

A equipe do Parque São Jorge só conseguiu voltar a levar perigo aos 41 minutos, quando Iarley avançou pela esquerda, voltou um pouco e rolou no meio para Jucilei. O volante, de fora da área, pegou forte, mas a bola passou longe do gol de Luiz.

Dentinho salvador

As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem nenhuma alteração. A postura também não mudou. O São Caetano continuou recuado, e o Corinthians apostando em Danilo na armação. Foi do meia, aliás, um perigoso chute aos cinco minutos. Ele pegou forte de perna esquerda, de fora da área, e assustou ao goleiro Luiz.

O camisa 10 voltou a participar de uma boa jogada aos sete. Ele encontrou Morais bem colocado perto da grande área e fez o passe. O meia-atacante, bateu rasteiro, cruzado, bem perto da trave direita de Luiz. Aos 11, o goleiro do Azulão brilhou ao defender chute de Souza, que concluiu de primeira após cruzamento de Roberto Carlos (veja no vídeo acima).

Apesar do domínio corintiano, o Azulão não estava morto. E provou isso aos 15 minutos. Eduardo recebeu a bola na esquerda e chutou. A bola desviou em Leandro Castan, e Felipe foi obrigado a se esticar para salvar. Depois dos 20 minutos, Mano resolveu mexer. Tirou Iarley e Danilo para as entradas de Jorge Henrique e Dentinho.

A próxima chance de gol do Timão saiu de uma cobrança de falta de Roberto Carlos. O lateral mandou à direita de Luiz, que apenas olhou a bola passar rente à trave. Aos 31 foi a vez de Jucilei tentar. O volante recebeu de Souza, gingou em frente à zaga e chutou rasteiro, para fácil defesa do goleiro do São Caetano.

Melhor em campo, o Corinthians continuou na pressão. Aos 37, Dentinho fez boa jogada pela esquerda e rolou para Elias. De frente para o gol, ele chutou rasteiro, nas mãos de Luiz. A persistência alvinegra foi premiada apenas aos 40, quando Jorge Henrique acertou belo cruzamento para Dentinho marcar, de cabeça, o gol da vitória.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Lusa sai na frente, mas sucumbe à pressão do Peixe, que empata no fim

Equipe rubro-verde vencia o jogão até os 44 minutos do segundo tempo, quando Zé Eduardo empatou. Termina sequência de vitórias do Alvinegro

Num grande jogo no Canindé, a Portuguesa conseguiu acabar com uma sequência de dez vitórias consecutivas do Santos. A Lusa só não foi capaz de segurar a vitória. Vencia por 1 a 0 até os 44 minutos do segundo tempo, mas sucumbiu à pressão do Santos, que empatou com Zé Eduardo. Se serve de consolo para os lusitanos, a Portuguesa é mesmo a pedra nas chuteiras dos quatro maiores clubes de São Paulo neste estadual. A equipe não perdeu para seus principais rivais: empatou com Palmeiras (1 a 1), Corinthians (1 a 1), Santos e venceu o São Paulo (3 a 1).

O Santos segue na liderança do estadual, com 32 pontos. Já a Lusa vai a 21 e continua na luta pela classificação.

O Peixe volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h50m (Brasília), para enfrentar o Naviraiense-MS, pela Copa do Brasil. Já a Portuguesa joga sábado, às 19h30m, contra o São Caetano, no Canindé, pelo Paulistão.

Lusa breca a molecada

A Portuguesa segurou os meninos da Vila Belmiro. Com uma marcação muito forte no meio de campo e três zagueiros bem posicionados, a Lusa conseguiu fazer com que a bola não chegasse redonda para os atacantes do Peixe. A equipe alvinegra tentava jogar pelo meio, tentando aproveitar André como pivô, sua jogada característica. Não conseguiu. A Lusa, firme, não deu moleza para o centroavante santista.

No ataque, a equipe, do Canindé deitou e rolou pelo seu lado esquerdo. O técnico do Santos, Dorival Júnior, posicionou Wesley na ala direita e Roberto Brum pelo meio, mas ajudando na cobertura do setor direito. Perdidos na marcação, os dois não conseguiam brecar as subidas de Fabrício. Athirson também caía muito bem por ali. Como havia espaço, até o atacante Luis Ricardo foi jogar pelo lado esquerdo.

O Peixe também tinha dificuldades pelo meio. Com Brum enrolado com Wesley na lateral, sobrou para Arouca marcar sozinho na cabeça de área. Quando Arouca saía para iniciar jogadas, abria-se um enorme espaço em frente à zaga santista. Com isso, Marco Antônio e Athirson tiveram muita liberdade para jogar. Foi assim que a Lusa abriu o placar, aos 14 minutos. Marco Antônio acertou um belo lançamento para Heverton, que recebeu na direita. Edu Dracena demorou demais para chegar e o atacante deu um toque certeiro de pé direito. A bola entrou no canto direito de Felipe.

O Santos tentou se mandar de vez para o ataque, mas insistindo demais pelo meio. Os jogadores ignoravam os insistentes pedidos de Dorival Júnior, que queria ver jogadas pelas pontas. Na única tabela correta acertada pelo time alvinegro, aos 17, Neymar largou Robinho na cara do gol. O Rei das Pedaladas chutou de canhota e o goleiro Fábio fez grande defesa.

Aos 35 minutos, vendo que seu time estava perdidinho na marcação no meio, Dorival Júnior colocou o meia Marquinhos no lugar de Roberto Brum. Marquinhos não é tão bom marcador, mas segurou bem a bola e deu qualidade nas saídas do Peixe. Com isso, a equipe alvinegra deixou de ser tão vulnerável.

Peixe pressiona muito e arranca empate no fim

O Santos voltou voando para o segundo tempo. O time acertou sua marcação no meio, com Arouca melhor posicionado e Wesley sem deixar Fabrício dominar pela esquerda. Dessa forma, o Peixe passou a jogar dentro do campo da Portuguesa. O goleiro Fábio via santistas por todos os lados. Robinho entrava pela direita, Neymar, pela esquerda. Marquinhos e Ganso pelo meio. A Lusa se salvava como podia.

Aos 11, Marquinhos recebeu de Robinho e, livre, de frente pelo goleiro, preferiu cruzar em vez de arrematar a gol. A zaga cortou. Aos 12, Neymar chutou de esquerda e obrigou Fábio a fazer grande defesa.

Como o Peixe se mandou para o ataque, a Lusa tinha espaço para contra-atacar. Houve chances e o jogo, que já era muito bom, melhorou ainda mais. Aos 21, Athirson tabelou com Luis Ricardo e perdeu para a zaga. Na sobra, Athirson chutou cruzado. A bola passou raspando a trave direita.

O Peixe respondeu em seguida. Wesley recebeu pelo meio e chutou colocado. A bola passou muito perto, à esquerda. Não havia tempo para respirar. Aos 26, Paulo Henrique Ganso acertou uma ótima enfiada de bola para Robinho, pela direita. O camisa 7 recebeu livre, mas o goleiro Fábio saiu para fechar o ângulo. Robinho, então, cruzou, mas ninguém apareceu para empurrar para dentro.

A Lusa sobrevivia à pressão santista e se lançava para o ataque. Aos 29, Athirson cruzou para Luis Ricardo chutar. O goleiro Felipe defedeu em dois tempos. Mas a pressão santista era mais intensa. Aos 37, a zaga da Lusa afastou mal e a bola sobrou para Robinho, que chutou cruzado, dentro da pequena área. Fábio fez outra grande defesa.

A pressão do Peixe acabou sendo insuportável para a Portuguesa. Aos 44, Zé Love, que havia entrado no lugar de André, aproveitou rebote de Fábio, após chute de Ganso, e estufou as redes. A torcida do Peixe explodiu e passou a confiar na virada. Aos 49, a Lusa ficou com um a menos, pois Athirson se chocou com Wesley e se machucou. Deixou o jogo chorando e não pôde ser substituído, pois a Lusa já havia feito três alterações. Mas não houve tempo para o Peixe.

Ao fim, a galera alvinegra reconheceu o empenho do time e aplaudiu.