domingo, 1 de novembro de 2009

Belluzzo reforça "jogo especial" contra o Corinthians

Como Vagner Love já havia confirmado de forma exclusiva à GE.Net, o Palmeiras encara o confronto contra o Corinthians como uma partida especial, independentemente da luta pelo título do Campeonato Brasileiro. O elenco alviverde reconhece que um triunfo sobre o rival representa muito para a torcida.

Até o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo utiliza discurso semelhante, sem esconder o seu lado torcedor."Jogar contra o Corinthians é sempre uma emoção diferente. Eu, como presidente, também fico na expectativa", diz o dirigente.

Apesar de apenas cumprir tabela no Brasileirão, o Corinthians já anunciou que atrapalhar o Palmeiras teria um sabor especial. A equipe de Palestra Itália perdeu novamente a liderança, pelo menos forma provisória, após a vitória do São Paulo sobre o Barueri.

"Ninguém gosta de perder uma partida contra o Corinthians. Acho que vai ser um duelo equilibrado, mas estou confiante", emenda Luiz Gonzaga Belluzzo.

O Palmeiras ostenta um tabu de três anos contra o Corinthians. O último triunfo do clube de Parque São Jorge no confronto foi em outubro de 2006.

Milan contrata melhor jogador do último Mundial sub-20

Uma das principais críticas que estão sendo feitas ao Milan nas últimas temporadas é que a equipe está muito envelhecida. Pensando no futuro, o clube rossonero acertou a contratação do atacante ganês Dominic Adiyiah, artilheiro, melhor jogador e campeão do último Campeonato Mundial sub-20, onde o Brasil foi vice.

"Sobre o mercado, posso dizer em absoluta primeira mão que adquirimos o jovem africano Dominic Adiyah. O acordo com o Fredrikstad existe. Agora precisa ter a permissão para entrar na Itália e nós o traremos em primeiro de janeiro. Deve naturalmente passar pelos exames médicos e depois será um dos nossos jogadores", revelou o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, no Milan Channel.

Adiyiah nasceu na cidade de Accra, em Gana, no dia 10 de julho de 1989. O avante começou sua carreira no Heart of Lions, clube de seu país, e migrou para o norueguês Fredrikstad, onde era o camisa 10 e companheiro de dois brasileiros, o atacante Éverton (ex-jogador de Mano Menezes no Grêmio) e o zagueiro Fernando Wallace.

"Nós o contratamos porque é um ponta que pode jogar na posição de Pato e Ronaldinho. O nosso esquema agora mudou e precisávamos de um atacante que pudesse alternar com os que já estão aqui", explicou Galliani.

Outro jogador que também está muito próximo de chegar ao Milan em janeiro é o meia inglês David Beckham, de 34 anos. Adriano Galliani, porém, disse que não pode anunciar oficialmente o jogador, que já estaria acertado com o clube.

Kléber Pereira só segue no Santos se Luxemburgo ficar

Cobiçado pelo Vasco, Kléber Pereira vinculou sua permanência na Vila Belmiro, mesmo que indiretamente, ao que vai acontecer na eleição presidencial do Santos, marcada para o próximo mês. "Estou esperando. Vamos conversar nas próximas semanas. Vai depender dele", disse o artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro (dez gols), referindo-se à permanência do técnico Vanderlei Luxemburgo.

O contrato de Kléber Pereira com o Santos termina em 31 de dezembro. Como Luxemburgo já avisou que só existe chance de ficar na Baixada Santista caso Marcelo Teixeira seja reeleito, o camisa 9 só continua na Vila Belmiro se o atual presidente permanecer. "Ele pode sair. Eu acho que o ciclo dele no Santos já está encerrado", disse o candidato da oposição, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro.

Não é a primeira vez que Teixeira conta com cabos eleitorais antes do pleito. Foi o que aconteceu em 2003, por exemplo. Na esteira da conquista do título brasileiro de 2002 e do vice da Libertadores do ano seguinte, o técnico Emerson Leão e o lateral-esquerdo Léo disseram que só continuariam no Santos em caso de vitória da chapa da situação.

Mesmo Luxemburgo não é novato no expediente. Antes da votação em 2007, ele também afirmou que só permaneceria se Teixeira continuasse no cargo. O cartola venceu a eleição, mas o técnico foi de mala e cuia para o Palmeiras.

A permanência de Kléber Pereira é pouco provável em qualquer cenário político, com ou sem Luxemburgo. Até dentro da diretoria há resistência ao camisa 9 que, apesar dos gols que faz, é visto como baladeiro.

Encontro histórico lembra queda do Muro de Berlim

O ex-presidente americano George H. Bush (o pai), de 85 anos, subiu no palco apoiado numa bengala; o ex-chanceler Helmut Kohl, de 79, sentado numa cadeira de rodas. Apenas Mikhail Gorbachev, o último presidente da União Soviética, aos 78 anos, caminhou sem auxílio. Vinte anos depois, os três protagonistas da queda do Muro de Berlim, da reunificação da Alemanha e do fim da Guerra Fria reuniram-se ontem no Palácio Friedrichstadt, na capital alemã, para receber homenagens e lembrar o episódio que mudou a configuração do mundo.

Como velhos amigos que se reencontram, eles aproveitaram para dizer o que pensam uns dos outros. Gorbachev foi o mais franco. "Meu amigo Bush, os Estados Unidos também precisam de uma perestroika", disse ele ao conservador ex-presidente americano, usando o nome dado às reformas que introduziu depois de assumir a liderança do Partido Comunista da União Soviética, em 1985 - que culminaram na dissolução da URSS, em 1991. "Os EUA estão maduros para a mudança. As pessoas estão esperando pelo (presidente Barack) Obama."

Falando de improviso, ao contrário de Bush, que leu sua intervenção, Gorbachev ponderou que Obama ganhou o Prêmio Nobel da Paz no início do mês "sem ter feito muito ainda". Mas acrescentou que os contatos feitos pelo presidente americano com governantes de outros países demonstram "uma grande dose de compreensão" e que Obama "sabe que mudanças são necessárias".

"Sinto muito, Helmut, mas não tivemos boas relações no começo", continuou Gorbachev, voltando-se para o ex-chanceler alemão. "Foi melhorando com o tempo." O ex-presidente lembrou que a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, e o então presidente francês, François Mitterrand, opunham-se à reunificação alemã. Ele contou que, numa entrevista coletiva com o ex-chanceler, depois da assinatura de um primeiro acordo, em junho de 1989, perguntaram-lhe se a "questão alemã" tinha sido discutida. Gorbachev respondeu que ela ficaria para o século 21. Três meses mais tarde, a ex-Alemanha Oriental liberava a passagem pelo Muro de Berlim, abrindo caminho para sua absorção pelo vizinho ocidental.

Kohl reconheceu que "a confiança cresceu com os anos". Olhando para a plateia de 1.800 pessoas, muitas com os olhos marejados pelo simbolismo do encontro e pelas lembranças que ele suscita, Kohl disse: "Muitas das pessoas que estão aqui passaram metade de sua vida do lado errado do Muro. Muitos acreditaram que isso (a reunificação alemã) não aconteceria." No auditório estava a recém-reeleita chanceler Angela Merkel, originária da ex-Alemanha Oriental. Quando Gorbachev falou, ela não precisou do fone para ouvir a tradução simultânea. Como todos os que cresceram em países sob domínio soviético, Merkel entende russo.

"Na história alemã, não temos tantas razões para nos orgulharmos", disse Kohl, considerado não só o artífice da reunificação alemã, mas também da integração europeia. "Mas eu tenho orgulho da unidade alemã." Chanceler entre 1982 e 1998, Kohl afirmou que se sentia mais próximo de Bush e de Gorbachev do que dos governantes europeus. "Não tenho dúvida de que a história reconhecerá Mikhail por sua visão", elogiou Bush, que presidiu os EUA de 1989 a 1993. "Hoje temos a dimensão das tremendas pressões que ele enfrentou nos anos 80, mas nunca fraquejou." Quanto a Kohl, o ex-presidente americano classificou-o de "um dos maiores estadistas do século 20", e acrescentou: "Ele é sólido como uma rocha." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.